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Disruptivo: como adotar esse pensamento na carreira e nos negócios

O pensamento disruptivo está na base de boa parte das iniciativas que levam a grandes avanços e descobertas.

Não se trata apenas de melhorar algo que já existe, nem de inovar apenas.

Ser disruptivo é alcançar o que antes parecia impossível ou inimaginável com os recursos disponíveis.

As grandes empresas da Indústria 4.0 têm a disrupção entre suas características, pois utilizam a tecnologia digital com grande maestria em seus projetos.

Por outro lado, ser disruptivo não significa “inventar a roda”.

Na verdade, como veremos neste conteúdo, essa forma de pensar tem muito mais a ver com uma abordagem metódica, analítica e prática.

Saiba como isso acontece lendo até o final.

O que é disruptivo?

Disruptivo é o atributo que marca toda ação ou iniciativa que muda os padrões até então conhecidos.

Uma ideia pode ser considerada disruptiva quando não encontra paralelo em seu nicho ou solução que se compare.

O que fez o Spotify é um exemplo de ser disruptivo, já que a empresa de streaming mudou para sempre a dinâmica do mercado fonográfico, tirando das gravadoras e distribuidoras boa parte do poder que tinham.

O caso mostra que a disrupção está onde o que aparentemente é só uma crise.

Portanto, quanto maior for o desafio a ser solucionado, mais disruptivo precisa ser o pensamento dos que se propõem a encontrar as respostas.

E inovação disruptiva?

Ainda que a disrupção represente uma quebra do pensamento corrente, ela não deixa de ser uma maneira de inovar em cima daquilo que já existe.

A diferença é que, quando a inovação é disruptiva, ela traz para o mercado produtos ou serviços que ampliam exponencialmente o acesso ao público, por meio do downsizing e da aplicação da tecnologia.

Entenda a importância da criatividade para a inovação!

O que é ser um profissional disruptivo?

Pensar fora da caixa e desenvolver a proatividade é só o começo para quem pretende se tornar um profissional disruptivo.

Além do viés inovador, para desenvolver essa habilidade é preciso também ter um forte sentido de coletividade, orientação para resultados e capacidade de interpretar dados.

Para tornar-se disruptivo, é preciso reunir um conjunto de competências e habilidades indispensáveis para trabalhar em um cenário de mudanças constantes.

Características do pensamento disruptivo

Como destaca um artigo publicado na Harvard Business Review (em inglês), “disrupção é um processo”.

Isso quer dizer que, antes de uma ideia disruptiva tomar forma, é preciso que seus realizadores tenham uma atitude e modo de pensar que os leve a isso de forma gradual.

Nesse aspecto, observam-se alguns traços característicos importantes:

  • Não subestimar os avanços da tecnologia
  • Ver o mercado como um território de competição e oportunidades
  • Buscar por “soluções análogas” em outros setores
  • Estar completamente em sintonia com a Transformação Digital
  • Agir com a consciência de que o mundo é cada vez mais Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo (conceito VUCA).

Vantagens do modelo disruptivo em empresas

Não faltam exemplos de empresas que começaram pequenas, com uma proposta de mudança até certo ponto radical, e acabaram desbancando as gigantes dos seus setores.

Alguns exemplos:

  • GoPro, no segmento de fotografia
  • Uber, no de transportes
  • Airbnb, no de hotelaria
  • Apple, em informática, telefonia e tecnologia em geral.

Não por acaso, algumas dessas empresas começaram como iniciativas individuais, com uma infraestrutura pequena (algumas em garagens) e, com o tempo, mostraram seu valor ao utilizar a tecnologia em favor dos negócios.

Por isso, boa parte dos negócios baseados na disrupção superam a concorrência com relativa facilidade, uma vez que esse modelo traz diversas vantagens competitivas.

Confira a seguir.

Seu negócio um passo (ou mais) à frente

Na década de 1980, quem imaginaria que a até então poderosa Kodak, que dominava o ramo de fotografia, seria totalmente superada pelo avanço das câmeras digitais?

E o que dizer da Nokia, outrora gigante da telefonia nos anos 1990 e começo dos anos 2000, que foi engolida com o surgimento do iPhone e dos smartphones?

Esses são alguns casos de empresas que, apesar de todo o prestígio e penetração no mercado mundial, fracassaram diante de concorrentes disruptivos.

Empresas que cultivam essa abordagem costumam ficar em condições melhores na “corrida” do mercado por apostar em soluções visionárias.

Gera receitas recorrentes

Quando um negócio deixa de se preocupar com a concorrência, deixando para os adversários a tarefa de lutar para se recuperar, cria condições de se sustentar por longos períodos.

É a chamada receita recorrente que, embora seja típica de modelos de negócios com cobrança de assinatura, pode também ser aplicada no varejo e até no e-commerce.

Tudo vai depender do quão disruptiva for a solução e se ela realmente desperta nos consumidores o desejo de tê-la.

