A maioria de nós aprendeu alguma coisa sobre Fordismo, Toyotismo e Taylorismo no Ensino Médio.
Para quem trabalha no segmento industrial, essas três escolas vão muito além de uma simples matéria de prova.
Na verdade, tudo que se faz hoje no setor secundário da economia é influenciado direta ou indiretamente pelos mentores dessas três vertentes.
Elas são verdadeiros postulados de como produzir mais, melhor e em menos tempo, cada uma de um modo diferente.
Todo profissional da indústria deveria saber pelo menos as linhas gerais dessas teorias, até porque dificilmente uma prática industrial não apresenta pelo menos uma de suas características.
Entenda como cada uma funciona e como se aplicam no contexto das atividades fabris.
O que é Fordismo, Toyotismo e Taylorismo?
Fordismo, Toyotismo e Taylorismo são, basicamente, sistemas de produção aplicados à indústria de transformação.
Nos séculos XIX e XX, em meio à Segunda Revolução Industrial, os espaços de produção eram ainda desorganizados e os trabalhadores trabalhavam sem muita disciplina, em condições às vezes precárias.
Não tardou muito para que os donos dessas unidades de produção percebessem que precisavam racionalizar as rotinas de alguma maneira.
Foi assim que começaram a surgir as primeiras teorias sobre otimização da produção, que influenciaram para sempre as práticas no chão de fábrica.
O que é Fordismo?
Muitos dos métodos de produção industriais surgiram ou foram modificados em função da indústria automotiva.
Henry Ford, fundador e líder da montadora que leva o seu nome, foi um dos mais influentes líderes nesse sentido.
Depois de fundar a Ford Motor Company em 1903, ele aperfeiçoou em suas próprias plantas industriais o modo de se fabricar veículos em série.
A partir da segunda década do século XX, ele instituiu uma série de mudanças nas práticas industriais que ficaram conhecidas como Fordismo.
Suas principais características são:
- Automação da linha de montagem
- Especialização dos trabalhadores
- Padronização dos processos
- Controle de qualidade.
O que é Toyotismo?
Enquanto o modelo Fordista – e até o Taylorista, como veremos – focam na máxima produção, o Toyotismo tem uma proposta diferente.
Nesse modelo, não é a fábrica que cria a demanda, mas sim o próprio consumidor.
Criado na montadora japonesa Toyota, o Toyotismo foca na produção enxuta, com um mínimo de custos.
Os estoques devem ser mínimos ou, se possível, eliminados por completo.
Prevalece nesse modelo o princípio Just-In-Time (JIT), segundo o qual a produção deve ser puxada pela demanda.
Por isso, o Toyotismo apresenta como características principais:
- Melhoria contínua (Kaizen)
- Foco no valor agregado
- O cliente está no centro das decisões
- Respeito às pessoas e trabalho em equipe.
O Toyotismo é considerado por uma parcela expressiva dos líderes do setor industrial como o modelo mais racional de se produzir.
De fato, seus princípios podem ser considerados até revolucionários, mantendo-se atuais desde os anos 1950, quando foram desenvolvidos e lançados pela primeira vez.
Talvez porque seja o primeiro modelo de produção que trouxe para a realidade industrial o cliente como fator mais importante para a tomada de decisão.
Não menos importante, trouxe também toda uma mentalidade voltada para o combate ao desperdício e a eliminação de tudo que não agrega valor ao produto final.
O que é Taylorismo?
“Pai” dos sistemas de produção, o Taylorismo foi criado pelo engenheiro e industrial norte-americano Frederick Taylor, também na segunda década do século XX.
Foi o primeiro líder na indústria a perceber a necessidade de racionalizar o trabalho, de modo a extrair o máximo rendimento dos recursos e das pessoas.
Em comum com o Fordismo, temos no Taylorismo o foco na máxima produção e a especialização dos trabalhadores.
Uma de suas características marcantes foi o estudo sistemático dos efeitos do ambiente e das atividades sobre as pessoas.
Assim, o Taylorismo se destacou como um sistema em que a produtividade estava ligada a um sistema de recompensas.
Fordismo, Toyotismo ou Taylorismo? Qual o melhor sistema de produção?
Fordismo, Toyotismo e Taylorismo têm cada um seus pontos fortes e seus aspectos que até hoje são alvo de críticas.
O mais importante é o legado que eles deixaram, influenciando até hoje a gestão da indústria.
A metodologia Lean Six Sigma, por exemplo, bebe direto na fonte dessas três escolas.
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