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Pirâmide de Heinrich: reduza as falhas que levam a acidentes no trabalho

A Pirâmide de Heinrich é uma das mais importantes contribuições de caráter científico para a compreensão das causas dos acidentes de trabalho.

Para as empresas brasileiras ou que operam no Brasil, é fundamental conhecê-la, já que infelizmente somos o 2º país do G20 com mais mortes no ambiente de trabalho.

A melhor saída é a prevenção, que por sua vez, depende de métodos de controle e pesquisa para definir ações concretas.

Ferramentas como a Pirâmide de Heinrich existem para facilitar a vida de quem está à frente de equipes sujeitas a riscos ocupacionais.

Neste texto, você vai saber como este conceito pode ser aplicado e qual é a teoria que dá sustentação a ele, entre outras informações importantes.

Continue lendo e fique por dentro!

Pirâmide de Heinrich

Pirâmide de Heinrich: o que é?

Até a criação da Pirâmide de Heinrich, pouco se estudava sobre os acidentes de trabalho e suas causas em potencial.

Isso começou a mudar em 1931, quando o pioneiro Herbert William Heinrich publicou o livro “Prevenção de Acidentes Industriais – Uma Abordagem Científica”.

Ele partiu de uma observação empírica para determinar a frequência dos acidentes de trabalho, permitindo agir para evitar os mais graves.

De acordo com a teoria apresentada na obra, para cada 300 acidentes sem lesões, ocorrem 29 com lesões leves e um com lesões graves.

Heinrich determinou também que, em 88% dos casos, os acidentes são causados pelos chamados “atos inseguros”.

Esses atos, por sua vez, fazem parte de uma teoria complementar à pirâmide, chamada de ”Efeito Dominó”, que abordaremos mais à frente.

Quem foi Herbert William Heinrich?

Oficialmente, Herbert William Heinrich era o Superintendente Adjunto de Engenharia e Divisão de Inspeção da Travelers Insurance Company.

Seus incansáveis esforços para lançar luz sobre os acidentes de trabalho fizeram com que ficasse mais conhecido como um pioneiro nesse campo do conhecimento.

A teoria que deu origem à pirâmide ajuda até hoje as empresas a estimarem os custos com os acidentes de trabalho e a evitarem os mais graves.

Tudo se resume a uma questão estatística.

Afinal, se são necessários 329 acidentes para acontecer um com graves consequências, então, quanto mais as falhas forem evitadas, menores as chances de vítimas fatais.

Como funciona a Pirâmide de Heinrich

A Pirâmide de Heinrich funciona como um mecanismo para prevenir um eventual acidente grave.

Se uma empresa registra a proporção de acidentes sem lesões e com lesões leves prevista na pirâmide, é possível saber quando ela será a “bola da vez” para registrar um acidente potencialmente fatal.

Por si só, a pirâmide não explica quais são as verdadeiras causas dos acidentes de trabalho.

Sabendo disso, seu criador dedicou-se a compreender também quais fatores potencializam a probabilidade de um acidente acontecer.

De forma resumida, a conclusão a que ele chegou é que todo erro que leva a um acidente tem sempre um fator em comum: a falha humana.

Por que utilizar a Pirâmide de Heinrich?

Quanto mais frequentes são os acidentes, ainda que sem lesões, maiores as chances de ocorrer uma fatalidade.

Essa descoberta feita por Heinrich mudou os paradigmas adotados pelas empresas no tratamento das causas dos acidentes de trabalho.

Com ela, os gestores passaram a ter algo concreto para basear suas medidas preventivas, podendo assim controlar melhor os riscos ocupacionais.

As pesquisas trouxeram evidências de que existe uma proporção mais ou menos segura que determina as chances de um acidente grave acontecer.

Dessa forma, a Pirâmide de Heinrich é um importante instrumento de controle, ajudando líderes no segmento industrial a antecipar a magnitude das falhas operacionais.

Pirâmide de Heinrich

Importância da Pirâmide de Heinrich na segurança do trabalho

A contribuição de Heinrich é enorme, ainda mais se considerarmos que, passados mais de 90 anos, sua teoria ainda é considerada válida.

Apesar de ter sido aperfeiçoada por Frank Bird Jr., em essência ela não mudou.

Não é exagero dizer que, sem Heinrich, talvez nem existisse a Segurança do Trabalho como a especialidade que conhecemos hoje.

Suas ideias arrojadas e pioneiras elevaram a questão a um nível estratégico nas empresas, que passaram a tratar a segurança com muito mais seriedade.

Já que falamos de Frank Bird Jr., cabe destacar também a sua contribuição para o estudo dos acidentes de trabalho e seus impactos nas empresas.

Enquanto isso, guarde esta dica de leitura: liderança em projetos Lean Six Sigma para gestão de projetos de melhoria.

Pirâmide de Bird como alternativa à Pirâmide de Heinrich

Inspirado pelo pioneirismo de Heinrich, o engenheiro Frank Bird Jr. decidiu realizar novos testes para confirmar se a proporção dos acidentes era mesmo de 300:29:1.

