A produção em linha vem pautando as rotinas fabris desde a Segunda Revolução Industrial.
Com esse método de produzir, as empresas do segmento ganham agilidade e eficiência, tanto para dar conta de suas demandas como para corrigir desvios e solucionar problemas.
Por outro lado, esse formato demanda uma gestão proativa, constantemente engajada em melhorar.
Saiba como fazer isso e muito mais lendo este texto até o final.
O que é produção em linha?
A produção em linha, ou linha de montagem, é um método de fabricação em que os produtos são montados ou processados em uma sequência ordenada de etapas.
Cada estágio da produção ocorre em uma estação específica, e os produtos em desenvolvimento passam pelas estações em uma sequência lógica.
De modo geral, esse sistema visa aumentar a eficiência, reduzir custos e padronizar a produção em larga escala, entre outros objetivos.
Como funciona a produção em linha?
Na produção em linha, os produtos passam por estações sequenciais, cada uma realizando uma etapa específica do processo de fabricação.
Os trabalhadores ou máquinas se especializam em tarefas específicas, acelerando a produção como só essa forma de fabricar proporciona.
É um método que normalmente aumenta a eficiência, minimizando tempos de transição e otimizando o fluxo contínuo de materiais, de maneira que a produção seja mais rápida e padronizada.
Quais os benefícios da produção em linha?
A produção em linha proporciona diversos benefícios no contexto industrial, com destaque para o aumento da produtividade, redução de custos, padronização de processos e maior volume de produção.
Ao especializar tarefas em estações, tempo e recursos são otimizados, levando à padronização que melhora a qualidade do produto final.
No contexto mais amplo, a produção em série permite economias de escala, fazendo com que se reduzam os custos por unidade.
Tipos de produção em linha
Como vimos, a produção em linha não é uma descoberta recente.
Ao longo das décadas, ela foi sendo aperfeiçoada, dando origem a diferentes formatos.
Cada modo de se produzir em linha ajusta-se a um contexto específico, dependendo da maneira como a indústria se posiciona em suas estratégias.
Por exemplo, uma empresa que adota uma postura mais agressiva no mercado poderá preferir o modelo fordista de produção, enquanto uma que priorize os custos deve optar pelo modo toyotista.
Vamos conhecer alguns desses tipos de produção a seguir.
Fordista
Introduzido pelo célebre Henry Ford, o método fordista revolucionou a produção em linha no início do século XX.
Caracterizado pela produção em massa e padronização, esse método dividiu a produção em etapas especializadas, aumentando a eficiência e reduzindo custos.
Com ele, introduziu-se a linha de montagem e a ênfase na produção em larga escala, marcando uma mudança histórica para a indústria, influenciando para sempre a maneira de se fabricar produtos.
Toyotista
Por sua vez, o método Toyotista originou-se na Toyota, enfatizando a produção just-in-time, eliminando desperdícios e focando na eficiência.
Suas principais características são os estoques mínimos, produção flexível e envolvimento dos funcionários na identificação e resolução de problemas.
Essa abordagem prioriza a qualidade, eficiência e adaptação contínua, de maneira a tornar a produção mais ágil e econômica.
Produção contínua
Pelo método de produção contínua, ou em massa, o foco é a fabricação de grandes volumes de produtos padronizados de forma ininterrupta.
Esse método é eficiente para itens de alta demanda e baixa variação, como produtos eletrônicos.
Também é um método que demanda um esforço de logística e de distribuição mais intenso, considerando o alto giro de produtos.
Produção Just-in-Time (JIT)
Base do sistema Lean Manufacturing, o sistema Just-in-Time busca reduzir estoques ao produzir itens apenas quando necessários.
Isso minimiza desperdícios e permite maior adaptação a mudanças na demanda, por isso é comum em indústrias automotivas.
Parte da metodologia Lean, o JIT é tão importante que compõe um dos pilares da chamada Casa Lean.
Produção em série
A partir do que vimos, a produção em série caracteriza-se pela fabricação de produtos em lotes, seguindo uma sequência predefinida.
É utilizada em produtos que compartilham características semelhantes, como calçados em diferentes tamanhos e cores.
Se tomada em seu estado “puro”, a produção em série pode ser indicada para produtos de valor agregado mais baixo.
Como otimizar uma linha de produção?
Linhas de produção não se operam sozinhas.
Entre uma ponta e outra do processo de fabricação, existem uma série de etapas, cada uma com seus próprios fluxos coordenados.
Afinal, uma célula dentro de uma linha de montagem pode precisar do suporte de pessoas, máquinas e setores que não estejam necessariamente na sequência da linha de produção.
Considerando esses e outros aspectos, veja a seguir como otimizar as rotinas nesse contexto.
Análise de fluxo de trabalho
Toda linha de produção está exposta aos riscos inerentes a essa forma de organizar a atividade fabril.
Por isso, é necessário realizar periodicamente análises detalhadas do fluxo de trabalho, identificando pontos de congestionamento, gargalos e tempos ociosos.
Se preciso, pode-se até modificar a disposição física das células e equipamentos, a fim de otimizar o fluxo e reduzir o tempo de produção.
Automação de processos
Seria impensável operar uma linha de montagem sem algum nível de automação.
Assim, é preciso integrar tecnologias e sistemas para executar tarefas repetitivas e demoradas, melhorando a eficiência operacional e reduzindo a exposição à falha humana.
Podem ser implementados, por exemplo, operadores robôs, sistemas de controle automatizado e máquinas CNC, entre outras soluções.
Treinamento e capacitação
Como vimos, as máquinas não se operam por livre e espontânea vontade, embora possam ser programadas para isso.
A mão humana sempre será necessária, por isso, a gestão precisa se certificar de que os operadores compreendam plenamente os processos.
É uma forma também de garantir que eles utilizem equipamentos corretamente e estejam atualizados com as melhores práticas.
Manutenção preditiva
Vale ainda adotar estratégias de manutenção preditiva para evitar paradas não planejadas e interrupções na distribuição.
Uma maneira de fazer isso é monitorar o estado das máquinas e equipamentos, utilizando sensores e tecnologias de IIoT para prever falhas e realizar manutenções antes que os problemas aconteçam.
Otimização de estoque
O controle rigoroso do estoque é um ponto central da metodologia Lean, visando evitar o desperdício e a falta de matéria-prima.
Além disso, essa é uma maneira de reduzir os custos operacionais, contribuindo para manter a produção contínua.
Monitoramento de KPIs
Não se pode esperar bons resultados na indústria sem acompanhar indicadores-chave de desempenho (KPIs).
A ideia é gerar constantemente insights sobre o desempenho da linha de produção, ajudando na identificação de áreas que necessitam de melhorias.
Implementação de Lean Manufacturing
A filosofia Lean busca eliminar desperdícios e otimizar recursos.
Ela ajuda a aumentar a eficácia em uma linha de produção por meio de ferramentas como 5S, kanban e produção puxada, entre muitas outras.
Aposte nessa metodologia e certamente sua indústria terá resultados excepcionais, como fizeram empresas como a GE e a Motorola.
Conclusão
A produção em linha é a base de toda atividade industrial, mas, para que ela jogue a favor, é indispensável que seja orientada por uma metodologia.
Nesse caso, a melhor alternativa é a Lean Six Sigma, que pode elevar a produtividade e eficiência a patamares dificilmente alcançados de outra forma.
Qualifique-se para ser o profissional que vai implementá-la nas empresas, nos cursos presenciais Green Belt, Black Belt da EDTI, e também nos EAD.