A utilização de ferramentas Green Belt é indispensável para quem quer trabalhar com a metodologia Lean Six Sigma.
Elas são usadas para fazer previsões, estimativas e traçar diagnósticos, entre outros aspectos importantes para o sucesso de qualquer atividade produtiva.
Confira neste texto quais são essas ferramentas e como elas ajudam um Green Belt a obter os resultados esperados.
As 10 ferramentas Green Belt mais importantes
A metodologia Lean Six Sigma consiste na fusão entre as metodologias Lean Manufacturing e Six Sigma.
Os princípios Lean nasceram no Japão, entre as décadas de 1940 e 1950, e têm como foco a redução do desperdício e maximização dos recursos.
Já a Six Sigma foi desenvolvida na década de 1980, tendo sido aplicada pela primeira vez na Motorola como instrumento de qualidade.
A partir dessa fusão, uma série de técnicas e ferramentas foram sendo incorporadas, formando uma nova metodologia, ainda mais abrangente.
Veja a seguir 10 delas e de que forma elas ajudam o especialista Green Belt a desempenhar suas atividades.
1. Diagrama de Pareto
O princípio de Pareto revela que 80% dos efeitos têm origem em apenas 20% das causas.
Essa descoberta do economista italiano Vilfredo Pareto trouxe um novo paradigma para a gestão, permitindo atacar os problemas que demandam tratamento imediato.
Assim nasceu o diagrama que leva o seu nome, no qual são cruzados dados estatísticos sobre os fatores em análise e a frequência com que ocorrem, em percentuais.
2. FMEA
A Análise de Modo e Efeito de Falha, ou Failure Mode and Effect Analysis (FMEA), é a ferramenta usada para detecção dos focos de falha em empresas, principalmente do ramo industrial.
O que ela faz é classificar as falhas em graus de probabilidade de detecção, em uma escala de 1 a 10, na qual 1 equivale a “Nunca” e 10 a “Sempre”.
Essa mesma escala é usada para identificar a gravidade do problema, assim como a probabilidade de acontecer.
3. Kaizen
Considerada também uma filosofia, a Kaizen nasceu no Japão dos anos 1940.
Ela prega a necessidade de pessoas, empresas e processos melhorarem continuamente como uma forma de garantir a qualidade e evitar as falhas.
4. Sistema 5S
Outra ferramenta que vem do Japão é o Sistema 5S, amplamente usado para a redução do desperdício e melhoria da qualidade.
Ela parte da necessidade de organizar o local de trabalho, observando cinco sentidos essenciais, todos começando pela letra “S”:
- Seiri (utilização)
- Seiton (arrumação)
- Seiso (limpeza)
- Seiketsu (normalizar)
- Shitsuke (disciplina).
5. Poka-yoke
O Poka-yoke é mais uma ferramenta que tem como origem uma filosofia nascida no Japão para ganhar o mundo com o objetivo de prevenir falhas.
Sua função principal é preparar o terreno, garantindo previamente que um processo seja corretamente executado.
Dessa forma, ela pode evitar cinco tipos de erros fundamentais:
- Erro de operação
- Erro de processamento
- Erro de medida
- Erro de configuração
- Uso de peça ou item inadequado
- Falta de peças.
6. Diagrama de Afinidades
Há quem diga que o Diagrama de Afinidades é um nome novo para o que se convencionou chamar de brainstorming.
Faz sentido, já que essa é uma ferramenta que segue o mesmo roteiro, consistindo basicamente em uma reunião em que todos apresentam suas ideias a respeito de uma pauta.
No final, essas ideias são registradas, filtradas e dispostas na forma de fichas, tomando como critério de organização as “afinidades” entre si.
7. DMAIC
Não é exagero dizer que o método DMAIC é a essência da metodologia Lean Six Sigma.
Também tratado como um ciclo ou análise, seu objetivo é servir como um roteiro para resolução de problemas, no qual temos as seguintes etapas:
- Definição
- Medição
- Análise
- Melhoria (Improve)
- Controle.
8. DMADV
Enquanto o DMAIC foca na solução de problemas, o método DMADV é mais usado no desenvolvimento de soluções novas.
Desta forma, ele é parte integrante do chamado Design for Six Sigma (DFSS) com fins de melhoria em processos ou produtos.
Nas três primeiras etapas, o DMADV é idêntico ao DMAIC, diferenciando-se apenas nas duas últimas, em que são feitos o “Design” da nova solução e a sua “Verificação”.
9. Ciclo PDCA
Plan, Do, Check and Act (Planejar, Fazer, Verificar e Agir) formam a sigla para o Ciclo PDCA, que tem como “irmão”o ciclo PDSA (com S de “Study”, Estudar, no lugar de Verificar).
Como método e ferramenta, ele resulta das modificações realizadas por William E. Deming sobre o ciclo de Shewhart.
10. SIPOC
As ferramentas que mencionamos até aqui consistem basicamente em processos de diagnóstico, que sempre podem ser “destrinchados” de forma ainda mais detalhada.
O roteiro SIPOC, por exemplo, é bastante usado na etapa “Definir” do método DMAIC.
Seu objetivo é reunir informações sobre os seguintes fatores:
- Suppliers (Fornecedores)
- Inputs (Entradas)
- Process (Processo)
- Outputs (Saídas)
- Customer (Clientes).
Onde aprender sobre Green Belt
Sendo um líder Green Belt, você precisará dominar essas ferramentas e muitas outras que fazem parte da rotina de um especialista em Lean Six Sigma.
O curso Green Belt da Escola EDTI prepara para os desafios mais complexos, capacitando você a trabalhar nas maiores empresas.
Também ajuda a obter resultados acima da média em seus negócios, qualificando para empreender nos cenários mais hostis.
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Conclusão
As ferramentas Green Belt são relativamente fáceis de trabalhar a princípio.
No entanto, conforme os desafios a serem superados, elas passam a exigir maior capacidade de lidar com dados e cálculos mais complexos.
Por isso, fica aqui a indicação de uma leitura essencial: o e-book em que mostramos como implementar o Lean Six Sigma.
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