A matriz de risco é a ferramenta que permite às empresas lidar com os contratempos que certamente todos temos que enfrentar, na vida e nos negócios.
Ela facilita as decisões que precisam ser tomadas nos momentos de adversidade.
Imagine, por exemplo, um negócio em expansão que pretende entrar em um mercado novo, fora do país.
Os riscos nesse caso são muito altos, considerando entraves como moeda, idioma, leis e impostos, para ficar apenas nos mais evidentes.
Para mitigar esses e outros fatores que podem dificultar uma atividade produtiva é que soluções como a matriz de risco são utilizadas.
É sobre ela que vamos falar a partir de agora.
O que é matriz de risco?
A matriz de risco é uma ferramenta de gestão utilizada para identificar e avaliar os riscos envolvidos em um determinado projeto, processo ou atividade.
Consiste em uma tabela na qual os riscos são classificados conforme a sua probabilidade de ocorrência e seu impacto.
Essa classificação permite que os responsáveis por um projeto ou atividade priorizem os riscos mais relevantes, tomando medidas preventivas ou corretivas para minimizá-los ou eliminá-los.
A matriz de risco pode ser utilizada em diversas áreas, como engenharia, finanças, gestão de projetos, segurança do trabalho e para a obtenção do selo ISO 31000.
Para que serve a matriz de risco?
A matriz de risco é uma ferramenta essencial para a gestão, já que permite identificar, avaliar e classificar os riscos associados a um determinado projeto, processo ou situação.
Ela permite que as organizações compreendam melhor os riscos aos quais estão expostas e tomem medidas para minimizar ou eliminar esses riscos.
Com base no gerenciamento dos riscos, gestores podem tomar decisões mais embasadas sobre suas prioridades.
Isso ajuda ainda a alocar melhor os recursos e criar planos de contingência para reduzir a probabilidade e o impacto dos riscos.
A matriz de risco também ajuda as organizações a entenderem a natureza das ameaças, como sua probabilidade de ocorrer e seu potencial impacto.
Isso permite à empresa adotar uma abordagem proativa na gestão de riscos, mitigando-os antes de virem a se tornar problemas reais.
Como funciona a matriz de risco?
Como ferramenta de trabalho, a matriz de risco é um recurso visual.
Ela facilita a compreensão a respeito de um contexto mais amplo, evitando julgamentos precipitados e superficiais.
A disposição dos riscos em um arranjo matricial facilita o seu mapeamento, de maneira que possam ser analisados mais precisamente.
Digamos, então, que uma empresa quer entender melhor o risco envolvido em lançar um novo produto.
Nesse caso, ela poderia considerar o risco desse produto vender conforme as projeções de acordo com as informações disponíveis sobre o mercado ou não.
Quais os benefícios de usar a matriz de risco?
Está para ser criada a empresa imune aos riscos externos e internos.
Considerando que é inevitável a exposição às muitas ameaças que vêm de fora e de dentro, a matriz de riscos é um recurso fundamental para evitá-las ou até transformá-las em oportunidades.
Uma empresa que sabe como avaliar os riscos acaba desenvolvendo mais rapidamente a inteligência de negócios, conseguindo reverter as mais duras adversidades.
Essa é uma ferramenta amplamente utilizada por grandes empresas, que não dão um passo sem antes medir os riscos a que podem estar sujeitas.
Confira as vantagens que ela pode trazer.
Mais segurança em novos projetos
O principal desafio enfrentado por negócios dos mais variados tamanhos e segmentos é minimizar as incertezas em seus projetos.
Ferramentas como a matriz de risco são bastante úteis para ajudar a mapear o “terreno” onde uma empresa está pisando.
Não se pode jamais subestimar as ameaças de um mercado, ou o preço a se pagar pode ser alto demais.
Empresas gigantes em seus segmentos experimentaram fracassos retumbantes só porque deixaram de avaliar corretamente os riscos a que estavam expostas.
Por isso, agir preventivamente para evitá-los deve ser uma prioridade, para o que a matriz de riscos cai como uma luva.
Ajuda a lidar com a concorrência
Toda empresa precisa desenvolver uma compreensão completa do mercado em que atua, dos concorrentes e de suas estratégias, como preconizam as 5 Forças de Porter.
Assim, ela poderá identificar pontos fortes e fracos da concorrência, assim como oportunidades para se diferenciar e se destacar.
Tudo isso pode ser feito mais facilmente quando se utilizam soluções como a matriz de risco.
A propósito, ela ajuda também nos esforços de inovação, ajudando a se diferenciar da concorrência para criar vantagem competitiva.
Tendo a matriz de risco como referência, as empresas passam a investir em pesquisa e desenvolvimento com mais segurança, melhorando por tabela a qualidade para superar a concorrência.
Complementa as pesquisas de mercado
Um dos instrumentos mais utilizados para conhecer o comportamento do consumidor é a pesquisa de mercado.
Por mais reveladora que ela seja, pode não expressar exatamente a realidade, contemplando todos os riscos de oportunidades que podem estar ocultas.
