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FMEA: Entenda a Análise dos Modos de Falha e Seus Efeitos

A FMEA é uma ferramenta muito importante para a priorização de medidas corretivas.

Afinal, uma falha pode se manifestar de diversas maneiras, e decidir qual de suas causas deve ser solucionada primeiro torna-se por si só um problema.

Pense, por exemplo, em uma linha de montagem.

Haverá casos em que vários problemas estarão aparentemente interligados, dificultando ainda mais as correções em razão da dificuldade em “atacar” aquele que é mais urgente.

Dessa forma, será necessário considerar uma falha a partir das suas dimensões primárias e, a partir disso, decidir o que fazer.

Essa é uma das funções da FMEA, uma ferramenta essencial na indústria e em todas as empresas nas quais a falha precisa ser analisada como parte de um todo.

Veja como ela funciona e muito mais.

O que é FMEA?

Mas o que significa FMEA, ou Failure Mode and Effect Analysis? é um método amplamente conhecido por ser usado para estudar, de forma preventiva, as causas e os efeitos de falhas em uma empresa.

Ele é estruturado com a intenção de minimizar a ocorrência de falhas.

Dessa forma, a empresa pode garantir uma queda no número de problemas de qualidade, o desperdício de gastos se torna menos frequente e há uma otimização dos índices de satisfação dos clientes.

Em outras palavras, o FMEA, é uma ferramenta de melhoria contínua capaz de maximizar a qualidade integrada em estratégias de gerenciamento como o Kaizen e o Lean Six Sigma.

Por ser desenvolvida por equipes de diversos departamentos, o FMEA é capaz de auxiliar o negócio a alcançar níveis elevados nos padrões de excelência dos resultados obtidos por todos os times.

Os impactos da aplicação dessa ferramenta atingem diretamente o retorno financeiro de um empreendimento.

Isso é feito por meio da redução, ou até mesmo eliminação, de falhas potenciais que podem colocar em risco a qualidade do produto final.

Ou seja, resultados obtidos pelo uso do FMEA no ambiente corporativo proporcionam benefícios relevantes para a empresa. Isso traz mais confiabilidade para os seus produtos e serviços e, assim, amplia a sua competitividade.

Não é coincidência que, durante os últimos 60 anos, o FMEA vem sendo implementado e adaptado de forma bem sucedida por negócios dos mais variados portes e segmentos comerciais.

A sua presença é vista em indústrias, startups e até mesmo estabelecimentos de prestação de serviços hospitalares.

Em alguns locais, ele se tornou obrigatório. O FMEA já é exigido na documentação que envolve a prestação de serviços como uma ferramenta para assegurar o índice de qualidade dentro do ambiente corporativo.

Qual o objetivo do FMEA?

A FMEA (Failure Mode and Effect Analysis) consiste em um diagrama que ajuda a apontar qual falha deve ter sua solução priorizada quando ocorrer e se ocorrer.

Nela, diferentes falhas em um mesmo processo ou equipamento são dispostas em lista, na qual elas têm sua probabilidade de falha estimada a partir de três aspectos em escala de 1 a 10:

  • Gravidade da falha (G): em que 1 é “nunca” e 10 é “sempre”
  • Probabilidade da falha (O): em que 1 é “nunca” e 10 é “sempre”
  • Probabilidade de detectar a falha (D): em que 10 é “nunca” e 1 é “sempre”.

Imagine então que estamos analisando duas falhas:

Falha Gravidade Probabilidade Detecção RPN
Máquina parar por falta de combustível 6 7 5 210
Máquina parar por falha no relé 10 5 4 200

Por essa FMEA, vemos que o Risk Priority Number (RPN) é maior para a possibilidade de uma máquina parar por falta de combustível.

Assim, essa é a falha que deverá ser tratada antes, tanto em caráter preventivo como em situações em que ela ocorra junto a outras falhas.

Quais os benefícios do FMEA?

A FMEA trata dos diferentes modos que uma falha pode acontecer.

Ela ajuda a elencar prioridades, estabelecendo critérios sólidos para prevenção e resolução de problemas.

Por isso, ela funciona como um importante instrumento de controle e redução de perdas, permitindo antecipar possíveis falhas e, mais do que isso, quais dessas falhas são mais graves.

Como veremos na sequência, ela pode ser aplicada não apenas na indústria, mas em qualquer empresa que precise controlar melhor os seus processos e minimizar riscos.

Quais as principais modalidades de FMEA?

Sem dúvidas, um dos motivos do FMEA ser tão importante para as companhias é o fato de que pode ser aplicado em variadas áreas dentro de uma empresa.

