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Fórmula da probabilidade condicional: qual é, para que serve e como aplicar

A fórmula da probabilidade condicional é um conhecimento importante para o gestor preocupado em se antecipar aos problemas na empresa.

Ela pode ser utilizada de diversas formas em atividades produtivas, ajudando a prever defeitos, paradas e até o risco de acidentes.

Quando bem empregada, pode ser uma das melhores maneiras de gerir um negócio com uma abordagem preditiva.

Entenda neste texto como a probabilidade condicional funciona e como ela pode ser aplicada no seu dia a dia.

fórmula probabilidade condicional

O que é probabilidade condicional?

A probabilidade condicional indica a chance de um evento acontecer a partir de um outro que tenha ocorrido anteriormente.

Nesse caso, temos dois eventos: o chamado evento principal (A) e um evento B, chamado de condicionante.

Assim sendo, a probabilidade condicional é sempre dependente de um evento anterior para que possa existir.

Ela considera informações adicionais para ajustar a probabilidade original, refletindo como o conhecimento de um evento influencia a ocorrência de outro.

Matematicamente, ela é expressa pela notação P(A|B), ou seja, a probabilidade (P) de um evento A a partir de um evento B.

Qual a fórmula da probabilidade condicional?

Sendo um conceito matemático e estatístico, a probabilidade condicional é expressa por meio de uma fórmula:

  • P(A∣B) = P(A∩B) / P(B)​.

Ela é assim descrita:

  • P(A∣B) é a probabilidade condicional de A dado B
  • P(A∩B) é a probabilidade de ambos os eventos A e B ocorrerem
  • P(B) é a probabilidade de BBB ocorrer (assumindo que P(B) ≠ 0).

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Para que serve a fórmula da probabilidade condicional?

Toda atividade produtiva pode utilizar a probabilidade condicional para melhorar suas operações e resultados.

Na indústria, ela pode ser aplicada para prevenção de falhas, controle de qualidade e gestão da cadeia de suprimentos, por exemplo.

Outro uso relativamente comum dessa fórmula é para analisar a ocorrência de defeitos em linhas de montagem.

Digamos, nesse caso, que uma fábrica produza peças que passam por duas etapas principais: etapa de fundição e etapa de acabamento. 

Isto posto, podemos querer saber qual a probabilidade de que uma peça venha a apresentar defeito na fundição, dado que ela apresenta defeito ao final do processo de acabamento.

O exemplo pode ser replicado em incontáveis contextos, não só na indústria como em toda atividade produtiva sujeita a falhas ou a erros recorrentes em seus processos.

fórmula probabilidade condicional

Exemplo de cálculo com a fórmula da probabilidade condicional

Vamos voltar ao exemplo da fábrica de peças.

Imagine que, nessa planta, foi apurado que 5% de todas as peças produzidas têm algum tipo de defeito após o processo de acabamento.

Também se sabe que, se uma peça já apresentar defeito ao sair da fundição, a chance de que ela também apresente defeito após o acabamento é de 70%.

Assim, temos dois eventos:

  • A: peça tem defeito após a fundição
  • B: peça tem defeito após o acabamento.

Usando a fórmula de probabilidade condicional, queremos encontrar:

  • P(A∣B), que representa a probabilidade de uma peça ter defeito na fundição, dado que ela apresenta defeito após o acabamento.

Temos então os seguintes dados:

  • P(B∣A) = 0,7: probabilidade de uma peça ter defeito no acabamento, dado que já tinha defeito na fundição
  • P(A): probabilidade de uma peça ter defeito na fundição (vamos supor que seja de 0,4%)
  • P(B) = 0,05: probabilidade de uma peça ter defeito ao final do processo.

Vamos calcular agora a P(A∩B):

  • P(A∩B) = P(A) ⋅ P(B∣A) = 0,04 ×0,7 = 0,028.

Assim, chegamos a:

  • P(A∣B) = 0,028/0,05 = 0,56 = 56%.

O que fazer, então, de posse desses dados?

A primeira medida poderia ser a aplicação de métodos de controle de qualidade, de modo que saiam menos peças defeituosas após a fundição.

Assim, poderiam ser identificados possíveis pontos de melhoria na fundição, para que a taxa de defeito após o acabamento também diminua.

Isso geraria um efeito cascata positivo, fazendo diminuir a taxa de defeitos em eventuais processos subsequentes.

Na ponta final do processo, teremos clientes mais satisfeitos, fazendo com que a demanda por peças aumentasse, em um ciclo virtuoso de aperfeiçoamento.

Conclusão

A probabilidade condicional é uma fórmula simples, mas de extrema utilidade.

Os líderes Lean Six Sigma estão entre os profissionais mais qualificados para empregá-la nos mais diversos contextos na indústria e em outros setores produtivos.

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