Nesse caso, os insights gerados pelas pesquisas podem ser melhor dimensionados se forem submetidos a um mapeamento pela matriz de risco.
Como fazer uma matriz de risco?
Outra vantagem da matriz de risco é ser uma ferramenta relativamente simples de montar.
Basta uma planilha no Excel ou Google e você já tem o que precisa para começar a avaliar os riscos do seu negócio.
Lembrando que cada empresa lida com seus próprios riscos.
Logo, haverá casos em que a matriz precisará englobar níveis ainda mais detalhados desses riscos.
Veja a seguir como montar uma começando do zero.
Estabeleça níveis de probabilidade
O nível mais básico de uma matriz de risco aponta para três probabilidades de algo acontecer: baixo, médio e alto, dispostas em um eixo vertical.
No entanto, na maioria dos casos, esses níveis devem ser medidos em graduações mais detalhadas, considerando as muitas variáveis que podem estar em jogo.
Confira abaixo exemplo dessa escala:
| Probabilidade | Descrição | |
| Numérica | Descritiva | |
| 1% a 10% | Muito baixa | Não é provável que aconteça |
| 11% a 30% | Baixa | Pode ser que ocorra uma vez dentro de um ano |
| 31% a 50% | Moderada | Pode ser que ocorra mais de uma vez dentro de um ano |
| 51% a 70% | Alta | Pode ser que ocorra mensalmente |
| 71% a 90% | Muito alta | Pode ser que ocorra semanalmente |
Fonte: Ferramentas da Qualidade
Estabeleça níveis de impacto
No eixo horizontal da matriz deve ser disposta a escala que mede a probabilidade de um risco impactar a empresa ou um projeto, como no exemplo abaixo:
| Impacto | Descrição dos critérios de impacto |
| Muito baixo | Consequências pouco significativas |
| Baixo | Consequências reversíveis em curto e médio prazo com custos pouco significativos |
| Moderado | Consequências reversíveis em curto e médio prazo com custos baixos |
| Alto | Consequências reversíveis em curto e médio prazo com custos altos |
| Muito alto | Consequências irreversíveis ou com custos inviáveis |
Fonte: Ferramentas da Qualidade
Disponha os elementos na tabela
Estabelecidas as escalas de probabilidade e de impacto, é hora de finalmente criar a matriz de risco propriamente dita.
Você pode acrescentar aos riscos uma tabela complementar, na qual poderão ser avaliadas as oportunidades.
Ficaria mais ou menos assim:
Probabilidade | Riscos/Ameaças | |||||
| 90% | Média | Média | Alta | Alta | Alta | |
| 70% | Baixa | Média | Média | Alta | Alta | |
| 50% | Baixa | Baixa | Média | Alta | Alta | |
| 30% | Baixa | Baixa | Baixa | Média | Alta | |
| 10% | Baixa | Baixa | Baixa | Baixa | Média | |
| Muito baixo | Baixo | Médio | Alto | Muito Alto | ||
| Impacto | ||||||
Mapeie os riscos
Montada a tabela, chega o momento de analisar um risco e classificá-lo conforme a sua probabilidade e impacto.
Digamos, por exemplo, que uma fábrica esteja avaliando o risco de um equipamento parar.
Segundo os supervisores dos 3 turnos, isso aconteceu 4 vezes em um semestre, representando uma redução de 15% na produtividade.
Assim, podemos dizer que a probabilidade de acontecer em um mês é de 66% (alta), com um impacto classificável como alto.
Veja a posição desse risco na tabela:
Probabilidade | Riscos/Ameaças | |||||
| 90% | Média | Média | Alta | Alta | Alta | |
| 70% | Baixa | Média | Média | Alta | Alta | |
| 50% | Baixa | Baixa | Média | Risco do equipamento quebrar | Alta | |
| 30% | Baixa | Baixa | Baixa | Média | Alta | |
| 10% | Baixa | Baixa | Baixa | Baixa | Média | |
| Muito baixo | Baixo | Médio | Alto | Muito Alto | ||
| Impacto | ||||||
Como aprender mais sobre gestão de projetos?
Projetos implicam assumir certos perigos, que devem ser previamente mapeados com o auxílio de ferramentas como a matriz de risco.
Mas não fica só nisso.
Uma análise aprofundada só pode ser feita por profissionais qualificados e você pode ser um deles, formando-se em um dos cursos da Escola EDTI.
Vá fundo na sua preparação e torne-se um especialista em gestão de projetos com uma formação em Lean Six Sigma reconhecida internacionalmente!
Conclusão
A matriz de risco é de grande utilidade quando não sabemos mensurar os impactos e as chances de uma ameaça se tornar real.
Utilize-a em seus projetos e esteja sempre preparado para evitar as ameaças ou lidar com elas, caso elas se concretizem.
Seja o profissional que as empresas querem ter, qualificando-se como gestor em nossos cursos presenciais Green Belt e Black Belt.