Há saberes considerados obrigatórios para quem trabalha na indústria. Os tipos de produção estão entre eles.
Não se pode operar com eficiência, tampouco evitar o desperdício, sem conhecer a fundo as muitas variáveis que compõem um sistema produtivo.
Cada indústria atua de acordo com suas próprias limitações, assim como atende mercados com características únicas.
Essas e outras variáveis influenciam diretamente na escolha e aperfeiçoamento do sistema de produção industrial, cujos tipos vamos mostrar neste conteúdo.
Quais os tipos de produção industrial?
Os tipos de produção industrial são diferentes métodos empregados na fabricação de produtos.
Como vamos destacar na sequência, os principais incluem produção em massa (grandes quantidades de produtos padronizados), produção em lote (pequenas quantidades de produtos idênticos), produção sob encomenda (produtos personalizados para clientes específicos) e produção contínua (processo ininterrupto de fabricação).
A escolha do tipo depende de fatores como demanda do mercado, custos e eficiência operacional.
Não precisa ser expert no assunto para saber que uma indústria automotiva deve ter um sistema de produção diferente de uma farmacêutica, por exemplo.
Embora possa haver similaridades nos negócios, olhando de perto, cada um opera conforme um ritmo adequado ao mercado que visam abastecer.
Se temos uma demanda constante, esse ritmo será mais intenso do que se ela fosse esporádica ou sazonal.
Mas, como veremos a seguir, não é apenas o mercado que dita o tipo de sistema a ser adotado pela indústria.
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Produção em massa
A principal característica da produção em massa é a fabricação em larga escala de itens padronizados.
Assim operam segmentos como o alimentício, automotivo e de eletroeletrônicos, em que uma única planta industrial pode produzir centenas ou milhares de unidades em um dia.
Esse é um tipo de produção indicado quando se busca manter certo padrão de qualidade, com economia de escala e custo por unidade reduzido.
Produção em lote
Já a produção em lote se caracteriza pela intermitência.
Nela, um lote de certo produto é fabricado e, então, o equipamento utilizado ou mesmo a linha de produção inteira é modificada para produzir um lote de um produto diferente ou com outras características.
No geral, esse é o tipo de produção empregado pela indústria têxtil, farmacêutica e moveleira.
Em razão da sua flexibilidade, é também um modelo indicado para empresas que lidam com sazonalidades ou desenvolvem muitas linhas de produtos ao mesmo tempo.
Produção sob encomenda (personalizada)
Determinados bens não podem ser produzidos de forma contínua em razão das condições únicas em que devem ser fabricados e de demandas pontuais.
É o caso da construção civil, cuja operação se transfere de um lugar para outro conforme o tipo de empreendimento a ser construído.
Certos tipos de máquinas e equipamentos também são fabricados dessa forma, ou seja, para que sua produção se inicie, é preciso que ela seja encomendada ou haja uma demanda localizada.
Produção contínua
A indústria de transformação depende da indústria de base para se manter ativa.
Também conhecida como indústria de bens de produção, é dela que saem as matérias-primas e insumos que vão abastecer as plantas dos diferentes segmentos industriais.
Por serem estratégicas, seu ritmo de produção deve ser contínuo, portanto, são indústrias que trabalham ininterruptamente, 7 dias por semana, 24 horas por dia.
Produção Just in Time (JIT)
O Just in Time é o modelo de produção consagrado pela metodologia Lean Manufacturing, desenvolvida pela Toyota, de onde se espalhou para o resto do mundo.
Esse é um tipo de produção indicado para empresas com uma cultura de gestão e de melhoria consolidadas, já que demanda análises fundamentadas para ser implementado.
Não por acaso, o JIT é comumente utilizado pelas empresas orientadas pela metodologia Lean Six Sigma.
Qual o melhor tipo de produção?
Falando em Lean Six Sigma, esse é um tipo de produção altamente indicado para as empresas que desejam aumentar a qualidade e reduzir o desperdício.
Ele une o melhor da produção enxuta com as ferramentas e práticas Six Sigma, desenvolvidas nos anos 80 por grandes empresas multinacionais.
De qualquer forma, cada tipo de produção apresenta suas próprias vantagens e desvantagens, cabendo portanto uma análise minuciosa do cenário interno e externo para pautar a escolha.
Como vimos, tudo vai depender da demanda a ser atendida, das condições do mercado e do tipo de bem que a empresa fabrica.
Conclusão
O segmento industrial está sempre em movimento, logo, um tipo de produção que funciona hoje pode precisar ser ajustado ou mesmo substituído amanhã.
Quanto mais preparada a gestão e as lideranças, mais capaz ela será de fazer essas mudanças.
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