Você já reparou que, para tudo na vida, temos um processo de tomada de decisão mais ou menos estruturado?
Pode não ser muito consciente, mas por trás de cada decisão, até mesmo em questões de pouca relevância, existe um processo subjacente.
Digamos que você precise comprar um novo celular, por exemplo.
É bem provável que, no processo decisório, pesem diversas questões como preço, marca e especificações técnicas.
Agora, imagine em uma empresa ou em um grande projeto profissional, quantas decisões não precisam ser tomadas diariamente?
Sem um processo decisório bem definido, os riscos de se arrepender de uma decisão nos negócios aumenta consideravelmente.
Para reduzi-los, é preciso fundamentar muito bem as resoluções tomadas, até porque no contexto empresarial ninguém faz nada sozinho.
Leia este texto até o fim para entender como embasar as decisões nos assuntos empresariais e nos seus projetos para potencializar os melhores resultados.
O que é processo de tomada de decisão?
O processo de tomada de decisão é tudo que se refere às etapas envolvidas na seleção de uma opção entre várias alternativas disponíveis.
Começa sempre com a identificação de um problema ou de uma oportunidade, seguida pela coleta e análise de informações relevantes.
Com base nessa análise, são geradas opções que são avaliadas a partir de critérios específicos.
Após a avaliação, uma decisão é tomada e implementada, com o necessário acompanhamento dos resultados para verificar se a decisão foi acertada e para fazer ajustes, se for o caso.
Como funciona o processo de tomada de decisão?
O processo de tomada de decisão envolve uma sequência de etapas para selecionar a melhor opção, ainda que existam gestores que podem decidir de forma intuitiva, confiando em sua experiência.
No entanto, no contexto empresarial, decidir com base no instinto é a exceção que confirma a regra.
Claro que, para líderes muito experientes, as decisões instintivas têm lá o seu valor.
Porém, esse é um luxo que raros profissionais podem se dar, tendo em conta que, no meio empresarial, uma decisão quase sempre afeta mais de uma pessoa.
Importância do processo racional de tomada de decisão
Por padrão, os gestores mais sábios evitam decidir sem uma base sólida porque sabem da importância de colocar a racionalidade à frente dos instintos nos negócios.
Assim, o processo decisório começa pela identificação de um problema ou de algum fato que afeta o negócio direta ou indiretamente.
Partindo disso, é preciso coletar informações que permitam compreender melhor a situação.
Esses dados, por sua vez, serão analisados para gerar alternativas, permitindo avaliar as opções com base em critérios para só então tomar uma decisão e implementá-la.
Quais são as 7 etapas do processo de tomada de decisão?
Formou-se um consenso que diz que o processo decisório envolve normalmente um total de 7 etapas para ser concluído.
Essa noção é compartilhada em diversas áreas, como na saúde, em que um artigo publicado na revista Americana de Enfermagem (em inglês) destaca os 7 passos para decisões baseadas em evidências.
Outro artigo, este publicado pelo Fórum Nacional de Administração Educacional, nos Estados Unidos, chega perto disso, destacando 6 passos.
Portanto, o que se observa é que o processo decisório é quase sempre estruturado de maneira muito parecida, com uma ou outra etapa diferente.
No nosso caso, vamos trabalhar com sete etapas.
Acompanhe atentamente.
1. Identificação do problema ou oportunidade
A etapa de identificação do problema ou oportunidade é o ponto de partida de quase todo processo de tomada de decisão.
Nessa fase, busca-se compreender claramente a situação que requer uma decisão.
Pode envolver a detecção de um desafio a ser superado, uma necessidade a ser atendida ou uma oportunidade a ser aproveitada.
A identificação exata do problema ou oportunidade é fundamental, pois isso estabelece a base para as etapas subsequentes do processo.
Logo, é fundamental definir e delimitar claramente o escopo do problema ou oportunidade para orientar o restante do processo de tomada de decisão.
2. Coleta de informações
Nesta fase, busca-se reunir dados, fatos e conhecimentos relevantes relacionados ao problema ou oportunidade identificados.
Isso pode envolver a realização de pesquisas, análise de dados existentes, consulta a especialistas, revisão de documentos ou qualquer outra fonte de informação pertinente.
O objetivo é obter uma compreensão abrangente e precisa do contexto em que a decisão será tomada.
Quanto mais informações forem coletadas, maior será a base para uma tomada de decisão fundamentada.
3. Análise das informações
A análise dos dados serve para compreender a natureza e o contexto, assim como identificar padrões, tendências ou para gerar insights.
Durante essa fase, podem ser aplicadas diferentes técnicas analíticas, como estatísticas, modelagem, comparações e outros métodos.
O objetivo é extrair o máximo de informações úteis para embasar a tomada de decisão para compreender com mais clareza o problema ou oportunidade em questão.
4. Geração de alternativas
Toda decisão implica lidar com diferentes opções ou soluções possíveis para lidar com uma situação identificada.
Por isso, nessa fase busca-se abrir um leque de opções para abordar o desafio de maneiras diferentes.
Quanto mais alternativas forem geradas, maior será a possibilidade de encontrar a solução mais eficaz.
A geração de alternativas pode envolver o brainstorming em grupo, o uso de técnicas criativas ou a adaptação de outras abordagens.
5. Avaliação das alternativas
Tendo sido aberto um leque de opções, as alternativas são comparadas entre si para identificar suas vantagens e desvantagens em relação ao contexto.
A avaliação pode envolver a aplicação de técnicas de análise quantitativa ou qualitativa, bem como a consideração de feedback de stakeholders ou especialistas.
O objetivo é identificar a alternativa mais promissora e apropriada para a situação, levando em conta todos os fatores relevantes.
6. Tomada de decisão
Lembrando que uma decisão pode ser tomada por um indivíduo ou por um grupo, dependendo do contexto e da dinâmica organizacional.
Fatores como intuição, experiência, análise racional e ponderação dos prós e contras podem influenciar o processo de tomada de decisão, considerando as etapas anteriores.
O mais importante é ponderar os possíveis resultados e impactos da decisão antes de seguir adiante.
7. Implementação e acompanhamento
Finalmente, a decisão selecionada é colocada em prática e as ações necessárias são executadas para implementá-la.
Isso pode demandar medidas como a alocação de recursos, comunicação, definição de responsabilidades e o estabelecimento de prazos.
Implica ainda acompanhar de perto os resultados e o progresso da implementação.
Isso permite avaliar se a decisão está alcançando os resultados desejados e se ajustes ou correções são necessários.
O acompanhamento também serve como aprendizado, formando um corpo de conhecimento organizacional para futuras decisões.
Como qualificar o processo de tomada de decisão?
Tomando como referência os 7 passos de um processo decisório, fica claro que, sem dados e muita informação, não se chega a lugar algum.
É preciso também estar qualificado para analisar essas informações, de maneira que elas possam gerar insights e apontar caminhos que façam sentido.
Essa qualificação você pode obter nos cursos EAD da Escola EDTI, que há mais de 10 anos forma gestores e líderes capacitados para tomar as decisões mais complexas.
Conclusão
Um processo de tomada de decisão bem estruturado faz toda a diferença porque reduz riscos e incertezas.
Seja um líder preparado para decidir os destinos dos seus projetos ou da empresa em que trabalhar, formando-se nos cursos Green Belt e Black Belt da EDTI.