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Tire 6 dúvidas sobre o diagrama de dispersão!

Se você trabalha na área da produção, sabe que é normal lidar com problemas de qualidade. É necessário lidar com eles tentando buscar resoluções para os casos que ocorrem de maneira corriqueira e precisam ser evitados. Existem ferramentas que auxiliam nesse processo, e, dentre elas, destaca-se o diagrama de dispersão, que se mostra muito eficaz na análise da relação de duas variáveis.

Com a ajuda dessa ferramenta, a produtividade das suas atividades serão sempre avaliadas a fim de mostrar o melhor cenário para manter a qualidade nos seus serviços. É uma forma de identificar problemas que impedem a prosperidade para elaboração de novas metas e uma prática para aumentar o alcance do sucesso da sua empresa no segmento ao qual pertence.

Ficou interessado em conhecer um pouco mais sobre essa ferramenta e sobre de que forma ela pode ajudar no seu dia a dia? Então continue lendo este texto para aprender sobre o diagrama de dispersão e a veja também a resolução de 6 dúvidas quanto as suas correlações de cada eixo do gráfico. Confira nos tópicos abaixo as informações e boa leitura!

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O que é o diagrama de dispersão?

Francis Galton foi um inglês muito importante na área de antropologia e matemática, também se destacou nas áreas de meteorologia e estatística. Por meio dos seus estudos, colaborou para a criação do diagrama de dispersão ou, mais conhecido como, gráfico de dispersão. Porém, só foram anos depois que o professor Kaoru Ishikawa desenvolveu a praticidade desse diagrama.

Se você ainda não conhece, Ishikawa é um nome muito forte no que se diz respeito à qualidade. Esse japonês formou-se na Universidade de Tóquio, no curso de Engenharia química e foi nomeado presidente, no ano de 1978, do Instituto de Tecnologia de Musashi. Uma das suas principais criações foi o diagrama de causa e efeito, ou mais conhecido como gráfico espinha de peixe.

Um diagrama de dispersão nada mais é do que uma representação gráfica entre pares de dados, feitos pela associação de dois eixos: horizontal e vertical. Esse diagrama é uma das ferramentas da qualidade e se mostra muito eficaz na resolução de problemas na produção, visto que ele aponta se existe ou não uma relação entre duas variáveis.

Vale lembrar que existem mais seis ferramentas de qualidade e cada uma delas podem ajustar em diversos modelos de negócios: diagrama de Ishikawa (como foi citado anteriormente), histogramas, fluxogramas, diagrama de pareto, cartas de controle e folhas de verificação. Cada uma com sua peculiaridade em busca de ajudar na melhoria do desempenho dos processos da organização.

Qual é a função desse método?

O diagrama de dispersão tem a função de relacionar os dados para estabelecer causas e efeitos. A relação entre os dados é feita pela análise de duas variáveis: uma independente, que é considerada alguma causa ou acontecimento que levou a criação desse gráfico, e a outra dependente, ou seja, a que gera uma consequência, o efeito, que necessita da primeira.

Normalmente ele é usado quando algum analista está procurando uma relação entre dois acontecimentos que estejam acontecendo e qual é o impacto que um causa no outro. Serve muito como uma ferramenta de prevenção, a fim de mostrar o peso que uma ação pode provocar se uma outra acontecer. Tem muito a ver com a produtividade, pois, em relação ao seu uso, ela expressa por meio de números resultados que podem ser surpreendentes.

Um exemplo dessa relação pode ser notado em uma situação hipotética: na época do inverno, a venda de agasalhos e roupas mais quentes aumenta muito. Nesse caso, a causa é o clima frio que essa estação proporciona, e o efeito é o aumento da venda de agasalhos para amenizar a baixa da temperatura. No diagrama o eixo independente é indicado pelo “X” e o dependente é o “Y”.

Logo, “X” represente o clima, que é considerada o acontecimento principal, enquanto que “Y” é o aumento na aquisição de casacos. Ou seja, um fato que depende dessa primeira para poder existir. Ao decorrer desse artigo você vai perceber que existem variações nessas relações e que nem sempre essa ligação de eixos vai gerar algo produtivo.

