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Engenharia de Alimentos: como é o curso, atribuições e onde trabalhar

A Engenharia de Alimentos é o ramo da Engenharia que forma profissionais para atuar nos diversos elos da cadeia produtiva que liga produtores e consumidores.

Todo gênero alimentício, do mais rústico ao mais industrializado, demanda uma série de processos para que chegue à mesa das pessoas em condições de consumo.

Assim, a indústria alimentícia não só cumpre o seu papel de prover alimentos como também cria condições para se manter aquecida.

A propósito, a indústria de alimentos e bebidas é a maior do segundo setor no Brasil, responsável por 10,6% do PIB nacional e 1,68 milhão de empregos diretos e indiretos.

Isso faz do nosso país o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA).

Um segmento competitivo como esse pede profissionais à altura para dar conta da enorme demanda, que não para de crescer.

Você pode ser um dos agentes desse crescimento, caso esteja preparado.

Continue lendo este texto e saiba como se inserir na rica indústria alimentícia.

O que é Engenharia de Alimentos?

Quem vai ao supermercado, nota que até os gêneros mais simples são vendidos com algum tipo de embalagem ou signo distintivo, no mínimo um adesivo como aqueles que são colados às bananas e outras frutas.

Esse é um pequeno indício do longo processo que o alimento passou para chegar até ali, a fim de garantir o padrão de qualidade desde o seu cultivo.

Isso sem contar os produtos mais elaborados, que demandam processos industriais para sua fabricação, como laticínios, bebidas, processados e congelados.

Em comum, todos têm a Engenharia de Alimentos como área responsável por arquitetar, controlar e supervisionar os respectivos processos de produção.

Afinal, vender um alimento mobiliza toda uma cadeia produtiva, na qual um sem número de agentes precisa ser acionado.

Entre uma ponta do processo, que começa no cultivo dos gêneros primários, até a outra, quando o produto chega à mesa do consumidor, é preciso antecipar uma série de questões.

Como garantir que o produto chegue em boas condições para consumo?

De que forma uma embalagem pode ser atrativa, sem deixar de conservar um alimento?

Esses são alguns dos muitos desafios que só podem ser superados com o apoio de um Engenheiro de Alimentos qualificado.

Como é o curso de Engenharia de Alimentos?

A exemplo de outros cursos da área de Engenharia, a de Alimentos se estrutura em 10 períodos ou semestres, com uma duração de cinco anos corridos, portanto.

Também como em outras graduações do gênero, o curso é dividido em duas etapas.

Na primeira, chamada de ciclo básico, o futuro engenheiro tem contato com disciplinas comuns a todas as Engenharias, de forma a aprender seus fundamentos.

Sua duração varia de uma instituição para outra, mas, em geral, não passa de dois anos.

A partir daí, o aluno entra na parte mais avançada, em que passa a ter contato com matérias específicas da sua carreira.

Assim como em todos os cursos universitários de bacharelado, é preciso cumprir um estágio supervisionado e apresentar um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) para se formar.

Existem ainda os cursos do tipo tecnólogo, cuja principal diferença é a duração de três anos.

Isso porque, nesse tipo de graduação, a grade curricular é mais enxuta, focando em disciplinas exclusivas dessa área, com um viés mais prático, portanto.

Grade curricular em Engenharia de Alimentos

Embora varie de uma escola para outra, a grade curricular do curso de Engenharia de Alimentos tem uma estrutura mais ou menos comum a todas as instituições.

Confira abaixo algumas das disciplinas que você poderá cursar ao se matricular nesta graduação:

  • Introdução à Biologia
  • Desenho Técnico
  • Química Analítica
  • Química Orgânica
  • Estatística Básica
  • Bioquímica de Alimentos
  • Embalagens
  • Matérias-primas Alimentícias
  • Processos de Conservação
  • Microbiologia de Alimentos
  • Introdução à Economia
  • Tecnologia e Processamento de Alimentos
  • Psicologia das Relações Humanas
  • Resíduos da Indústria de Alimentos
  • Toxicologia
  • Fundamentos de Nutrição
  • Higiene e Sanificação
  • Microbiologia Geral
  • Tecnologia de Pescado
  • Termodinâmica Aplicada
  • Introdução à Administração
  • Mecânica dos Fluidos
  • Eletrotécnica Geral
  • Tecnologia de Carnes e Derivados
  • Tecnologia dos Materiais Empregados na Indústria de Alimentos
  • Tecnologia de Leite e Derivados
  • Controle de Qualidade na indústria de alimentos
  • Tecnologia de Frutas e Hortaliças
  • Processos Biotecnológicos
  • Engenharia do Meio Ambiente.