Por ser uma estratégia flexível, ele pode ser direcionando não apenas para o desenvolvimento de produtos, mas também para a otimização de serviços, de sistemas e outros aspectos da rotina corporativa.

Confira abaixo as principais modalidades de FMEA existentes e saiba como cada uma pode ser aplicada no seu ambiente de trabalho!

FMEA de processos

Esse tipo é muito utilizado para fazer análises de processos transacionais. O seu foco está em falhas na produção do resultado almejado.

Em outras palavras, o FMEA de processos está focado em auxiliar o profissional a encontrar defeitos. Além disso, ele permite que sejam rastreadas as causas das ocorrências e, assim, a companhia possa otimizar os processos corretamente.

FMEA de sistemas

Essa categoria é usada para analisar sistemas e subsistemas desde as primeiras fases de seu conceito e estágios de design. O foco está sempre concentrado em modos de falhas potenciais relacionados à funcionalidade de um sistema.

FMEA de produto

Essa é a modalidade em que são consideradas as falhas que podem ocorrer com o produto (dentro das especificidades de um projeto). O intuito desse tipo de análise é minimizar possíveis falhas no produto ou em processos decorrentes do projeto. É também conhecida como FMEA de projeto.

FMEA de serviço

Não é apenas no setor industrial que a falha é um risco iminente.

Empresas prestadoras de serviços estão igualmente expostas a problemas em suas operações e, dessa forma, a FMEA é também aplicável nesse setor.

Também conhecida como SFMEA (com “S” se serviços), sua aplicação é idêntica ao que se faz em qualquer outro setor.

A diferença, nesse caso, talvez esteja na maior dificuldade em apontar valores, considerando os itens em análise.

Imagine, por exemplo, que você pretenda analisar as falhas na prestação de serviços educacionais.

Nesse caso, você poderia considerar falhas como:

  • A escola não ter computadores para todos os alunos
  • As medidas disciplinares serem insuficientes para coibir a rebeldia em sala.

FMEA de software

Como o próprio nome já deixa claro, O FMEA de software é a modalidade que visa analisar o desenvolvimento e funcionalidade de softwares, garantindo a sua eficiência dentro das organizações.

FMEA de segurança do trabalho

Empresas em que os colaboradores estejam sujeitos a riscos ocupacionais precisam como poucas da FMEA voltada à segurança do trabalho.

Podemos até dizer que essa é uma ferramenta essencial para quem é do ramo, ajudando a CIPA a definir ações prioritárias de prevenção a acidentes.

No chão de fábrica, ela ajuda a identificar os focos de falhas ao operar equipamentos que ofereçam algum tipo de risco à segurança dos trabalhadores.

Já na construção civil, a FMEA é um importante instrumento para mapear os riscos onde eles são mais presentes.

As empresas do setor de saúde também se beneficiam da sua aplicação, podendo antecipar eventuais riscos ao manusear equipamentos e materiais contaminados.

👉 Você sabe o que é acreditação hospitalar? Entenda como ela pode ajudar empresas do setor de saúde a conquistarem a confiança de seus parceiros e pacientes.

Exemplo de FMEA de processo preenchido

Como vimos, a FMEA pode ser feita em um esquema de tabela, na qual os erros são listados para, em seguida, terem seus respectivos RPNs calculados.

Lembre-se que, quanto maior for esse resultado, mais prioritárias devem ser as ações preventivas ou corretivas.

A propósito, sua escala de 1 a 10 pode ser organizada como no modelo abaixo:

Nunca Raramente Muito Baixa Baixa Moderada para baixa Moderada Moderada para alta Alta Muito alta Sempre
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Não esqueça que, para a análise da Probabilidade de detecção, essa escala se inverte.

Vejamos então mais um exemplo, considerando agora as possíveis falhas no processo de produção de um hambúrguer:

  • Pão errado: 6 x 5 x 8 = 240
  • Falta de picles: 4 x 7 x 3 = 84
  • Ingredientes fora de ordem: 3 x 5 x 9 = 135.

Para esse processo, a falha a ser tratada primeiro seria o erro na escolha do pão, portanto, a empresa deverá tomar as medidas adequadas para que isso não aconteça.

Como elaborar um FMEA em um projeto Six Sigma?

Por ser uma ferramenta para organizar os processos e corrigir falhas mais urgentes, a FMEA acaba por ser útil na aplicação das metodologias que têm como objetivo melhorar a eficiência.

Entre elas, destaca-se a Lean Six Sigma, resultado da fusão entre as metodologias Lean de redução de desperdício e Six Sigma de melhoria da qualidade.