Como interpretar o diagrama?

Alguns profissionais não fazem uso de ferramentas de qualidade por acreditarem que sua capacidade de liderança pode suprir qualquer complicação que venha ter com uma atualização de algo que mudará sua rotina de trabalho. Comportamentos assim precisam ser repensados, pois, se o desejo de ser um case de sucesso é a meta pessoal, é preciso encarar o fato de que métodos dedutivos não têm a mesma eficácia de ferramentas criadas por grandes profissionais.

Em um primeiro momento, o diagrama de dispersão pode até ser complicado, mas é só saber trabalhar produtivamente com os números que cada variável que, com a prática, tudo vai ficando mais compreensível. Porém, como todo gráfico ou diagrama, sua interpretação requer atenção e pode ser diferente das demais ferramentas.

O diagrama de dispersão pode ser interpretado pela relação que existe entre as variáveis, que pode ser classificada em três tipos de correlações: positiva, negativa e nula. Isso geralmente é feito para analisar de forma quantitativa aquilo que pode ser medido em sua causa e efeito. Agora, você vai conhecer um pouco mais sobre eles:

Correlação positiva

Esse tipo de relação está ligado ao crescimento, ou seja, conforme uma variável aumenta, a outra, que depende dela, também aumentará. Há uma relação positiva entre elas. Lembra da situação hipotética que citamos no tópico anterior? Ela se aplica nessa correlação: o frio aumenta sua proporção e a venda de agasalhos também aumenta.

Outro exemplo de podemos citar, ainda usando a variável de mudança climática, é quando chove e existe a tendência da chuva ficar mais forte. Logo, quanto mais chove, maior será a possibilidade de aquisição de guarda-chuva e capa de chuva. No entanto, caso esquente, quanto maior o calor, maior será a venda de garrafas d’água, picolés ou sorvetes.

Correlação negativa

Neste caso, já é o contrário, a relação entre as variáveis têm uma tendência decrescente: se uma aumentar, a outra vai diminuir, ou seja, elas são inversamente proporcionais. Um exemplo que pode ser dado para essa correlação é quando uma prefeitura investe na realização de festas na cidade que ajudam os barraqueiros a vender comidas e bebidas, ou seja, quanto mais eventos, menor será a taxa de pessoas desempregadas naquela região.

Usando um exemplo dentro um ambiente corporativo, é controle de materiais de estoque, por meio do aumento da burocracia ao solicitar um item do almoxarifado. Quanto maior é controle e limitação de solicitações de itens, menor será taxa de desperdícios exercícios por um mau costume dentro da empresa. Entre outras correlações que podem ser observadas dentro de um setor ou em toda a empresa.

Correlação nula

Já neste último caso, o resultado mostrado no gráfico são pontos dispersos dentro do gráfico, criando uma atmosfera confusa e difícil de ser analisada. Nessa situação, não é verificada nenhuma tendência positiva ou negativa entre as variáveis, sendo assim, não há nenhuma ligação entre elas. Ou seja, a correlação não precisa ser levada adiante e você pode focar em outras possibilidades de correlações.

A dispersão entre os pontos são outro fator utilizado para interpretar o diagrama, em que a intensidade da relação é classificada como forte ou fraca. Se houver a mínima dispersão entre os pontos, isso quer dizer que a correlação entre eles são maiores, então é classificada como forte, caso contrário, quando há muita dispersão entre os pontos, a relação entre eles diminuem e é considerada fraca.

Quando aplicar um diagrama de dispersão?

Essa ferramenta serve para analisar as relações entre as variáveis e a intensidade de causa e efeito relacionados ao processo produtivo. Uma aplicação possível do diagrama é para encontrar as causas-raiz dos problemas. As análises dessa técnica vão validar as causas de acordo com os fatos e dados levantados. Porém, antes de fazer o gráfico de dispersão, certifique se os que serão usados estão atualizados para que você trabalhe com informações erradas que vão atrapalhar no resultado.

