Um ecossistema de inovação é um dos pressupostos para o progresso de uma região e de um país.
Esse é um indicador de dinamismo econômico incluído no Índice Global de Inovação (IGI), da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO).
A propósito, o Brasil está ficando para trás no quesito inovação, como sinaliza a 57ª posição obtida na última edição.
São 10 posições atrás de 2011, ano em que o país ostentou sua melhor colocação no IGI, em 47º lugar entre os 132 países concorrentes.
Entre os diversos motivos para a participação brasileira tão modesta, está a falta de um ecossistema propício à iniciativa inovadora.
Por isso, vale a pena saber o que está em jogo em matéria de inovação, que, como veremos ao longo deste artigo, é tema da mais alta importância estratégica no contexto empresarial.
O que é um ecossistema de inovação?
O termo ecossistema serve para designar um meio em que diferentes formas de vida coexistem, em um regime de interdependência.
Exemplos disso na natureza são as selvas, oceanos, rios, savanas e todos os habitats em que as espécies convivem em equilíbrio de forças.
No meio corporativo, o termo ecossistema é usado para definir o espaço que empresas de matizes e segmentos diversos ocupam em um mercado comum.
Ao agregar o termo inovação, fica caracterizado o meio em que o ecossistema é avaliado conforme as condições oferecidas para as organizações inovarem em todos os aspectos.
Importância do ecossistema de inovação
Cada ecossistema tem suas peculiaridades e, dentro de um contexto geral, contribui de maneira singular para o equilíbrio da vida.
É esperado que eles apresentem certas condições para que as diferentes espécies sobrevivam.
Um elefante, por exemplo, não conseguiria viver no gelo polar, da mesma forma que um urso polar sucumbiria na savana africana.
Por analogia, a inovação representa o clima de um ecossistema.
Estamos falando da condição indispensável para que diferentes empresas prosperem em um ambiente que é, ao mesmo tempo, de cooperação e competição.
Por isso, um ecossistema favorável à inovação é fundamental para a economia, que pode se desenvolver com base em certos pressupostos, como veremos a seguir.
Estímulo à colaboração
Você já ouviu falar do conceito de Inovação Aberta (Open Innovation)?
É uma resposta à necessidade de promover um ambiente empresarial colaborativo, no qual as empresas compartilham conhecimentos e experiências.
Como era de se esperar, isso só pode acontecer quando o ecossistema em que elas estão inseridas as impulsiona para a frente, por meio da inovação.
Dessa forma, ganham as empresas que estão inseridas em um “habitat” no qual o progresso é um bem comum.
Ganha também o público, que passa a ter suas necessidades supridas por empresas mais capacitadas e dinâmicas em seus processos.
Um dos caminhos para isso é apostar também na melhoria contínua. Veja neste e-book como estimulá-la!
Atração de talentos
Dificilmente uma empresa atrasada em relação às boas práticas e processos consegue atrair bons profissionais.
Assim, é de importância estratégica se posicionar (e agir) como uma empresa inovadora, a fim de que as melhores mentes se disponham a integrá-la.
Também é um requisito para que esses talentos se sintam estimulados a permanecer na empresa.
Promoção da disruptividade
As empresas disruptivas estão o tempo todo mostrando que nada é para sempre no mercado.
Basta uma solução totalmente fora dos padrões convencionais para que verdadeiros impérios desmoronem como castelos de areia.
Empresas como Remington, Nokia, Kodak, Blockbuster e Polaroid são alguns exemplos de ex-gigantes que minguaram ou desapareceram por causa de concorrentes disruptivos.
Portanto, promover um ambiente favorável à inovação e à disruptividade é um meio de evitar que as empresas se acomodem com o sucesso, mantendo-se sempre atualizadas.
Atores do ecossistema de inovação no Brasil
Como vimos, cada bioma se caracteriza pela presença de certas espécies.
Assim, um ecossistema de inovação precisa contar com certos tipos de empresas para que possa florescer.
Algumas dessas empresas e agentes são:
- Aceleradoras
- Startups
- Fundos de venture capital
- Parques tecnológicos
- Grandes empresas de tecnologia
- Associações de classe
- Governo e universidades engajadas no mesmo propósito.
Como participar de um ecossistema de inovação
Fazer parte de um ecossistema traz todas as garantias esperadas por quem busca condições de vida melhores.
Para entrar no “clube”, porém, é preciso antes observar certas características internas e externas.
Veja na sequência quais são.
Criar o seu ecossistema interno
Não faz sentido estar em um ambiente de inovação quando a própria empresa não a tem como um valor importante.
Dessa forma, antes de fazer parte de um ecossistema de inovação, é preciso que a organização crie o seu próprio ambiente inovador.
Formar parcerias estratégicas
Ecossistemas são meios nos quais a formação de parcerias é fundamental para o sucesso e a sobrevivência.
Portanto, um dos primeiros passos para se inserir em um contexto de inovação é formar parcerias que evidenciem essa disposição.
Um bom exemplo disso são as empresas que financiam projetos em universidades ou que fomentam iniciativas inovadoras em suas incubadoras de empresas.
Estimular a inovação fora da empresa
Falando em universidade, uma característica das empresas que fazem parte de um ecossistema de inovação é a constante participação em projetos fora de seus muros.
Elas fazem isso concedendo prêmios por meio de concursos, financiando projetos ou simplesmente formando parcerias com outras empresas.
Identifique o nível do seu ecossistema
Segundo o laboratório de inovação Creators, um ecossistema de inovação pode ser classificado em relação à sua maturidade em cinco níveis progressivos.
Nesta avaliação, o Nível 1 é o mais atrasado, e a comunidade voltada à inovação é pequena, já o Nível 5 é o mais avançado, com stakeholders conectados em um ecossistema forte.
Portanto, vale identificar qual o nível do seu ecossistema antes de “reivindicar” uma posição nele.
Onde aprender mais sobre inovação
Nenhuma empresa ou profissional se torna inovador da noite para o dia.
Para isso, é indispensável construir uma sólida base de conhecimento para que, a partir disso, as ideias possam ser aproveitadas de forma metódica.
Um caminho para isso é investir em formação, como as que você conquista nos cursos green belt e black belt em metodologia Lean da Escola EDTI,
Conclusão
A inovação só é um ativo estratégico quando acontece de forma planejada e calculada.
Não basta ser criativo, afinal, boas ideias só são boas mesmo quando podem ser aplicadas na prática.
É para ajudar você a desenvolver essa capacidade que a EDTI trabalha com cursos focados em Lean Six Sigma.
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