Veja a seguir como a análise de falha pode ser aplicada nesse contexto.

Definição e caracterização de elementos, funções e do sistema

Aqui serão registrados todos o dados sobre a descrição do processo ou produto que será analisado.

Isso incluirá informações como as funções do produto, o modo como as rotinas são executadas, os indicadores mínimos de qualidade e os resultados esperados.

Esse processo é importante pois auxilia o gestor a ter uma melhor orientação sobre o seu trabalho. Ou seja, ele dá as bases para que o uso do FMEA traga mais resultados para a companhia.

Identificação de modos de falhas em potencial, suas causas e impactos negativos nos processos da empresa

A partir das informações coletadas na etapa anterior, o analista deve realizar uma análise completa em busca de todos os riscos operacionais existentes.

Além disso, devem ser incluídas as possíveis causas de uma ocorrência e os impactos que ela causa.

Avaliação semiquantitativa das possibilidades e modalidades de falha

Também é necessário avaliar os potenciais modos que com as falhas ocorreram ou pode ocorrer. Isso pode ser feito com base em critérios pré-definidos como gravidade, possibilidade de frequência/ocorrência e possibilidade de detenção.

Criação de uma lista de riscos prioritários

Ao priorizar os riscos com o FMEA, o gestor passa a ter uma visão mais abrangente sobre quais são os pontos que podem impactar diretamente no sucesso dos processos e produtos do negócio.

Uma das formas de identificar quais são as vulnerabilidades mais importantes é verificando o potencial de impacto com o apoio de três bases, que são:

  • a severidade de a ocorrência emergir, ou seja, o potencial de deteriorar a qualidade do nível operacional do serviço ou produto;
  • a frequência com que o risco pode impactar a empresa ao longo de meses, anos ou mesmo dias;
  • a capacidade de o negócio detectar rapidamente e eliminar o problema caso ele aconteça.

Conforme a empresa detectar e priorizar os seus riscos, medidas preventivas devem ser estruturadas. Elas auxiliarão o time a ser mais efetivo na prevenção e na eliminação de qualquer falha que eventualmente possa impactar os resultados da companhia.

Para que essa etapa seja efetiva, é importante que todos os passos de prevenção e mitigação de riscos sejam documentados.

Além disso ,a companhia deve treinar os seus profissionais para que eles consigam aplicar as medidas com qualidade, evitando problemas quando algo ocorrer.

Redução de riscos de eventos sentinelas e minimização do teor de erros nos sistemas

O trabalho de aplicação do FMEA é contínuo. Portanto, uma vez que as soluções foram definidas e implementadas, a companhia deverá continuar a avaliar possíveis riscos e falhas.

Dessa forma, será possível sempre manter um nível elevado de qualidade para o negócio e os seus produtos.

Por que muitas empresas usam o FMEA?

Como foi dito anteriormente, FMEA é uma ferramenta altamente eficaz para realizar avaliações de processos e encontrar falhas potenciais no desenvolvimento de serviços ou produtos, correto?

Sendo assim, podemos afirmar que ele é tão valioso para revelar áreas que necessitam de melhorias quanto útil para orientar a criação de novos processos e, é claro, otimizar o norteamento para uma tomada de decisões mais assertiva.

Além disso, o FMEA é o caminho mais lógico e bem estruturado para identificar possíveis áreas de preocupação e gargalos na logística, reduzindo custo e tempo de desenvolvimento.

Sendo assim, ele é indispensável quando há a intenção de aplicar um processo pertinente a um produto ou serviço de forma bem-sucedida.

Quando aplicado para a gestão de cadeias de suprimentos, o FMEA auxilia na redução de gargalos e na eliminação de atrasos.

A companhia conseguirá analisar todos os seus processos, melhorar a maneira como cada etapa da entrega de uma matéria prima está estrutura e, assim maximizar a sua performance para evitar desperdícios e prejuízos.

Portanto, vale ressaltar, ainda, que o FMEA tornou-se uma ferramenta eficiente na identificação de áreas em que o desempenho pode estar se tornando obsoleto, como avaliações de vendas, satisfação do consumidor ou até mesmo no gerenciamento de custos para rentabilizar o negócio, por exemplo.

Quais são os maiores benefícios de utilizar o FMEA?

No entanto, um dos benefícios mais relevantes é como o FMEA é capaz de identificar, de maneira antecipada, problemas de interface em sistemas que podem afetar o sucesso da operação como um todo, impactando até mesmo a segurança.