Para isso, ele analisou nada menos que 90 mil casos de acidentes de trabalho entre 1959 e 1966 na empresa em que trabalhava, a siderúrgica Luckens Steel.

Com isso, Bird reformulou a proporção dos acidentes de trabalho em uma nova pirâmide, que leva o seu nome.

A Pirâmide de Bird determina que, para cada 500 acidentes sem lesões, acontecem 100 com lesões leves e 1 com lesões graves.

Há quem diga que essa proporção seria de 600:30:10:1, contudo, a versão mais aceita é a de 500:100:1.

Como aplicar as teorias de Heinrich ao dia a dia da empresa

Partindo de métodos estatísticos, a Pirâmide de Heinrich pode servir como um parâmetro para determinar os riscos ocupacionais em diferentes empresas.

Essa é a razão pela qual o próprio Herbert Heinrich defendeu ao longo da sua notável carreira a necessidade de trabalhar para prevenir os riscos ocupacionais.

Ele dizia que:

“Não importa quão fortemente os registros estatísticos enfatizem falhas pessoais; é imperativo reconhecer, corrigir e eliminar os perigos físicos”.

Veja a seguir como fazer isso, usando como base as teorias criadas pelo célebre Heinrich.

Defina uma matriz de riscos

Uma ferramenta de grande utilidade e que pode complementar a aplicação da Pirâmide de Heinrich é a conhecida Matriz de Riscos.

Consiste em um quadrante em que os riscos são classificados horizontalmente pelo seus impactos e verticalmente conforme a probabilidade.

Assim, quanto mais acima e à direita um risco estiver, maior será a ameaça e os danos que poderá causar.

Identifique as peças do efeito dominó 

Outra interessante contribuição de Heinrich para o estudo dos acidentes de trabalho é o Efeito Dominó.

Segundo essa teoria, os acidentes acontecem em uma sequência de falhas que estão sempre conectadas, como se fossem peças de um dominó em queda contínua, começando pela:

  • Personalidade: conjunto de características individuais que podem potencializar os riscos de acidentes
  • Falha humana: dependendo da personalidade, a falha humana pode vir a acontecer com maior ou menor frequência
  • Atos inseguros: o cerne dos acidentes de trabalho que, por sua vez, são precedidos pela personalidade e pela falha
  • Acidente: a materialização do risco, confirmando as consequências adversas dos atos inseguros
  • Lesão: a consequência final do acidente de trabalho, que pode ser fatal, moderada ou leve.

Analise os acidentes conforme a teoria de Heinrich

Como vimos, a Pirâmide de Heinrich serve como base para determinar a probabilidade de acontecer um acidente fatal ou grave.

Ela pode ser usada como um instrumento de controle, ajudando os gestores de uma empresa exposta a riscos ocupacionais a antecipar as chances de ocorrer uma falha.

No desenvolvimento da sua teoria, Heinrich esclareceu também sobre o que fazer para minimizar os acidentes de trabalho.

Ele destacou fatores como Conhecimentos, Habilidades e Atitudes (CHA) como ponto central da questão.

Ou seja, o risco de acidentes está diretamente relacionado ao preparo das pessoas expostas ao risco laboral.

Heinrich também enfatizou a necessidade de avaliar esses riscos de acordo com fatores como:

  • Estresse
  • Doenças
  • Falta de treinamento
  • Uso de medicamentos 
  • Excesso de trabalho.

Reduza falhas e melhore a segurança no trabalho

As ideias de Heinrich foram validadas também pela aplicação de ferramentas de controle de falhas de comprovada eficácia.

Uma delas é a metodologia Failure Mode and Effect Analysis, ou Análise de Modos e Efeitos de Falha, conhecida pela sigla FMEA.

Criada em 1949, ela é até hoje um dos métodos mais empregados na indústria para prevenir e corrigir falhas.

Desde então, a FMEA vem sendo aperfeiçoada, ajudando gestores em diversos segmentos a compreender as reais causas das falhas em seus processos produtivos.

Atenta ao mercado, a Escola EDTI oferece um curso único que vai capacitar você a fazer Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos com precisão.

Nas aulas, você vai aprender os principais conceitos desta ferramenta segundo suas referências mais atuais por um ponto de vista prático de quem executa projetos de melhoria.

Você também entenderá aplicações da ferramenta através de diferentes exemplos e do suporte dado pelos nossos Black Belts disponíveis durante seu acesso ao curso.

Conclusão

Aqui na EDTI, somos fãs de Herbert Heinrich e a sua pirâmide.

Além de ser uma teoria testada e comprovada empiricamente, ela vem ajudando empresas de todo o mundo a salvar vidas e a resguardar a segurança em seus locais de trabalho.

Outra técnica essencial para melhorar a qualidade nos processos é a metodologia Lean, que você aprende nos cursos da EDTI.

Confira 6 razões para aprender sobre Lean Six Sigma e decole na carreira!

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4 comentários em “Pirâmide de Heinrich: reduza as falhas que levam a acidentes no trabalho”

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