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Técnica dos 6 Chapéus do Pensamento: Aprenda o que é e como aplicar!

A técnica dos 6 chapéus foi criada para facilitar o trabalho de gestão.

Durante o dia a dia, muitas vezes precisamos tomar decisões que dependem da consideração de diversos aspectos.

É preciso garantir controle dos processos sem abrir mão da criatividade, ficar atento aos dados, mas nunca abrir mão da intuição, entre outros dilemas.

Para garantir que todos os aspectos serão considerados na hora de tomar suas decisões, a técnica dos 6 chapéus foi desenvolvida.

O Que São Os 6 Chapéus Do Pensamento?

A técnica dos 6 chapéus nada mais é do que uma metodologia criada com o objetivo de facilitar a comunicação em grupo para a resolução de problemas através de soluções inovadoras e criativas.

Para isso, propõe-se uma dinâmica para observar o problema de diversas perspectivas bem como pensar em suas soluções.

Na prática, isso significa separar momentos específicos para pensar e decidir levando em consideração diferentes competências que podem parecer conflitantes, mas, que precisam ser complementares em sua consideração. 

A intenção aqui é garantir uma visão ampla e completa da situação-problema antes de decidir por um ou outro caminho.

Com os 6 chapéus, você reserva tempo e espaço para garantir que o plano de ação terá os melhores resultados possíveis para a organização.

Por fim, conseguimos tomar decisões mais assertivas pois pensamos em todos os aspectos mais que são relevantes para ter bom resultado.

O pensamento enquanto habilidade

Muitas vezes, encaramos o pensamento como um processo orgânico e desgovernado, como se não tivéssemos controle sobre o que pensamos e a forma como pensamos.

A verdade é que o pensamento pode ser uma habilidade importantíssima e cabe a nós garantir o melhor uso dessa energia mental – é justamente essa a proposta dos 6 chapéus.

Ao organizar os momentos de acordo com temas, garantimos um foco maior naquele assunto sem que haja dispersão do pensamento para dar conta de todos os aspectos.

A partir disso, o trabalho fica mais tranquilo pois garante-se espaço e tempo para cada assunto.

Para ter mais assertividade em suas decisões, é importante aprender a conduzir seu pensamento e desenvolver essa habilidade constantemente.

A Origem Da Técnica

A técnica dos 6 chapéus foi originalmente desenvolvida por Edward Bono, um psicólogo inglês que estudou os efeitos do processo decisório no cérebro humano.

Em sua carreira, Bono notou que nosso pensamento tende a ser intenso e confuso na hora de considerar diversos fatores.

Com frequência, visualizamos os prós e os contras juntos, consideramos a razão, a emoção e a criatividade tudo de uma só vez.

Essa avalanche de pensamentos pode ser demais para nossa capacidade de processamento, o que acaba fazendo com que decisões acabem pouco balanceadas e influenciadas mais por um fator do que por outro.

Para remediar esse mal, Bono propôs então a técnica dos 6 chapéus que prometia ajudar as pessoas a desenvolverem sua habilidade de pensar.

Os Seis Chapéus do Pensamento”, sua obra fundamental sobre a técnica, foi originalmente publicada em 1985 e segue fazendo sucesso mais de três décadas após sua publicação.

O Que Significa Cada Chapéu?

Depois de aprender o conceito da técnica dos 6 chapéus e entender sua origem, você deve estar curioso para conhecer o significado de cada um dos chapéus

O método é dividido em cores para designar cada aspecto que é importante para o tomar decisões – conheça:

Branco

Dentro da lógica proposta por Edward Bono, o chapéu branco define o momento de considerar os dados e os fatos concretos.

Ele define o aspecto racional do seu pensamento, tudo aquilo que lança mão da lógica para avaliar a situação-problema e seus possíveis desdobramentos.

O chapéu branco lida com dados e, por isso, representa o momento de expor todas as informações que você tem sobre o cenário atual.

Assim, todos os profissionais envolvidos estarão na mesma página e conseguem contribuir com o processo.

Roxo

Em seguida, temos o chapéu roxo que nos traz uma perspectiva mais negativa sobre o problema.

Não existe problema algum em se permitir um pensamento pessimista desde que essa tônica não domine seu raciocínio e se torne única determinante para a decisão.

Esse é o momento de pensar em todas as dificuldades do problema, os impactos negativos que cada resolução pode trazer para o seu dia a dia.

No fim, objetivo é estar preparado para lidar com os piores cenários.

Amarelo

Como nem tudo são espinhos na gestão, temos no chapéu amarelo um momento para explorar os pontos positivos de cada solução.

A essa altura já coletamos os dados relevantes e entendemos os riscos possíveis de cada possibilidade.

De maneira inversa, vamos agora especular sobre as vantagens tangíveis nas possibilidades de resolução encontradas.

Esse chapéu é importante para entender qual o custo-benefício que vem com cada estratégia.

