Você sabe o que é RCM? A sigla em inglês se refere à Manutenção Centrada na Confiabilidade. Como o próprio nome indica, seu grande trunfo é o de garantir que determinado ativo seja confiável, isto é, seguro e eficiente.
Para tanto, a metodologia da RCM envolve uma implementação sistemática e dinâmica. O objetivo é identificar causas de falhas em máquinas e equipamentos e realizar otimizações preventivas, preditivas e detectivas, de modo a evitar a necessidade de manutenção corretiva.
Continue a leitura e aprenda um pouco mais sobre essa técnica amplamente valorizada no mercado!
O conceito de Manutenção Centrada na Confiabilidade (RCM)
O método da RCM foi primeiramente estruturado na aviação civil, por volta dos anos 1970. A sua raiz está no planejamento de manutenção, ou seja, ela parte do princípio de que é mais válido parar para analisar as funcionalidades de um equipamento e otimizá-las regularmente do que corrigir falhas após a ocorrência.
Por isso, ela se baseia nas probabilidades de erro que um ativo tem ao desempenhar suas funções, considerando um determinado período de tempo. A ideia é que seja feita uma manutenção sistemática e estratégica, a fim de que a máquina consiga entregar mas eficiência.
Como resultado, não só os custos com correções de falhas são reduzidos, como o investimento em recursos materiais acaba sendo mais vantajoso devido ao aumento da vida útil de máquinas e equipamentos. Além disso, a segurança dos operadores é potencializada e até mesmo o meio ambiente sofre menos impactos.
A implementação da manutenção centrada na confiabilidade (RCM)
O primeiro passo para implementar uma manutenção centrada na confiabilidade é buscar as respostas para sete perguntas-chave:
- quais são os padrões funcionais do ativo no contexto atual de operação?
- qual é a probabilidade de falha durante a operação?
- quais são as possíveis causas de falha no ativo?
- como se dá essa falha funcional?
- quais são as consequências de uma falha em operação com esse ativo?
- como prevenir essa falha ou detectar sua ocorrência?
- caso a falha não seja prevenida, quais são os procedimentos na tarefa de manutenção?
Essas questões dão uma perspectiva importante sobre a realidade atual e as necessidades do ativo em questão. A partir daí, é possível implementar a RCM cumprindo as etapas abaixo.
Seleção do alvo de manutenção
Com as respostas das perguntas anteriores, o profissional responsável pela manutenção centrada na confiabilidade consegue definir com clareza qual é o alvo do método. Para que haja uma verdadeira sistematização do RCM, o ideal é que essas questões estejam sempre presentes em auditorias de rotina.
Definição de parâmetros de desempenho
Agora que temos um alvo da tarefa de manutenção, é interessante definir os parâmetros de desempenho desejados. Desse modo, todas as ações podem ser mais bem direcionadas de acordo com os objetivos da equipe, do setor e da companhia no curto e no longo prazo.
Identificação de falhas funcionais
Além de pensar nos parâmetros funcionais de desempenho, o estudo das falhas a serem corrigidas é essencial para os resultados da RCM. Para tanto, vale a pena utilizar a Análise de Modos de Falhas e Efeitos (FMEA). Com ela, são identificadas as não conformidades e suas prováveis consequências.
Cada um dos seguintes itens deve ser classificado em uma escala de frequência, intensidade ou prioridade. Quanto mais altos os pesos atribuídos a cada um, maior é a urgência em implementar o planejamento da manutenção centrada na confiabilidade:
- ocorrência de causa (O);
- gravidade do efeito (G);
- detecção de falha (D).
Formulação do plano de manutenção
Com todo esse material, o momento é de analisar os dados levantados e, a partir disso, formular o melhor plano de ação da RCM. Existem basicamente quatro tipos de manutenção que podem ser mais ou menos indicadas para cada caso:
- preventiva: evita ou reduz a degradação do ativo com o tempo;
- preditiva: indica as reais condições de funcionamento e o estado de desgaste;
- detectiva: identifica falhas pouco perceptíveis por meio da aplicação de testes;
- corretiva: substitui peças ou componentes quando já houve desgaste ou falhas.
Elas podem ser aplicadas isoladamente ou combinadas de forma estratégica. De qualquer modo, recomenda-se elaborar um cronograma com ações para contemplar todas as falhas e efeitos classificados na FMEA.
Revisões regulares
Ao término do plano de manutenção, o profissional capacitado saberá qual é a periodicidade ideal de revisão para garantir os resultados. Essa regularidade deve ser respeitada para que haja uma melhoria contínua nas operações.
As vantagens da RCM
Você já entendeu o que é RCM e como ela é implementada no contexto industrial. Agora, veja quais são os impactos positivos dessa metodologia quando aplicada corretamente.
Extensão da vida útil das máquinas
Com a manutenção preventiva feita periodicamente e, principalmente, estratégicamente, a tendência é que a vida útil das máquinas e equipamentos seja otimizada. Assim, temos a redução de custos com consertos e, consequentemente, a preservação do investimento que a empresa fez.
Otimização do desempenho operacional
Como você já sabe, a manutenção centrada na confiabilidade tem como principal objetivo a garantia da eficiência nas funcionalidades do ativo. Com os cuidados planejados e praticados na RCM, as máquinas trabalham melhor, sempre com foco nos parâmetros de desempenho desejados.
Melhora na qualidade dos produtos
Um maquinário em excelente estado consegue promover um tempo de resposta menor e também uma performance operacional mais precisa. O resultado mais visível é a qualidade dos produtos, que tendem a sofrer menos impactos e apresentarem menos defeitos.
Aumento da segurança dos colaboradores
Com um bom gerenciamento, o plano de manutenção deve ser capaz de eliminar ou pelo menos reduzir a incidência de erros. Assim, a segurança dos colaboradores também é potencializada, pois as falhas em máquinas e equipamentos podem ser perigosas para o operador, especialmente quando elas não são previstas.
Agora você sabe o que é RCM e quais são os benefícios de uma manutenção centrada na confiabilidade. Tanto para redução de custos como para a eficiência das operações e até mesmo a segurança dos colaboradores, esse método é muito eficaz, desde que corretamente gerenciado e monitorado.
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Muito Bom, Parabéns pelo tema abordado.