A espiral do conhecimento é um dos modelos de gestão mais aplicados pelas empresas para absorver e transferir saberes adquiridos.
Ela ajuda a desenvolver não só as competências técnicas, mas também o próprio know-how das pessoas que a colocam em prática.
Para as empresas, é uma ferramenta de eficácia comprovada para reter o conhecimento incorporado por meio dos seus colaboradores mais talentosos.
O que se verifica, em muitos casos, é que não basta apenas ter estudo e formação: é preciso também conhecer a prática do dia a dia para desempenhar certa atividade.
É justamente o dilema entre o conhecimento adquirido e aquele que se aprende nas escolas que a espiral do conhecimento se propõe a resolver.
Vamos conhecê-lo com mais detalhes?
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O que é a espiral do conhecimento?
A gestão do conhecimento é o conjunto de processos, técnicas e ferramentas usadas para que uma organização evolua continuamente em suas práticas e bases teóricas.
Nessa área, poucos estudiosos contribuíram tanto quanto os professores Ikujiro Nonaka e Hirotaka Takeuchi.
São eles os criadores da espiral do conhecimento, um modelo pelo qual diferentes empresas podem referenciar seus processos de aquisição de novos saberes.
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Quais as etapas da espiral do conhecimento?
O primeiro passo para aplicar a espiral do conhecimento é entender os dois tipos de saber conforme proposto pelos mestres Nonaka e Takeuchi.
De acordo com a teoria deles, o conhecimento pode ser classificado como tácito ou explícito.
O primeiro se refere ao saber que se adquire fundamentalmente por experiência, sensibilidade e intuição, sendo por isso difícil de decodificar.
Já o conhecimento explícito é todo aquele que já foi decodificado, podendo assim ser transmitido por escolas, livros e materiais didáticos.
O processo da escrita, por exemplo, envolve conhecimentos tácitos e explícitos.
Afinal, escrever é algo que se aprende na escola.
Contudo, o estilo da escrita é algo mais individual e que depende do conhecimento tácito e vivência de cada um.
Logo, a espiral do conhecimento parte do princípio de que, nas empresas, cada colaborador agrega saberes tácitos que, por sua vez, podem ser convertidos em explícitos.
Vamos ver a seguir como ela funciona em suas quatro etapas.
Socialização
O primeiro passo em uma espiral do conhecimento é a socialização.
Nela, duas pessoas interagem, de maneira que o saber tácito de uma seja absorvido pela outra por meio da comunicação verbal e até pela linguagem corporal.
Nesta fase, o conhecimento transmitido continua sendo tácito, já que quem absorve ainda não é capaz de repassá-lo segundo uma metodologia.
Externalização
Por sua vez, a externalização na espiral do conhecimento envolve a conversão do saber tácito em explícito.
É o que acontece quando alguém se dispõe a transmitir conteúdo por meio de livros, cursos, palestras e aulas.
A externalização do conhecimento tácito é, em geral, um processo que parte de um indivíduo para o todo, já que ele busca ensinar não só conhecimentos explícitos, como também passar sua experiência.
Combinação
Já a combinação é o repasse de conhecimento explícito, de forma que outra pessoa agregue o mesmo tipo de saber.
Aliás, este artigo por si só é um exemplo de combinação, já que o que buscamos aqui é transmitir um saber explícito, no caso, sobre a espiral do conhecimento.
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Internalização
A etapa mais avançada da espiral do conhecimento é quando ocorre a internalização.
Aqui, o conhecimento explícito já foi assimilado a tal ponto que se torna tácito.
Ou seja, a pessoa já o incorporou de tal modo que consegue colocá-lo em prática “no automático”.
Por que a espiral do conhecimento é importante para as organizações?
A verdade é que, por mais importantes que sejam as pessoas, as empresas e instituições não podem ficar reféns dos indivíduos.
Por isso, a gestão do conhecimento é fundamental, pois é por meio dela que diferentes saberes podem ser efetivamente incorporados.
Dessa forma, a dependência em relação às pessoas diminui, embora elas continuem sendo indispensáveis para colocar o conhecimento a serviço de suas organizações.
Nesse aspecto, aplicar a espiral do conhecimento é a melhor forma não só de estimular o aprendizado contínuo, como de evitar a fuga de talentos com suas experiências.
É também um meio de garantir que a empresa possa continuar evoluindo com o mercado, influenciando e sendo influenciada pelos seus movimentos.
Conclusão
Não há progresso sem disseminação e assimilação de conhecimento.
Como vimos ao longo deste texto, a espiral do conhecimento é o caminho mais seguro para que as empresas cresçam por intermédio de seus colaboradores.
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