Aprendizado, Teorias e Negócios
Aprendizado – Se eu te perguntasse: você conhece estratégia? Você conhece o “Balanced Score Card”? O que você falaria? Fazendo um exercício de adivinhação, eu diria que muitos responderiam que tem uma boa noção de estratégia e que conhecem o BSC. Se perguntasse mais a fundo, ouviria coisas do tipo: “o BSC é uma maneira de abordar a estratégia por meio de quatro perspectivas diferentes: financeira, clientes, processos internos e conhecimento e aprendizado”. Além disto, viriam várias histórias relacionadas a livros comprados sobre o tema e lidos, muitas vezes como se lê um romance.
Agora, e se eu te perguntasse para explicar para o conselho da empresa, você iria estudar mais um pouco ou começaria a questionar seu conhecimento? Penso que a maioria iria pedir um tempinho a mais para aprofundar-se no assunto. Mas por que eu estou falando isto? Porque o mais comum no mundo corporativo é falar que se sabe algo que não se sabe a fundo. Além disto, muitos acabam tomando importantes decisões e as justificam citando livros ou teorias que não conhecem bem. Qual o resultado disto? Uma bobagem bem fundamentada só pode dar problema (não busquei rimar fundamentada, pois me veio uma palavra muito deselegante) e como consequência, quem acaba pagando o pato pelo erro é exatamente a teoria ou livro utilizado, o que é um absurdo.
É comum ouvirmos uma série de histórias e relatos de vários executivos falando sobre o fracasso obtido quando tentaram colocar alguma teoria em “prática”.
Nestes casos, como relatado acima, a coitada da teoria é escrachada e mencioná-la na organização vira motivo de piada. Mas, qual será a causa raiz por detrás desta falta de aderência da teoria? Será que pode estar no individuo que não soube aplica-la? Na maioria das vezes, sim.
Com a rotina corrida dos executivos atuais, tempo para aprender é o que eles menos têm.
Vivem a falar que amam aprender, mas que infelizmente a rotina corrida do dia a dia não os permite dedicar-se a um aprendizado mais profundo sobre determinado assunto. Para não ficar para trás e estar por dentro da nova moda da gestão presente nas revistas de negócios, este executivo procura sempre comprar e ler novos livros para deles, extrair boas ideias para implantar em seu trabalho. Porém, pela baixa qualidade da literatura ou pelo pouco esforço de leitura, esta prática acaba por trazer mais danos do que louros.
A maioria dos livros bons, para serem lidos de maneira correta, exigem dedicação e esforço. É comum eu ter de construir mapas mentais sobre os livros que leio (dica do Prof. Ademir). Lê-los como simples romances não é suficiente para eu conseguir aprender nada com eles. Além disto, também é comum eu ler várias vezes o mesmo livro antes de colocar aquele conhecimento em prática e mesmo assim, quando o faço, procuro testar a teoria em pequena escala e sempre em ambientes controlados. Sem uma postura desta, é desastre na certa. Pensem nisto. Cuidado ao tomar decisões. Não as baseie em conhecimento duvidoso ou que ainda não estão seguros. Isto poderá causar mais mal do que bem ao seu negócio.
Muito bom este mateial