Observe que existem diversas subespecialidades dentro da própria Engenharia de Alimentos, a julgar pela variedade de disciplinas.

Isso abre a possibilidade de atuar em diversas frentes, dando ao futuro engenheiro um amplo leque de possibilidades depois da colação de grau.

O que faz o profissional de Engenharia de Alimentos?

Como vimos, existe uma longa cadeia produtiva que envolve da produção à conservação e comercialização de alimentos.

Em cada etapa, o Engenheiro de Alimentos é quem se responsabiliza por garantir que os produtos sejam distribuídos nas melhores condições, mantendo assim seu padrão de qualidade.

Para tanto, ele precisa dominar conceitos elementares de física, química e, principalmente, biologia, para que os produtos sejam fabricados dentro das especificações.

Vale destacar que, ao atuar no ramo alimentício, o profissional precisa ter conhecimento das normas sanitárias que regulam o setor.

No âmbito da produção, é ele quem determina, por exemplo, que tipo de ingrediente um produto pode ou não pode levar, e o que esperar de eventuais modificações em suas fórmulas.

Além da distribuição, cabe a esse especialista, junto aos profissionais de design de produto, definir as melhores formas de embalagem e transporte.

Também é sua atribuição antecipar possíveis desafios e obstáculos na cadeia de suprimentos, de modo a garantir que os produtos cheguem aos pontos de venda em boas condições.

Onde trabalhar com Engenharia de Alimentos

Considerando as múltiplas competências da Engenharia de Alimentos e as atribuições de cada uma, abrem-se diversas possibilidades de trabalho para quem se forma nesta área.

O profissional pode, por exemplo, atuar no agronegócio, apoiando os profissionais da Engenharia Agronômica em seus processos produtivos e de cultivo.

Mas é na indústria de alimentos propriamente dita que se encontram as principais possibilidades de atuação.

Isso inclui as empresas que fabricam gêneros alimentícios elaborados e semielaborados a partir das matérias-primas adquiridas junto ao Primeiro Setor.

Nesse ramo estão gigantes como Nestlè, Coca-Cola e Piraquê, entre outras.

Na parte de produção, também cabe ao Engenheiro Alimentar desenvolver equipamentos para a indústria, projetando linhas automatizadas e semi-automatizadas.

É por isso que, na grade curricular, são abordadas disciplinas como electrotécnica e termodinâmica, por exemplo.

Numa vertente de serviços, o profissional pode atuar como consultor ou, se preferir, apoiando os órgãos de fiscalização.

Também pode trabalhar na área de pesquisa e ensino, nas instituições de nível superior, bem como apoiando as empresas em seus processos de descarte de resíduos.

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Como é o mercado de trabalho nessa engenharia?

Em um setor tão gigantesco e importante para a economia nacional como é a indústria alimentícia, certamente as oportunidades não vão faltar para quem se especializa.

Segundo a ABIA, o crescimento em 2020 foi de 12,8% em relação a 2019, com a abertura de 20 mil novos postos de trabalho, a despeito da pandemia.

As vendas reais registraram aumento de 3,3%, isso já descontada a inflação, além de um avanço de 1,8% na produção.

Ou seja, é um setor que cresce a todo vapor, apesar da recessão causada pelo coronavírus.

Com a expectativa pelo controle da pandemia, a tendência é que o setor alimentício cresça em um ritmo ainda mais acelerado.

Isso sem contar a participação do agronegócio que, como vimos, é outro setor em que o Engenheiro Alimentar pode trabalhar.

