Uma das teorias mais comuns sobre liderança é a Teoria dos Estilos de Decisão dos Líderes. De acordo com ela existem apenas três tipos de líderes: o autocrático, o liberal e o democrático. E cada um deles atua de maneira bem distinta em uma empresa.
Diante da realidade do mercado, no entanto, essa teoria se mostra limitada. Hoje, existem diversos tipos de líderes e cada um influencia de maneira diferente o comportamento dos colaboradores, o clima do ambiente de trabalho e os resultados que a empresa terá.
Quer saber em qual deles você se encaixa? Continue lendo o post!
1. O líder autocrático
Na liderança autocrática o gestor é o centro de tudo. Como uma figura dominadora, ele não confia ou valoriza as competências dos seus colaboradores, centraliza o poder e faz cobranças excessivas, o que o faz ser visto mais como um chefe e não como um verdadeiro líder, capaz de inspirar quem está ao seu redor.
Está sempre em busca de resultados, mesmo que para isso tenha que comprometer a motivação e saúde da equipe — que trabalha por medo de uma punição ou demissão, e não por prazer.
Esse modelo ainda é comum nas empresas, mas diante das mudanças do perfil profissional, fica difícil reter talentos em um emprego no qual não há delegação de tarefas ou a opinião dos colaboradores não é válida. O importante é sempre encontrar o equilíbrio entre ser uma figura de liderança e um tirano.
2. O líder liberal
Na contramão do líder autocrático está o líder liberal. Ele permite que os colaboradores tenham total controle sobre as decisões no ambiente de trabalho e, dificilmente, aplica punições.
Sua capacidade de demonstrar confiança na autonomia da equipe é um importante combustível para o aumento da motivação, mas pode se transformar em um problema pela sua falta de firmeza e rejeição em assumir responsabilidades.
Não oferecer qualquer comando ou supervisão pode prejudicar resultados e o próprio desempenho dos profissionais, que se sentem perdidos ao executar suas atividades e perdem o senso de autoridade na empresa, o que gera a falta de respeito e desavenças.
3. O líder democrático
A palavra de ordem que rege o trabalho desse tipo de líder é o equilíbrio. Sua postura permite que todos os liderados participem da tomada de decisões, fornece feedbacks, aceita sugestões e até críticas. No entanto, diferente do líder liberal, ele assume responsabilidades e orienta os membros da equipe.
O líder que atua neste estilo é encorajador, interage bem com todos e consegue inspirar pelo exemplo, e não pelo poder. Mas ele precisa encontrar um meio-termo entre o que é bom para o crescimento da empresa e o que é bom para os liderados, ou pode perder o controle.
Ao encontrar o balanço necessário, a consequência será uma equipe produtiva, motivada, confiante, mas, acima de tudo, comprometida com o seu papel profissional.
4. O líder paternalista
Na liderança paternalista o líder assume um papel de pai. Sua relação interpessoal com os colaboradores é muito forte, mas ele pode estabelecer um comportamento ambíguo perigoso — com um forte senso de controle e domínio ou extremamente permissivo, sem qualquer limite ou regra aplicada.
O perigo dessa liderança é a falta de equilíbrio, principalmente, se a equipe não é madura. Uma postura paternalista faz com que esses colaboradores não enxerguem o líder como um líder, e sim como um familiar, o que pode comprometer o profissionalismo necessário para que os resultados sejam satisfatórios.
5. O líder visionário
A liderança visionária é uma das mais fáceis de reconhecer no ambiente de trabalho. Esse é um dos tipos de líderes que está sempre em busca de oportunidades inexploradas, é capaz de antecipar tendências e criar produtos que os consumidores ainda nem sabem que precisam.
Seu otimismo latente é capaz de trazer leveza e motivar liderados, que são peças fundamentais para fazer com que as suas ideias deem certo. Ser um líder visionário trará muitos benefícios para o seu trabalho, principalmente, em um mercado em constante evolução, com clientes cada vez mais exigentes.
É importante apenas que esses líderes sempre mantenham os pés no chão e tenham a capacidade de pesquisar o mercado, analisar o comportamento do público-alvo e prever as suas reações. Ter esse posicionamento o ajudará a correr riscos conscientemente e evitar o fracasso.
6. O líder exigente
O líder exigente não deixa nada passar despercebido. Ele exige sempre o melhor da sua equipe e, muitas vezes, obtêm bons resultados em troca. O problema é que não há qualquer flexibilidade na sua atuação.
Sua postura é de total vigilância — não apenas dos resultados apresentados, mas do horário de chegada dos liderados, das suas posturas no trabalho e até das vidas pessoais.
Uma postura exigente é importante na busca por resultados, mas, sem cuidado, ela pode se transformar em autocrática — em que pequenos erros se transformam em demissão e críticas não são feitas construtivamente.
7. O líder lean
Criado no período, pós-segunda Guerra Mundial, sob a nomenclatura de Sistema Toyota de Produção (TPS – Toyota Production System), o conceito de liderança lean surgiu como uma iniciativa para eliminar desperdícios e reduzir custos.
Isso não acontece por meio de cortes ou demissões — caminho seguidos por muitos líderes — mas por adaptações, padronizações de processos e melhorias contínuas.
O líder que trabalha sob esse método não o enxerga apenas como uma estratégia de gestão, mas como uma filosofia de vida. Ele assume o compromisso de desenvolver profissionalmente os seus colaboradores, por meio de aprendizado e treinamentos para que também se tornem futuros líderes.
Ele vê a organização como um todo, e não como uma competição entre setores. Seu poder de transformar o ambiente de trabalho aparece, principalmente, com uma capacidade de engajar pessoas, manter metas alinhadas, ter uma visão direcionadora e valores sólidos — características natas da sua forma de atuar.
Gostou das nossas dicas? Qual dos tipos de líderes parece o melhor para você? Compartilhe esse conhecimento com os seus amigos nas redes sociais e ajude a fortalecer o debate!
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