Os riscos da tomada de decisão: ilusões cognitivas
Você precisa tomar uma decisão importante.Você precisa tomar uma decisão importante. Sua empresa está prestes a investir em um grande projeto e para ganhar você deve acertar a seguinte pergunta: Qual é a diferença entre o quadrado A para o quadrado B?
Figura 1: Qual é a diferença entre os quadrados A e B?
Se você respondeu que os quadrados A e B são idênticos, parabéns, sua empresa tomou a decisão correta e você foi alçado ao cargo de CEO. Se, respondeu que a diferença entre eles é a cor, você infelizmente não atingiu a meta e colocou a sobrevivência da organização em risco.
Brincadeiras a parte, muitas vezes nos deparamos com decisões semelhantes em nossos negócios. Precisamos tomar uma decisão complexa e acabamos utilizando a intuição para isto. Nestes casos, podemos incorrer no mesmo erro causado pela imagem da figura 1.
Decisão com base na nossa visão
No exemplo deste artigo estamos tomando uma decisão com base na nossa visão, que é uma das melhores coisas que fazemos, já que temos uma grande parte enorme do nosso cérebro dedica a ela, maior do que qualquer outra. Gastamos mais horas do nosso dia para usar a visão do que qualquer outra coisa e somos evolutivamente projetados para usar nossa visão. Já que cometemos erros previsíveis e repetitivos com a visão, que é algo em que somos tão bons, qual não é a probabilidade de cometermos erros com em algo em que não somos tão bons assim, por exemplo, desenvolvimento de melhorias ou tomada de decisões financeiras?
Decisões cognitivas são muito mais complicadas, pois o nosso cérebro não precisou evoluir ao longo de nossa existência nesta parte. Nenhuma parte dele é especializada em tomar decisões sobre investimentos ou mudanças e mais, não fazemos isto muitas horas por dia (ou até por ano). Neste tipo de decisão acabamos cometendo erros muito mais graves e não os percebemos, como no caso da visão. E, para as chamadas ilusões cognitivas, prova-las é algo ainda mais complexo, que sem as ferramentas estatísticas certas, beira o impossível.
Nossa dica: cuidado com as ilusões cognitivas. Muito cuidado mesmo. Este é o tipo de ilusão que poderá levar sua empresa ou negócio a sérios problemas e quando perceber pode ser tarde demais. Portanto, use e abuse das ferramentas de apoio à tomada de decisão. Elas são importantíssimas para traduzir os cenários numa linguagem que nosso cérebro possa entender e ter o risco de ilusões cognitivas reduzidos.
Gostei muito do artigo, é isso mesmo que podemos ver em várias empresas. Porém a parte mais dificil é o medo a mudança de alguns gestores, o primeiro passo é tentar quebrar essa barreira e depois tentar instituir essas ferramentas e mostrar para eles que a empresa tem muito mais a ganhar, ou seja se está bom pode melhorar ainda mais.
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