Abre um “Oceano Azul”

O livro “A estratégia do Oceano Azul”, de Chan Kim e Renée Mauborgne, fala da necessidade de as empresas desenvolverem uma nova visão para seus negócios.

A proposta dos autores é que as organizações deixem de lado a competição entre si, focando em mercados inexplorados.

Uma vez que novas demandas sejam descobertas, a empresa deixa o “mar vermelho” repleto de concorrentes, passando a navegar em um “oceano azul” de oportunidades.

Cria oportunidades

Falando em oportunidades, empresas disruptivas são muito mais hábeis em criá-las do que aquelas que só se preocupam em correr para se recuperar de um prejuízo.

Isso porque elas sabem que, em um mercado saturado pela concorrência, tende-se a criar produtos e serviços cada vez mais caros e sofisticados.

Isso faz com que um público menos exigente não seja atendido, o que por sua vez leva a uma demanda reprimida.

A melhor forma de aproveitá-la é justamente investindo no pensamento disruptivo, de maneira que a empresa passe a desenvolver soluções para as pessoas e não para si própria.

Reduz custos

Uma vez que o negócio passe a olhar para públicos mais amplos e não atendidos em suas necessidades, é forçado a encontrar meios de produção escaláveis.

Ou seja, em vez de estar em uma corrida permanente de investimentos em tecnologias caras com o objetivo de superar a concorrência, o que se faz é um movimento contrário.

Em vez de assumir custos exorbitantes e crescentes, a empresa aplica tecnologia para desenvolver serviços e produtos simples, mas efetivos naquilo a que se propõem.

Exemplos de negócios disruptivos

Provavelmente você deve ter se lembrado de algumas empresas disruptivas enquanto lia este conteúdo, certo?

Bons exemplos não faltam para ilustrar esse tipo de empresa, como mostra o relatório Disruptive companies and business models (em inglês), da KPMG.

Segundo o documento, estão entre as empresas mais disruptivas do mercado nomes como:

  • Amazon
  • Alibaba
  • Netflix
  • Google 
  • Microsoft 
  • Facebook (Meta)
  • Baidu.

Note que, embora já gigantes em seus segmentos, essas empresas têm em comum o fato de terem começado como iniciativas independentes.

Como vimos, algumas tinham pouquíssimos recursos no começo, como é o caso do Facebook, idealizado como um projeto universitário por Mark Zuckerberg e o brasileiro Eduardo Saverin.

Como adotar o pensamento disruptivo?

Também vimos que o pensamento disruptivo não nasce da noite para o dia.

Até chegar a um estágio da carreira que permita desenvolver esse tipo de solução, é preciso ter não só as soft skills desejadas, mas cultivar uma nova forma de pensar.

Por outro lado, o pensamento pode ser influenciado pela ação, então, se você ainda se sente longe de um mindset disruptivo, não desanime.

Comece com uma mudança de postura e de atitudes como as descritas abaixo.

1. Observe o mercado

Ainda que um dos objetivos da inovação disruptiva seja levar a empresa a navegar em um oceano azul, a concorrência sempre vai existir de alguma forma.

Ela pode ser o ponto de partida para saber em que direções o mercado está seguindo para, em cima disso, trabalhar em produtos e serviços totalmente novos.

Lembre-se de que as empresas disruptivas estão focadas em levar soluções às pessoas que não são contempladas pelo que os grandes players fazem.

Então, para superá-los, você precisará observar o que estão fazendo para desenvolver algo em uma linha diferente.

2. Faça a pergunta clássica

Profissionais disruptivos são, além de inovadores, questionadores do status quo.

Assim sendo, há uma pergunta clássica que todos eles fazem ao observar o mercado em que estão inseridos:

“Existe uma forma melhor de se fazer?”

Claro que, em muitos casos, a resposta será simplesmente “não sei”.

É aí que o pensamento disruptivo faz a diferença, pois é ele quem impulsiona as empresas em busca de novas soluções.

3. Aplique a tecnologia

Outro traço comum das empresas e profissionais disruptivos é a aplicação da tecnologia como meio de reduzir custos e tornar um negócio escalável.

Assim, eles ampliam o acesso a produtos e serviços a segmentos mais amplos de público, sem que isso signifique a necessidade de investimentos mais pesados.

Afinal, de que outra maneira o Uber se tornaria um gigante dos transportes, mesmo sem ter uma frota de veículos própria?

4. Busque referências fora do seu setor

O pensamento disruptivo se caracteriza por encontrar caminhos onde aparentemente só existem barreiras.

As melhores ideias são aquelas que “importam” conceitos, técnicas e práticas de segmentos que em tese não têm nada a ver com o que se está trabalhando.

Você sabia que o secador de mãos que costumamos ver em banheiros públicos teve como inspiração as turbinas de avião e conceitos de aerodinâmica?

A disrupção aqui está na ideia de que a água não precisa ser absorvida das mãos ou evaporada, mas “raspada”.

