A divisão do trabalho praticamente nasceu com a indústria.
Ela foi instituída junto com a Primeira Revolução Industrial, quando começou a migração em massa do campo para as cidades.
Até então, o processo de fabricação de bens de consumo era manufaturado, com apenas uma pessoa responsável por todo o processo.
No século XVIII, na Inglaterra, com a invenção do tear a vapor, essa concepção mudou.
O trabalho passou a ser feito em etapas, com os trabalhadores se responsabilizando apenas por uma fase do processo fabril.
Esse modelo persiste até hoje, seguido em empresas industriais de todos os tamanhos, segmentos e nichos de atuação.
Leia este texto até o fim para entender a importância da divisão do trabalho e as maneiras de fazer isso com sucesso!
O que é divisão do trabalho?
Divisão do trabalho é toda configuração que define quem faz o que em um segmento, mercado ou indústria.
No contexto internacional, essa divisão é percebida entre países desenvolvidos e os que estão em desenvolvimento.
Os primeiros fabricam bens de maior valor agregado, enquanto os outros se encarregam de fornecer insumos e matérias primas.
Embora essa divisão não seja rígida, ela serve para exemplificar um modelo arquetípico, que se repete de diversas formas no contexto laboral.
Tipos de divisão de trabalho
Uma indústria do ramo farmacêutico precisa de especialistas em áreas como química, bioquímica e de engenharia de materiais, entre muitas outras.
Já em uma empresa pertencente ao segmento siderúrgico, a demanda será por profissionais de engenharia civil e metalurgia, para citar apenas os mais importantes.
Portanto, cada indústria tem a sua própria divisão do trabalho, em face do tipo de produto que fabricam e o mercado a que atendem.
Essa divisão pode se estender indefinidamente, mas, no geral, existem certos modelos comuns à maioria das empresas.
Conheça cada um deles na sequência, considerando apenas a divisão dentro das indústrias de um modo geral.
Habilidades
A divisão por habilidades é talvez a mais “genérica” de todas, já que nela o trabalho é compartimentado de acordo com a função de cada setor.
Toda empresa, não importa de qual ramo, precisa não apenas de pessoas para se dedicar a sua atividade principal, mas que realizem também funções de back office.
Assim, uma indústria pode dividir o trabalho em setores e habilidades como vendas, compras, comunicação, contabilidade e gestão, além do setor de produção.
Produto
Em uma indústria, é muito comum que mais de um tipo de produto seja fabricado.
Isso pode ser feito em apenas uma linha de montagem ou em várias linhas, cada uma dedicada a um item diferente.
Com essa divisão, naturalmente os trabalhadores também precisam ser especializados, assim como os profissionais nas funções de gestão e de supervisão.
Especialidade
Uma equipe de operários pode ainda se especializar mais a fundo em determinados processos que demandam habilidades muito específicas.
Uma indústria do ramo alimentício, por exemplo, pode precisar de pessoas que saibam operar máquinas em processos de pasteurização.
Tudo vai depender da demanda da indústria, da disponibilidade de mão de obra e de recursos para dar conta dos processos.
Horizontal
Modelo “clássico” de divisão do trabalho, no formato horizontal os processos são divididos em etapas, com cada uma sendo realizada por um grupo de trabalhadores
É o caso da indústria automotiva, em que cada fase da fabricação fica a cargo de profissionais de montagem, solda e pintura, entre outras tarefas.
Um dos objetivos em organizar o trabalho dessa forma é agilizar o processo, garantindo assim um certo patamar de produtividade.
Vertical
Temos ainda a divisão vertical, em que a divisão do trabalho é baseada na hierarquização.
Os profissionais das posições mais altas exercem funções de comando, determinando o que os que estão abaixo devem fazer.
É um modelo muito comum em empresas públicas e, principalmente, em instituições militares.
De qualquer forma, ele pode coexistir com o modelo horizontal, servindo como referência para as empresas em seus planos de cargos e salários.
Processo
Relativamente comum na indústria, existe a divisão por processo, em que grupos de trabalhadores se encarregam de executar certas tarefas específicas.
Assim acontece nas empresas em que uma os trabalhadores cuidam, cada um em uma equipe, de etapas como corte, montagem, pintura e acabamento.
Como é a divisão do trabalho na indústria?
A partir do que vimos, dividir o trabalho na indústria é praticamente uma condição para sua existência.
De outra forma, não seria possível dar conta de tantos processos em segmentos que fabricam produtos de alto valor agregado.
Uma pessoa sozinha poderia fabricar um carro?
Sim, mas certamente ela levaria muito mais tempo do que uma linha com trabalhadores especializados.
Por isso, a divisão do trabalho na indústria é como um grande quebra cabeças, em que cada peça deve ser encaixada em seu devido lugar.
E a divisão do trabalho no Lean Six Sigma?
A principal vantagem do modelo de divisão do trabalho clássico é facilitar o fluxo de atividades.
Todos os envolvidos sabem o que precisam fazer, de acordo com a sua função e especialidade.
Assim é também na metodologia Lean Six Sigma, desenvolvida dentro da Motorola na década de 1980 e seguida até hoje por empresas de todos os ramos.
Ela bebe direto da fonte de outra metodologia de gestão, a Lean Manufacturing, cujo foco é o combate ao desperdício em suas 8 formas conhecidas.
Para isso, ela se vale de uma espécie de hierarquia, em que os profissionais são classificados conforme um sistema de faixas, como nas artes marciais:
- White Belt
- Yellow Belt
- Green Belt
- Black Belt
- Master Black Belt.
Conclusão
Sem a divisão do trabalho, as atividades industriais se ressentiriam de organização.
Ela está na essência de tudo que a indústria representa, sendo por isso um dos seus alicerces.
Outra vantagem desse modelo é que, nele, todos podem progredir na carreira em que escolherem, desde que se qualifiquem para isso.
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