A Theory of Constraints é uma metodologia de gestão que identifica a principal restrição em um processo.
Seu foco se volta à sua otimização para melhorar o desempenho global do sistema. Assim, elimina gargalos e aumenta a eficiência operacional.
Sua aplicação é muito útil porque não há sistema perfeito e livre de imperfeições.
A própria Toyota, símbolo de eficiência e excelência em seus processos de fabricação, precisou passar por um longo período de aperfeiçoamento e melhoria até atingir o patamar em que se encontra hoje.
Nesse percurso, as melhorias que foram feitas visavam não só ajustar o que não estava funcionando bem, como adequar a produção à capacidade que cada planta tinha disponível.
É mais ou menos por aí que a Theory of Constraints age, primeiro, identificando fatores limitantes, para depois ajustar e aumentar a capacidade de produção.
Saiba mais sobre ela lendo este texto até o final.
O que é Theory of Constraints (TOC)?
A Theory of Constraints (TOC), ou Teoria das Restrições, é uma filosofia de gestão que se concentra na identificação e gerenciamento dos pontos limitantes (restrições) em um sistema.
Desenvolvida por Eliyahu M. Goldratt nos anos 1980, a TOC sugere que todo sistema possui pelo menos uma restrição que impede o alcance de seu desempenho máximo.
Ao identificar essa restrição e direcionar esforços para melhorá-la, é possível aumentar a eficiência e a produtividade.
Assim, a metodologia promove um ciclo contínuo de melhoria, focando na restrição principal para otimizar processos e alcançar objetivos organizacionais.
Na prática, trata-se de uma abordagem cujo objetivo principal é identificar as causas que estejam limitando a performance de um sistema ou de uma empresa.
Como funciona a Theory of Constraints?
Em uma primeira vista, a TOC pode parecer muito com a ferramenta conhecida como árvore de falhas.
De fato, ambas as soluções servem para identificar onde um erro pode estar acontecendo, de modo que ele possa ser combatido.
Contudo, no caso da TOC, a análise vai além da detecção de falhas.
Ela funciona mais como um mecanismo de nivelamento, permitindo na sequência que se possa melhorar, não importa o quão bons ou ruins sejam os resultados.
Como vamos ver na sequência, o processo envolve cinco passos: identificar a restrição, explorá-la ao máximo, subordiná-la, elevá-la e, se superada, repetir o ciclo para a próxima restrição.
Quais as etapas da Theory of Constraints?
Confira a seguir as cinco etapas da TOC e como cada uma delas contribui para otimizar os esforços de melhoria contínua nas empresas.
1. Identificar a restrição
Um dos princípios da TOC é que todo sistema, sem exceção, tem algum tipo de restrição a ser trabalhada.
Também chamada de gargalo, é nessa restrição que a gestão deve se concentrar, primeiro identificando-a, para depois fazer os ajustes necessários.
2. Explorar a restrição
Digamos, por exemplo, que a restrição detectada seja um trabalhador que, por falta de recursos, leva mais tempo na sua etapa de montagem de um produto que as outras.
Explorar esse gargalo, no caso, é garantir que se tenha todos esses recursos disponíveis, de modo que possa trabalhar no máximo de sua capacidade.
3. Subordinar tudo ao gargalo
O próximo passo é alinhar todo o restante da linha de produção à restrição.
Ou seja, respeitar a limitação encontrada, produzindo apenas na medida em que ela possa dar conta.
4. Elevar a restrição
Assim que toda a produção esteja alinhada e na mesma página, aí sim, a gestão pode trabalhar para que todos os processos melhorem, aumentando a capacidade produtiva geral.
5. Reiniciar o ciclo
O trabalho de análise e melhoria não cessa.
Lembre que a TOC diz que todo sistema tem algum tipo de restrição, não importa o quão eficiente ele seja.
Conclusão
A Theory of Constraints é uma solução muito inteligente, porque primeiro ela nivela um sistema, para só depois melhorá-lo.
Essas e outras ferramentas de melhoria você aprende a utilizar nos cursos presenciais Black Belt e Green Belt da EDTI, assim como nas nossas formações a distância.