Vale sempre ressaltar que o “Agro” é o setor que detém a maior parcela do PIB nacional, responsável por 15% de todas as riquezas produzidas no país, além de ser o maior exportador, com quase a metade de tudo que o Brasil vende para fora.

Engenharia de Alimentos: qual o salário?

A exemplo da maioria das profissões ligadas à Engenharia, a de Alimentos é atrativa não só pelos desafios que enfrenta, mas também pelos salários.

Segundo o site Glassdoor, a média nacional para um profissional formado varia entre R$ 4 mil e R$ 8 mil.

Já no site vagas.com, a média salarial brasileira está estimada em R$ 4.158,00, podendo chegar a R$ 5.703,00.

Média parecida é divulgada pelo Salário.com, segundo o qual um Engenheiro de Alimentos ganha cerca de R$ 4.452,94.

Note que esses valores são uma média geral, não contemplando assim a variação de um estado para outro.

No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, segundo o site Dissídio, a média salarial sobe bastante: R$ 6.985,33 para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.

Se considerarmos somente a capital fluminense, os salários são ainda mais altos, com uma média de R$ 7.223,77.

Melhores faculdades de Engenharia de Alimentos

Dizem que o que faz o nome de uma instituição de ensino é o aluno.

Por outro lado, é inegável a existência de instituições com mais prestígio em certas áreas do que outras.

O mercado de trabalho observa esse detalhe e dá preferência para contratar quem se forma nas faculdades mais renomadas.

Portanto, se você quer aumentar ainda mais suas chances de conseguir um bom emprego, considere fazer o curso em uma dessas universidades.

Um critério de avaliação que pode ser considerado é a avaliação do MEC, o Ministério da Educação.

No Brasil, o curso de Engenharia de Alimentos melhor avaliado é o da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com nota máxima em todos os quesitos.

Destacam-se ainda as seguintes instituições:

Engenharia de Alimentos EAD

Quem quiser otimizar ainda mais o tempo ao cursar Engenharia de Alimentos pode optar por um dos cursos de graduação em regime EAD.

É uma alternativa para aqueles que já trabalham ou que estão de olho nas mensalidades mais em conta desse tipo de bacharelado.

Sobre os cursos à distância, uma curiosidade: enquanto a maioria das faculdades presenciais de destaque são públicas, no EAD reinam as privadas.

Por outro lado, o destaque não tão positivo vai para a pouca oferta.

Apenas cinco instituições brasileiras oferecem a graduação em Engenharia de Alimentos EAD.

Veja quais são:

Opções de pós-graduação em Engenharia de Alimentos

A empregabilidade de quem se forma em Engenharia de Alimentos é alta, mas é sempre importante contar com formação sólida e um currículo campeão.

Afinal, em um mercado com amplas possibilidades de emprego, a competitividade é sempre proporcional à atratividade dos salários.

Ou seja, em empresas que pagam bem, é esperado que os profissionais estejam à altura das responsabilidades que lhes serão atribuídas.

Nesse sentido, apostar em cursos de pós-graduação é uma das melhores estratégias para se diferenciar.

Outra aposta garantida é fazer cursos livres com certificação em Metodologia Lean.

Nesse sentido, a Escola EDTI é a sua melhor escolha para incrementar seu currículo.

Temos cursos focados em Lean Six Sigma green belt, para quem precisa conhecer os fundamentos Lean, e black belt, para aqueles que já estão familiarizados com a disciplina.

Seja qual for a sua escolha, na EDTI você tem sempre uma formação completa e que certamente o fará se destacar no mercado de Engenharia de Alimentos.

Conclusão

O curso de Engenharia de Alimentos é uma excelente escolha de carreira, mas não é da noite para o dia que se forma um profissional nessa área.

Em um mercado que exige alta especialização, não se pode achar que apenas o diploma de graduação vai garantir um bom emprego.

Por isso, não deixe de continuar investindo em você mesmo como profissional, seja fazendo cursos de pós-graduação ou cursos livres, como os da EDTI.

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