Adotar indicadores de produção é a chave para o sucesso na gestão industrial.
Essa é a única maneira de saber se uma linha de produção está cumprindo com os seus objetivos e de entender se o planejamento está sendo seguido.
Sem indicadores, a própria atividade produtiva perderia o sentido, já que ninguém tomaria conhecimento do quanto se produz, bem como da qualidade do que é produzido.
Acredite, bons motivos não faltam para utilizar os indicadores de produção, como veremos neste conteúdo.
Continue lendo para entender.
O que são indicadores de produção?
Indicadores de produção são referências usadas para medir, avaliar, analisar e comparar os resultados de uma atividade contínua.
Na indústria, eles são amplamente utilizados como instrumento de controle, orientando os gestores em suas decisões.
Será a partir deles que uma empresa poderá saber, por exemplo, se atingiu a meta prevista de produtividade para um determinado item.
Ou se reduziu algum indicador negativo, como a taxa de acidentes de trabalho ou de produtos com defeito.
Qual a importância dos indicadores de produção industrial?
Todo negócio precisa se orientar em relação ao que faz, de modo a saber se os seus produtos estão atendendo às expectativas dos clientes ou se está fazendo o bastante para superar a concorrência.
Os indicadores de produção industrial são fundamentais nesse aspecto.
É a partir deles que os gestores extraem informações para saber se estão no rumo certo.
Eles são indispensáveis nas empresas geridas conforme os princípios Lean, metodologia que visa combater os desperdícios e garantir a máxima qualidade para os produtos.
6 indicadores de produção que você precisa acompanhar
Dependendo do tipo de atividade, produto e infraestrutura, haverá indicadores mais adequados que outros para medir o sucesso.
Ou seja, não basta apenas escolher qualquer indicador de produção.
É preciso ser o mais criterioso possível para que esse indicador reflita se a indústria está ou não seguindo na direção certa.
Vamos conferir a seguir seis dos mais utilizados e de que forma eles ajudam a analisar a performance na produção industrial.
1. Lead Time
Na maioria dos casos, a produção na indústria depende de etapas como processamento, montagem e verificação de qualidade.
Sendo etapas sequenciais, é esperado que se gaste tempo para cumprir com cada uma delas, até que o produto esteja em condições de ser distribuído.
Esse tempo, chamado de lead time, expressa o quão eficiente é a produção, sempre ponderando a qualidade.
Ou seja, o lead time será ótimo quando, no menor tempo possível, os produtos finalizados atenderem a 100% dos padrões de qualidade estabelecidos.
2. On-Time In Full (OTIF)
Um dos indicadores de produção mais críticos na indústria é o On-Time In Full porque trata da pontualidade e assiduidade nas entregas.
Ele mede a capacidade de entregar os produtos certos, na quantidade correta, no local indicado e no prazo combinado.
Um bom OTIF mostra que a empresa está atendendo bem seus clientes e sendo bem-sucedida em todas (ou pelo menos na maior parte) das etapas da supply chain.
Também é um indicador que mede a performance em uma etapa que nem sempre recebe a devida atenção na indústria, a distribuição.
3. Capacidade Utilizada
Em certos casos, a indústria dispõe de mais capacidade produtiva do que a que está sendo efetivamente utilizada.
Digamos, por exemplo, que uma planta industrial tem capacidade de produzir 100 peças em uma hora, mas que, por algum motivo, está produzindo 90.
Isso significa que ela está operando com apenas 90% da sua capacidade total para esse período de tempo.
Portanto, quanto mais próxima de 100% for a capacidade utilizada, maior será a produtividade.
4. Eficiência Geral do Equipamento (OEE)
Máquina parada é prejuízo certo. Quanto mais tempo um equipamento permanecer ocioso, maiores são as perdas.
Por isso, um dos indicadores mais frequentemente medidos na indústria é o OEE, usado para medir a disponibilidade das máquinas e equipamentos.
Ele revela, em percentuais, a quantidade de tempo que um equipamento está disponível, operando a uma velocidade determinada e se está produzindo com qualidade.
Um alto OEE indica que os equipamentos estão ativos na maior parte do tempo, o que indica indiretamente que a manutenção está em dia.
5. Tempo de Parada ou Inatividade (Downtime)
Existem fatores que, por mais que se tente controlar, podem gerar algum tipo de parada ou interrupção na produção.
Falhas técnicas, manutenção, falta de insumos, entre outros, são algumas das muitas razões que podem paralisar uma linha.
Seja qual for o motivo, toda parada precisa ser registrada, bem como o seu motivo, para que se possa tomar as medidas necessárias para evitar que ela se repita.
Esse é o propósito em medir o downtime, que, assim como o OEE, pode sinalizar indiretamente se a manutenção está em dia ou não.
Também é um indicador que vai se refletir no Lead Time, já que provoca alterações inevitáveis no tempo gasto para concluir o ciclo produtivo.
6. Tempo de Setup
Em certos casos, uma máquina precisa ser antes configurada ou preparada para começar a produzir.
Para isso, mede-se o chamado tempo de setup, que nada mais é do que o tempo gasto nessa preparação.
Inclui atividades como troca de ferramentas, ajustes de parâmetros e calibração de equipamentos, sendo fundamental para minimizar o tempo ocioso e aumentar a eficiência produtiva.
Como aprender mais sobre a gestão da produção?
A gestão industrial tem seus próprios desafios, sempre demandando profissionais capacitados para dar respostas à altura.
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Conclusão
Os indicadores de produção são reveladores, mas, para serem lidos e interpretados corretamente, é preciso dispor de todo um background de conhecimento.
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