Resumindo, os principais benefícios do FMEA são:

  • Aumenta a viabilidade dos sistemas: ao dar as bases para uma otimização mais inteligente dos softwares, eles passam a ser mais lucrativos e a terem um impacto maior no resultado da empresa;
  • Reduz ou elimina a ocorrência de falhas: com uma priorização de erros analítica, a companhia consegue reduzir a sua frequência e, com isso, ter menos atrasos, quedas de produtividade ou indisponibilidades operacionais;
  • Calcula e avalia riscos para cada tipo de falha, sempre considerando os diferentes critérios e atribuindo prioridade para cada solução: isso será fundamental para melhorar o direcionamento das ações corretivas e preventivas aplicadas pela empresa;
  • Permite modificações e melhorias significativas em qualquer projeto ou processo: o FMEA é uma estratégia flexível, o que garante a sua aplicação em vários cenários com um alto custo-benefício;
  • Identifica necessidades de desenvolvimento ou alterações com precisão;
  • Torna os custos de prevenção de falhas significativamente mais baixos que os custos de medidas corretivas: medidas preventivas muitas vezes são mais fáceis de econômicas do que a correção de problemas. Com o FMEA a empresa consegue reduzir gastos e, assim, criar meios para novos investimentos;
  • Reduz custos e tempo no desenvolvimento de projetos, otimizando a eficiência: se existem menos erros, os projetos passam a ser mais ágeis, precisos e com menos retrabalho, o que contribui para a redução do orçamento necessário para a criação de um novo produto ou serviço;
  • Torna a fonte dos dados rastreável para auditorias e manutenções: o FMEA permite a criação de um banco de dados abrangente, transparente e objetivo sobre as falhas da companhia. Essas informações podem ser um ativo estratégico no futuro, permitindo que gestores tomem decisões mais robustas e capazes de evitar problemas que comprometam a competitividade da empresa.

Curso de FMEA da Escola EDTI

A Escola EDTI é pioneira no Brasil no ensino da metodologia Lean Six Sigma e conhece melhor do que nenhuma outra instituição a importância da FMEA.

Por isso, oferecemos a nossos alunos formação específica nessa ferramenta, no curso FMEA – Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos.

Nesse curso com 8 horas/aula de duração, você aprenderá a aplicar a ferramenta por meio de diferentes exemplos, contando com o suporte dado pelos nossos Black Belts.

Não perca essa oportunidade!

Por que investir em um curso de FMEA?

Para que estratégias que buscam melhorar o funcionamento do negócio sejam efetivas, é importante que todos os profissionais tenham conhecimentos alinhados e saibam como aplicar as medidas corretamente.

Por isso, uma boa estratégia é investir em um treinamento para que todos os times saibam o que é FMEA.

Isso poderá ser realizado com o apoio de uma empresa parceira. O time interno terá acesso a um grupo de especialistas em FMEA, que conseguirão orientar as equipes sobre as principais bases dessa estratégia, as suas formas de aplicação e os seus impactos.

Dessa forma, todos conseguirão levar os conhecimentos para dentro do ambiente corporativo e, assim, garantir melhores resultados para o negócio.

O curso FMEA também é importante pois, além de explicar o que é, ele também amplia o nível de engajamento interno.

Como os times saberão o seu papel na aplicação do FMEA e o impacto que a estratégia terá no seu dia a dia, ficará muito mais fácil garantir os resultados esperados com o investimento.

Todo negócio busca formas de otimizar a suas rotinas de trabalho e a estruturação de seus produtos e serviços.

O FMEA, por exemplo, ganhou destaque ao longo dos anos por ser uma estratégia robusta, abrangente e bem estruturada para que companhias possam atuar na economia moderna.

O FMEA utiliza o histórico de falhas detectadas como referência para auxiliar o negócio a ter um ambiente de trabalho e produtos mais eficientes e com menos erros.

Ele pode ser aplicado nas fases de desenvolvimento de novos produtos, em processos internos ou serviços que são prestados a clientes.

Em resumo, quando a companhia sabe o que é FMEA e os seus impactos, a sua competitividade é elevada rapidamente. Isso, aumenta exponencialmente a produtividade e a viabilidade dos projetos e serviços como um todo e, consequentemente, permite que o negócio lucre muito mais.

Agora que você já sabe o que é FMEA e quais são as suas principais modalidades, fale com a gente e descubra como essa estratégia pode ser levada para o seu ambiente operacional!

Conclusão

Aqui na EDTI, usamos constantemente a FMEA para melhorar a qualidade dos serviços que prestamos.

Você também pode ser um especialista nessa ferramenta, qualificando-se nos cursos Green Belt e Black Belt em Lean Six Sigma.

Continue em frente, entendendo melhor como a FMEA funciona neste e-book gratuito da EDTI!

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