Inove de maneira deliberada
Sempre que vejo empreendedores ou ativistas de empreendedorismo falando de pensar grande, de inovação de ruptura, de mudar o mundo, fico com o pé atrás. No começo, não entendia o porquê, mas, depois, com muita análise comecei a entender.
O primeiro passo para que você inove é analisar a realidade a nossa volta. Quantas empresas ou empresários você conhece que fizeram alguma inovação de ruptura, destas que os consultores adoram comentar e citar em palestras? Salvo se você tiver em sua rede de amigos nomes como Steve Jobs, Bill Gates, Mark, Von Braun, e outros poucos, você responderá nenhum. Agora, quantos empresários vocês conhecem quem inovam? Eu conheço vários. Há inovações de todo tipos, meios e portes, mas uma coisa elas tem em comum: todas vêm da aplicação da criatividade no dia a dia do negócio.
A maioria dos inovadores não espera uma ideia cair do céu para abrir um negócio, eles abrem um negócio e buscam sistematicamente por elas. Como? Observando o cliente ou o seu processo de perto. Só observando? Não, observando e seguindo um método para isto, que às vezes é intuitivo e às vezes, estruturado. Seja intuitivo ou estruturado, há etapas comuns a todos eles.
Afinal, como ser criativo?
A primeira etapa para responder a pergunta “Como ser criativo?” é escolher um método de criatividade é determinar o foco ou um objetivo para a sua sessão de criatividade. Sem saber para onde olhar, não é possível enxergar nada. A segunda etapa é a observação e descrição do que você está observando. Isto é importantíssimo para ampliar seu campo de visão e enxergar aquilo que no dia a dia você não vê. Nesta etapa liste tudo que você ouve, enxerga, sente, pensa, liste todas as características do objeto, processo ou padrão de pensamento que deseja melhorar.
Com tudo listado, desafie as características. É isto que os empreendedores que inovam fazem. Eles chegam num supermercado concorrente e desafiam o fato de haver uma fila enorme, de haver só produtos de má qualidade a preços altos ou até de haver funcionários mal treinados incomodando os clientes. Eles definem um foco de todas às vezes, atacando-o sistematicamente até que as ideias criativas comecem a surgir.
Os inovadores também fazem provocações à sua equipe. O problema da fila é a falta de caixas para fechar os pedidos? E se não tivéssemos mais caixas? Equipe, desafio vocês a pensarem uma solução que não envolva o uso de caixas ou de pelo menos mais caixas. Aí, saem ideias como o selfscan, aplicação do RFID no mercado, fila única, entrega depois, serviços on line e por aí vaí.
Conclusão
Lembre-se: dê mais valor as inovações e inovadores que você conhece. Para inovar não precisa pensar grande, comece pelo seu ambiente. Esqueça o glamour, inove para melhorar seus cliente ou seus funcionários. São estes que penam todo dia com os problemas que existem em seus produtos, serviços, processos ou forma de pensar. Inove para aprender a inovar e porque é prazeroso resolver problemas alheios. Antes de pensar em mudar mundo, acabando com a fome mundial ou outros males, mude a sua vida, o seu mundo. Ajude a acabar com o desperdício, retrabalho, falta de respeito, raiva e outros males que a vida sem inovação nos causam. Fica a dica.
Gostei muito do texto, Virgílio!
Boas dicas para quem deve lidar com o dia-adia de um negócio.
Vale a leitura!
Abraços!