Pode ser utilizada também, quando necessário, a validação de uma causa, encontrada por meio do Diagrama de Ishikawa, e se ela está relacionada ao efeito que já foi estudado. Quando se têm várias conformidades que vêm de uma causa-raiz, o diagrama serve para comprovar a relação entre a causa e os efeitos em questão.

Antes de criar um gráfico de controle de qualidade, é sempre bom aplicar esse método do diagrama, para poder testar a correlação entre as variáveis e poder prever alguns resultados, se serão ou não satisfatórios. É uma boa forma da sua empresa validar certas rotinas de trabalho e identificar possíveis gargalos que estão acontecendo e as pessoas responsáveis não estão notando.

Mesmo que o diagrama mostre uma relação entre duas variáveis, baseando-se nos dados coletados, não exatamente uma variável será a causa da outra. Isso porque elas podem estar ligadas por meio de uma terceira variável que não foi considerada no estudo. Sendo assim, com o uso dessa ferramenta, será constante o levantamento de várias hipóteses.

Como montar esse diagrama?

Agora que você já sabe para que serve o diagrama, como interpretá-lo e quando ele deve ser usado, chegou a hora de aprender como montar esse método para aplicá-lo no processo produtivo. Se você tem a prática de outras ferramentas da qualidade que foram citadas aqui, vai ser fácil para você aplicar esse diagrama na sua rotina de trabalho. Agora vamos para a criação do gráfico em cinco passos:

  1. primeiro, deve-se determinar de quais variáveis precisa-se descobrir a existência de uma correlação;
  2. depois, é necessário fazer a coleta dos dados e dos fatos que serão analisados;
  3. deve-se desenhar o gráfico com os dois eixos, X e Y. As variáveis independentes devem ser colocadas no eixo horizontal (X), e as dependentes, no vertical (Y);
  4. os dados levantados devem ser colocados no gráfico, desenhando um ponto para cada um deles e fazendo as ligações entre eles quando for necessário;
  5. por último, analisar a dispersão entre os pontos, para identificar se há uma correlação forte ou fraca entre as variáveis. Se o gráfico for crescente, os pontos têm uma correlação positiva; se o gráfico for decrescente, ela será negativa.

Essa análise de dados que podemos comparar com o diagrama de dispersão descarta totalmente a errônea pratica daqueles que usando do achismo para solucionar problemas dentro da empresa que trabalha. Porém, não fique preso a uma só ferramenta visto que quando estudamos sobre ferramentas de qualidade acabamos por conhecer outras e desse modo vamos ampliando os nossos conhecimentos de gestão. Como também, outros aspectos relacionados a gestão: custos, conflitos e como um mapa de processos pode ser eficaz nesses momentos.

Quais são os benefícios que essa técnica traz?

Como você viu ao longo desse artigo, essa ferramenta traz muitas vantagens para o processo produtivo, visto que ela é eficaz ao relacionar e analisar as variáveis de causa e efeito, gerando resultados certeiros. O que possibilita enxergar o que está certo, e errado na sua produção. Não deixa de ser também uma forma de você tirar dúvida sobre a possível relação entre dois fatores que estão ocorrendo, em que um pode ser consequência do outro.

Porém, como é um método estatístico bem complexo, para que o profissional tenha a capacidade de analisar e interpretar os resultados, é necessário que ele tenha um mínimo de conhecimento, para, assim, implantar essa ferramenta como várias empresas esperam. Para aqueles profissionais que ainda não dominam essas técnicas, o investimento no aprendizado dessas ferramentas pode ser de grande valor e proporcionará um grande retorno.

Para se tornar um profissional capacitado, a Escola EDTI conta com certificações do Lean Six-Sigma, a Green Belt e a Black Belt, e você pode conquistá-las por meio dos cursos que oferece.

Se você ainda tem alguma dúvida sobre o assunto, entre em contato com a nossa empresa por meio do site, para que nós possamos ajudar. Até a próxima!

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1 comentário em “Tire 6 dúvidas sobre o diagrama de dispersão!”

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