Em um mercado cada dia mais competitivo, projetos críticos de negócios são, muitas vezes, cruciais para a sobrevivência e progresso sustentável de diversas empresas. Pensando nisso, as métricas ágeis surgem para acompanhar e medir projetos.
No entanto, podem causar uma relação de amor e ódio nos integrantes de uma equipe, uma vez que o rastreamento de dados nem sempre é efetivo desde o início, colocando em xeque a efetividade de uma métrica. É nesse contexto que surgem as métricas ágeis.
Para ajudá-lo a entender o assunto, elaboramos este post para explicar do que se tratam e como elas podem ajudá-lo a crescer. Para tanto, vamos mostrar algumas dessas métricas ágeis e como implementá-las. Siga conosco e aproveite a leitura!
O que são as métricas ágeis?
As métricas ágeis apresentam diversas vantagens na hora de medir a evolução de equipes e podem apresentar resultados concretos de maneira mais efetiva.
Por meio do rastreio e compartilhamento delas, é possível reduzir confusões e fornecer informações mais amplas a respeito dos progressos, assim como dos contratempos que uma determinada equipe pode encontrar ao longo do ciclo de vida natural do projeto.
Como se relacionam com os objetivos do negócio?
Concluir projetos é um tipo de entendimento dos objetivos de um negócio. Porém, também se trata da construção do produto ideal, no momento ideal, que é desenvolvido para um mercado específico.
Manter-se “no caminho” durante todo o ciclo de vida de um projeto pode ser traduzido como a necessidade de se coletar dados úteis e analisá-los constantemente. Para qualquer projeto ágil, é imprescindível que tanto métricas de negócios quanto métricas ágeis sejam rastreadas e validadas.
As de negócio geralmente focam o fator “produto”, que deve atender às demandas de mercado, enquanto as métricas ágeis trabalham com os processos de desenvolvimento, com foco na medição de seus aspectos críticos.
Como se dá o funcionamento dos processos?
Cada uma das iniciativas dos projetos planejados deverá ter diferentes KPIs (indicadores-chave de desempenho), que têm como objetivo mapear os objetivos desses programas.
Tendo isso em vista, haverá poucos critérios de sucesso para cada requisito do produto geral. Eles deverão incluir as porcentagens de códigos que serão concluídos por testes manuais e automatizados, assim como a taxa de adoção por parte dos usuários.
Além disso, cada um desses critérios de sucesso é levado em consideração pelas métricas ágeis do programa. Desse modo, é possível que as equipes aprendam mais e se mantenham mais bem equipadas para se adaptarem e evoluírem dentro do ciclo de vida do projeto como um todo.
Quais métricas ágeis otimizam as entregas de projetos?
A entrega de software é o foco e objetivo das métricas ágeis citadas abaixo. Elas objetivam ajudar as equipes a compreenderem melhor e de maneira mais abrangente os processos de desenvolvimento, facilitando bastante o lançamento do produto final.
1. Métrica Burndown do Sprint
O desenvolvimento deverá ser trabalhado pelas equipes de Scrum por meio de uma série de sprints. Quando se inicia um sprint, a equipe deverá apontar a quantidade de trabalho requerida para ele. Assim, a métrica Burndown busca ajudar as equipes a acompanharem a conclusão do trabalho do sprint.
Uma equipe Kanban ou Scrum que cumpre a sua função de previsão de maneira regular oferece uma garantia clara sobre a capacidade da organização com seus programas ágeis ou projetos. Um relatório Burndown do Sprint rastreia e oferece dados relacionados à conclusão do trabalho geral ao longo do sprint e, hoje em dia, é uma das métricas ágeis mais comuns e usadas no meio.
2. Métrica Burndown Épico e Release (de lançamento)
Também chamado de Burndown Épico e de Versão, consiste em diagramas que buscam acompanhar o progresso obtido com enorme quantidade de trabalho, sendo mais focado e abrangente do que o Burndown do Sprint. Uma vez que os sprints contêm trabalhos de diversos épicos e releases, torna-se necessário o acompanhamento dos progressos dos dois sprints individuais, com a ajuda conjunta de épicos e releases.
Se a fluência de escopo está acontecendo durante sprints, geralmente, é uma prática ruim, pois deveria ocorrer em épicos e versões. Conforme a equipe avança no ciclo de vida, cabe ao gerente de projeto remover ou adicionar mais trabalho, considerando os aprendizados da equipe. Os gráficos e quadros do Burndown Épico e Releases são capazes de manter o fluxo de trabalho em sintonia dentro dos épicos e de versão.
3. Velocidade da equipe
Em termos ágeis, “velocidade” quer dizer a quantidade média de trabalho que uma equipe é capaz de aplicar e concluir em um sprint. Pode-se medi-la no formato de horas ou pontos de história, sendo uma forma muito eficaz para fins de previsão.
Essa velocidade pode ser utilizada pelo responsável para determinar a rapidez com que uma equipe consegue trabalhar em backlogs, uma vez que o relatório rastreia o trabalho que já foi concluído, ou que ainda está previsto.
Usemos o exemplo do gerente de projeto que deseja concluir 300 pontos de história no backlog. Com a ajuda da métrica da velocidade, é possível supor a capacidade de uma equipe de completar 30 pontos de história com apenas uma única iteração. Desse modo, é possível que o responsável presuma que, para concluir o backlog, a equipe precisará de 10 iterações, ao todo.
4. Gráficos de controle
Dentro das métricas ágeis, gráficos de controle de desenvolvimento existem para apontar e estabelecer o tempo dos ciclos de problemas (da mudança de status de processo, de “em andamento” a “concluído”). Tempos menores acarretam resultados maiores, enquanto ciclos com tempos mais consistentes tornam a entrega de trabalho mais previsível.
Com mudanças tão visíveis, torna-se fácil para que as equipes realizem ajustes, o que traduz a eficácia da medição de tempo de ciclos. O objetivo final independe do tipo de trabalho que é realizado. O importante é alcançar tempos de ciclo curtos e, ao mesmo tempo, consistentes.
Como implementar métricas ágeis?
Variações são grandes nesse meio, mas a tendência é de que cada equipe seja capaz de sentir necessidade de determinadas métricas. No entanto, tenha em mente que uma métrica deve partir da necessidade da equipe por ela, mas nunca o contrário.
Métricas estão relacionadas a determinadas fraquezas presentes em equipes e, somadas a ações de melhoria, devem ser usadas com o propósito de medir a evolução que o grupo está tendo em relação a elas. Se a fraqueza deixa de existir em algum momento, a métrica perde o seu sentido e não terá mais utilidade para a equipe.
Mantê-las puramente por serem métricas é um desperdício de esforços. Além disso, é necessário atentar para quais métricas serão mantidas em cada área. Uma equipe que olha para coisas demais não presta atenção em nada.
Portanto, é recomendado trabalhar com poucas métricas, de medição simples e fácil assimilação. Ou seja, métricas ágeis relevantes para o time e que sejam influenciadas por suas práticas e costumes. Inclusive, é importante não ficar preso somente a elas, e considerar também os pensamentos e propostas dos seus colaboradores.
Agora você entende um pouco mais sobre métricas ágeis e já pode começar a traçar as próprias estratégias. Como vimos, elas podem levar a diversas melhoras nos índices e são capazes de auxiliar as equipes em diversos aspectos, principalmente, nas dificuldades. Avalie as sugestões e tenha em mente essas dicas sobre implementação, a fim de minimizar os erros.
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