A fabricação digital já existe há muitas décadas e continua em alta no meio industrial.
Muito disso se deve ao processo evolutivo do segmento, que, com o avanço das comunicações e da internet, ganhou um impulso sem precedentes nos últimos anos.
É um modelo de produção ainda bastante promissor no contexto da transformação digital e quem segue carreira na área dificilmente não encontra boas oportunidades.
Tem interesse no assunto e quer saber como começar uma trajetória de sucesso, trabalhando com fabricação digital?
Então, este artigo é para você.
O que é fabricação digital?
Fabricação digital é um sistema de produção que surgiu no início dos anos de 1950 para dar conta da produção de componentes e peças mais sofisticadas.
Ela utiliza modelos digitais gerados em computador, utilizando para isso ferramentas como softwares em 3D.
Cabe frisar que a fabricação digital não é a mesma coisa que a manufatura aditiva, que também usa modelos e impressoras em 3D para fabricar os mais variados produtos e componentes.
A diferença principal é que no modelo digital, a indústria usa máquinas e equipamentos próprios, podendo ser com os materiais tradicionais.
Já na manufatura aditiva, a fabricação é feita majoritariamente com polímeros, e os produtos saem das impressoras praticamente finalizados.
Como funciona a fabricação digital?
Outra diferença entre a fabricação digital e a manufatura aditiva é o uso de equipamentos de controle numérico computadorizados, ou CNC, como são mais conhecidos.
São softwares utilizados para produzir modelos em 3D, que por sua vez dão origem a protótipos, cuja principal finalidade é realizar testes.
Caso o protótipo cumpra com as funções que se espera, a peça, produto ou componente segue então para a fabricação para valer.
Os equipamentos CNC usam também as interfaces Computer Aided Design (CAD) e Computer Aided Manufacturing (CAM).
Os CADs servem como tradutores, ajudando os profissionais a transformarem suas ideias em modelos compreensíveis para os computadores.
Por sua vez, os CAMs transformam esses modelos traduzidos em comandos, a serem repassados para os CNCs.
Vale destacar as impressoras em 3D, que utilizam técnicas de manufatura aditiva para produzir modelos, protótipos e produtos de altíssima precisão e qualidade.
A fabricação digital utiliza ainda técnicas de manufatura subtrativa, que funciona como um tipo de escultura, em que camadas de material vão sendo colocadas, retirando o excesso.
Exemplos de fabricação digital
Não é errado associar a impressão 3D à fabricação digital, porém, existem outros métodos e ferramentas que podem ser usados.
Um deles, como vimos, são os equipamentos CNC, usados para fabricar peças e componentes em materiais como metal e madeira.
Outro exemplo de aplicação da fabricação digital é a fresagem, ou seja, a retirada do excesso de metal de uma peça para dar o formato e acabamento desejados.
Ela é amplamente empregada para fabricar componentes sofisticados, em segmentos como aviação e até no setor aeroespacial.
A indústria automotiva também se vale dessa tecnologia para fabricar peças como para-choques e faróis, entre outras.
Até mesmo a indústria médica vem se beneficiando da fabricação digital, produzindo próteses ortopédicas e modelos anatômicos para treinamento de cirurgias.
Vantagens da fabricação digital
Desde a década de 1950, quando foi introduzida na indústria, a fabricação digital vem proporcionando uma série de vantagens competitivas.
Na verdade, ela foi criada em resposta a um dos desafios que começavam a surgir naqueles tempos, que era a fabricação de componentes de alta complexidade, principalmente eletrônicos.
Com os métodos digitais, tornou-se possível criar protótipos, reduzindo a margem de erro na hora da fabricação.
Tornou-se possível trabalhar com designs de alta complexidade e intrincados processos geométricos, muitos dos quais em três dimensões.
O aumento no grau de complexidade abriu novas portas para a indústria, dando mais liberdade de criação e de inovação.
Isso sem contar a redução do tempo de fabricação das peças, graças à aceleração dos métodos e técnicas de prototipagem.
A fabricação digital cai como uma luva para empresas pautadas na metodologia Lean.
Com a manufatura aditiva, também é possível criar produtos sob demanda, com desperdício zero de insumos e matérias primas.
Conclusão
A fabricação digital se insere no contexto da indústria 5.0, em que a digitalização é um dos pilares.
Trabalhar nesse segmento é para profissionais qualificados, principalmente para operar os softwares de modelagem e equipamentos digitais industriais.
Um bom começo é adquirir formação em Lean Six Sigma, que você consegue nos cursos Green Belt e Black Belt ou EAD da Escola EDTI.
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