Verde

O chapéu verde surge dentro da técnica para nos lembrar sobre a importância de manter a criatividade na hora de tomar nossas decisões.

Ao chegar nele, você já conhece os dados, explorou os prós e os contras e organizou suas ideias.

A partir disso vamos, então, pensar em soluções possíveis e a criatividade será sua maior aliada nesse processo.

Vermelho

No cotidiano do trabalho, muitos profissionais acabam se atendo estritamente à razão por acreditar que assim estarão mais perto dos fatos e, então, melhorarão os resultados.

O que essa postura ignora é que as emoções têm um peso gigantesco na vida real e não podem ser deixadas de lado.

Por isso, o chapéu vermelho define o momento do processo em que somos convidados a nos conectar com a intuição e o sentimento.

Ao considerar as percepções subjetivas de todos indivíduos envolvidos, conseguimos priorizar as ações do planejamento para garantir bons resultados com o mínimo de desperdício.

Azul

Nenhum projeto terá um saldo positivo se não houver organização em seus processos – aqui entra o chapéu azul.

Considerado como chapéu da organização, ele representa o momento dedicado para ordenar as ideias, selecionar os métodos de controle e montar seu plano de ação.

Essa etapa do pensamento é especialmente importante pois ajuda a garantir a qualidade dos demais processos envolvidos na técnica.

Como aplicar a dinâmica dos 6 Chapéus?

Não é à toa que técnica dos 6 chapéus continua relevante mesmo três décadas após ter sido apresentada pela primeira vez.

Mas, compreender as bases conceito nem sempre é suficiente para ter êxito em sua aplicação.

Confira a seguir algumas dicas para você ter bons resultados ao aplicar a dinâmica em seus processos.

Coleta de dados

Na hora de vestir o chapéu branco, é importante assumir uma postura neutra e tentar ao máximo se ater aos fatos, sem viés ou juízo de valor.

O momento da coleta de dados deve contar com perguntas cirúrgicas e específicas para garantir que você e sua equipe terão disponíveis todas as informações necessárias para decidir.

Mas o que é a verdade que buscamos, afinal?

Existem duas séries de sistemas de informação que vão compor sua coleta: fatos checados e comprovados – conhecidos como primeira classe – e fatos ainda não provados, mas que se acredita serem verdade – compõem a segunda classe.

Riscos e dificuldades

Em seguida, o chapéu preto nos convida a pensar na pior hipótese possível para o resultado final.

Esse deve ser o caminho pois aqui precisamos estar preparados para reconhecer e lidar com o pior.

É errado acreditar que existe uma conotação ruim no chapéu preto.

Muito pelo contrário: a avaliação dos riscos é o que vai nos preparar para atravessar as dificuldades e garantir uma boa resolução.

Benefícios e oportunidades

Se na etapa anterior consideramos os riscos que precisam ser evitados, nessa vamos olhar para o copo meio cheio para perceber as oportunidades e os benefícios de cada escolha.

Muito distante de um otimismo cego, precisamos construir nesse momento uma base sólida para garantir que o retorno é certo.

A partir do contraste dos riscos com os benefícios é que poderemos construir nossa análise de custo-benefício.

Criatividade

O mercado está cada vez mais competitivo e o básico já não é mais suficiente para conquistar a clientela.

Nesse contexto, a criatividade nunca teve um papel tão importante.

É preciso ser capaz de pensar fora da caixa para inovar e impressionar os consumidores.

Em muitos casos, a capacidade de criar novos produtos e soluções é o que destaca uma empresa e garante sua longevidade.

Sentimento e intuição

A coleta de dados é muito importante, mas, nunca é suficiente para descrever o cenário atual de maneira completa.

Muito do que dá certo no cotidiano de uma produção parte de percepções subjetivas dos profissionais envolvidos no trabalho.

Por isso, entendemos que o sentimento e a intuição também precisam ter espaço em suas decisões.

Quanto mais amplo e participativo for esse processo, mais ele ganha com a contribuição de profissionais de vários setores.

Coordenação e controle

Costumamos nos referir ao uso do chapéu azul como o processo de pensar sobre como pensar.

Ao adotar os métodos de organização e controle certos, criamos uma estrutura para o pensamento que certamente ajuda a manter a qualidade no longo prazo.

Isso é especialmente verdade em grandes projetos para garantir que nunca percamos foco daquilo que realmente importa.

Conclusão

O processo decisório faz parte da rotina de qualquer negócio.

Na gestão, estamos o tempo todo escolhendo as técnicas, abordagens e julgando os resultados para entender o que funciona melhor para cada situação-problema.

Entre dados, percepções, prós e contras, muitas vezes fica difícil organizar o pensamento para escolher com calma e assertividade.

Com a técnica dos 6 chapéus, você consegue se arranjar para considerar todos os aspectos do problema e tomar as melhores escolhas possíveis.

Para conhecer mais sobre esse e outros métodos para melhorar sua gestão, continue acompanhando nosso blog.

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