5. Teste ideias sem medo de falhar

Como vimos, o pensamento disruptivo se desenvolve como um processo criativo.

Não por acaso, antes de chegar ao mercado, as melhores soluções disruptivas são testadas e prototipadas incontáveis vezes.

O objetivo é testar a ideia na maior quantidade possível de variáveis e situações, de modo que, ao chegar ao mercado, o público tenha uma solução pronta.

Isso sem contar que, ao fazer testes, é possível encontrar falhas, desvios ou mesmo oportunidades de melhoria.

Novamente, o Spotify serve como exemplo, já que seus fundadores começaram a desenvolver o serviço em 2006, lançando-o oficialmente só em 2008.

6. Fique atento às mudanças de comportamento do consumidor

Soluções disruptivas também nascem de uma necessidade não atendida ou reprimida, por não ter sido detectada.

O comportamento do consumidor pode dar boas pistas nesse sentido, apontando para possibilidades de desenvolver produtos e serviços sem paralelo.

O caso do Airbnb ilustra bem isso, já que foi criado para suprir uma demanda que a indústria hoteleira não estava preparada para atender.

É verdade que o conceito original do serviço de compartilhamento de quartos mudou bastante, o que não tira o mérito da ideia, que levou a uma expansão sem precedentes na oferta de hospedagens locais.

7. Incentive a diversidade de pensamento na sua equipe

Vimos que a busca por referências de fora é um dos alicerces do pensamento disruptivo.

Essa é uma abordagem que, para ser estimulada, depende da diversidade de ideias, conceitos e pensamentos.

Quanto mais pontos de vista diferentes houver, maiores são as chances de desenvolver uma solução disruptiva.

Essa diversidade pode ser estimulada pela presença de pessoas de diferentes áreas de formação, gêneros, experiência profissional e trajetórias de vida.

Note que não se trata de fazer da empresa uma “torre de Babel”.

O que se busca aqui é uma forma organizada de aproveitar o melhor que cada um tem a oferecer em prol de uma solução.

8. Utilize metodologias ágeis para inovação

Em ambientes nos quais a diversidade é grande, existe sempre o risco de boas ideias se perderem por causa da falta de processos que ajudem a tirá-las do papel.

Ou, mesmo com tantas ideias, a empresa pode se ressentir de uma estrutura e fluxos de trabalho menos burocráticos.

Como fazer então para que uma ideia não se perca, sem que isso implique um risco demasiadamente alto?

O Manifesto Ágil pode ser uma boa referência nesse sentido, já que sua proposta é servir como um framework de trabalho em um contexto de inovação.

Ele deu origem às chamadas metodologias ágeis, que consistem basicamente em ferramentas que ajudam as equipes a focarem no desenvolvimento de soluções passo a passo.

9. Transforme problemas em oportunidades

Os desafios que se apresentaram para os criadores de serviços disruptivos como o Airbnb e Spotify eram praticamente impossíveis de solucionar sem investimentos gigantescos.

Com ousadia, uma boa dose de coragem e, claro, muito planejamento e ação, eles provaram que, não importa o tamanho do problema, sempre se pode encontrar uma resposta.

Também provaram que crises — como a que motivou a criação do Airbnb — podem ser o estímulo que faltava para que novas ideias venham a surgir e se desenvolver.

10. Aposte em treinamento

O pensamento disruptivo demanda criatividade, mas, para isso, é fundamental que esse impulso criador seja orientado.

Caso contrário, não vão faltar boas ideias, todas elas muito bonitas na teoria, mas inviáveis do ponto de vista prático.

Esse é, aliás, o ponto em que muitas empresas falham, como mostra uma pesquisa publicada pelo Valor Econômico, segundo a qual entre 40% e 60% das empresas erram ao tentar tirar seus planejamentos do papel.

O melhor caminho para potencializar o pensamento disruptivo é, nesse caso, investir em treinamento e capacitação, que pode ser externo ou pela formação in company.

Como criar um ambiente disruptivo na empresa?

A Escola EDTI é a primeira do Brasil exclusivamente dedicada ao ensino da metodologia Lean Six Sigma.

Sabemos como poucos que ser disruptivo e inovador exige pessoas preparadas, até porque mudar implica sempre sair da zona de conforto e até rejeitar práticas consolidadas.

Se na sua empresa o pensamento disruptivo está longe de ser uma realidade, podemos ajudar a reverter esse quadro, por meio dos nossos treinamentos.

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Conclusão

Ser disruptivo é nadar contra a maré, ou seja, ir em uma direção que seus concorrentes sequer considerariam seguir.

Como vimos, essa é uma maneira de pensar que precisa ser desenvolvida, mesmo que você já tenha a inovação “na veia”.

Uma maneira de chegar lá é fazer os custos da EDTI, voltados para você que quer se diferenciar no mercado conhecendo a metodologia Lean.

Qualifique-se nos nossos cursos presenciais Black Belt, Green Belt e nas nossas formações EAD.

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