Conquistar um diploma universitário e ingressar no mercado de trabalho estando mais preparado é o sonho de muitos. Mas será que obter esse certificado, que equivale a um comprovante do seu esforço contínuo por determinado período, é suficiente para garantir um bom posicionamento profissional ou é necessário investir em cursos complementares?
Esse é, certamente, um questionamento comum, uma vez que as universidades formam milhares de jovens anualmente, todos ávidos por entrarem no mercado e mostrarem seu potencial. A verdade é que o diploma, por si só, não garante um emprego: é preciso investir em cursos complementares e estar sempre atualizado!
Então, como destacar seu currículo? Por que investir em cursos complementares é uma boa ideia? Quais são as opções disponíveis? Como gerenciar seu tempo e conseguir conciliar os estudos com trabalho em um cotidiano atribulado? Se você possui dúvidas como essas, acompanhe nossas explicações e dicas. Boa leitura!
Por que é importante ir além do curso superior?
Você concretizou o sonho de ter um diploma e saiu da faculdade com muita vontade de crescer na vida, mas percebeu que o mercado de trabalho é competitivo e complexo, não necessariamente caindo de amores por seus méritos acadêmicos. O que aconteceu e como lidar?
Bem, você vivenciou em primeira pessoa a sensação de ser categorizado como “apenas mais um entusiasta em meio a outros tantos”.
Mas não desanime tão facilmente!
Para começar, tenha em mente que o cenário econômico atual de nosso país não é dos mais animadores. Esse é um panorama que vemos diariamente nos jornais: o desemprego aumenta e filas de candidatos se formam na esperança de conseguir uma vaga.
Isso sem contar a competitividade que já é natural desse ambiente, que sempre foi palco de disputas acirradas entre colaboradores, fornecedores, parceiros e, como não poderia deixar de ser, entre as próprias empresas. Mas o que todos estão buscando? O que motiva essa concorrência?
A nível individual, podemos afirmar que o que está sendo perseguido é um diferencial, uma vantagem ou atributo que confira destaque à pessoa e ao seu currículo.
Você já deve ter percebido que as exigências para cargos e promoções são cada vez mais altas, certo? Há uma expectativa em relação aos profissionais que não necessariamente existia nas décadas passadas. O diploma universitário foi, por muito tempo, um divisor de águas. Então, veio a globalização e o desenvolvimento de novas tecnologias comunicativas e mudou o modo como as pessoas viviam e se relacionavam.
O século 21 é mais competitivo do que o anterior, exigindo dos seus profissionais atualização constante de conhecimentos e disposição para reciclar práticas até então estabelecidas. Se você quiser construir uma carreira sólida, portanto, é preciso ir além do curso superior e buscar maneiras de agregar valor ao seu currículo, especializando-se e otimizando sua produtividade.
Aquele cargo ou aquela promoção que você tanto almeja vai exigir empenho da sua parte!
O fator “empregabilidade”
A palavra “empregabilidade” é cada vez mais utilizada por profissionais da área de Recursos Humanos, e isso tem um motivo: ela descreve o quão preparado está um candidato para assumir uma vaga, e o quão desejável é seu conjunto de habilidades.
E esse conjunto de habilidades vai muito além das informações passadas durante a graduação. Ele compreende as competências técnicas que estão sendo desenvolvidas e o perfil comportamental do colaborador!
Veja um exemplo:
Você é formado em Engenharia de Produção, mas está fazendo um curso de Green Belt ou de liderança. Isso demonstra que seu conjunto de habilidades está sendo aprimorado, e que você, por ter tomado essa iniciativa em vez de permanecer na sua zona de conforto, é um indivíduo proativo e com visão de mercado.
Esse é o tipo de postura procurado pelas empresas. Indivíduos com esse perfil tendem a ser valorizados, a conseguirem espaço e a progredirem na carreira.
A visão geral
Outro fator a ser levado em conta é: na graduação você não se especializa em um assunto, mas estuda um pouco de tudo. Você emerge desse longo período de estudo com muito potencial, mas com uma visão generalista sobre o ramo que decidiu seguir.
Você só vai passar a enxergar os desafios diários, os entraves pontuais e as oportunidades quando ganhar experiência e se dedicar a ser um especialista em algum nicho específico.
Pense no caso de um administrador, que estuda na faculdade diversas vertentes do conhecimento humano: Ciências Humanas, Comunicação, Ferramentas de Gestão e Análise de Dados. Ele não poderá dominar completamente todas essas modalidades e deverá escolher uma para se aperfeiçoar.
Atualizando as competências técnicas
É importante se desafiar e buscar maneiras de ampliar e aperfeiçoar o conhecimento teórico e prático que você obteve na graduação!
Na universidade, você está trocando informações e criando conhecimento o tempo todo, mesmo sem perceber. Seja com professores ou colegas, há diálogo e atualização constantes, ou seja, você nunca está parado. Após receber o diploma, é comum que essa movimentação intelectual cesse e que muitos profissionais permaneçam estagnados, contando apenas com o que foi aprendido nos quatro ou cinco anos em que frequentaram a universidade.
Se você quiser garantir um bom posicionamento, é justamente essa estagnação que precisa evitar. Hoje, entende-se que o conhecimento é algo dinâmico e não fixo, e que precisa ser estimulado e reciclado de forma continuada.
Você já trabalha e tem uma rotina atribulada? Pesquise e vá adquirindo uma visão estratégica de mercado. Perceba quais são as projeções futuras da sua área de atuação, os ramos e nichos sedentos por especialistas, os saberes e as competências que precisam ser complementados e atualizados. Invista em você!
Aqui, a expressão-chave é estar disposto a agir, ou melhor, estar disposto a sair da zona de conforto!
Treinando as habilidades profissionais
As habilidades profissionais são um conjunto de características que facilitam ou dificultam a convivência com outras pessoas no ambiente de trabalho. Elas estão relacionadas ao comportamento de um indivíduo em relação aos colegas e superiores, e compreendem habilidades como comunicação, empatia, capacidade de autogestão, negociação e flexibilidade.
É normal que alguns indivíduos apresentem uma facilidade espontânea para fazer apresentações e falar em público, por exemplo. Outros já são naturalmente empáticos e predispostos a pensarem dez vezes antes de proferir um elogio ou uma crítica. Essas são características intrínsecas, isto é, ligadas à personalidade e ao acúmulo de vivências ou à bagagem de vida de cada um.
Para aqueles que apresentam qualquer dificuldade ou impedimento nesse sentido, entretanto, há muitas formas de reverter o quadro e aperfeiçoar ou até desenvolver tais habilidades. Alguns exemplos são cursos complementares, terapia, coaching, etc. É preciso que a pessoa pondere apenas qual proposta suprirá melhor sua necessidade.
O profissional deve sempre procurar estar em sintonia com a cultura empresarial e buscar aprimorar seu comportamento para facilitar o trabalho em equipe e a cooperação. Lembre-se que, para crescer profissionalmente e ser notado, sua qualificação deve ser tanto técnica quanto comportamental!
Critérios para escolher um curso complementar para a sua graduação
Você já sabe por que os conhecimentos obtidos na sua graduação devem ser atualizados, aperfeiçoados e complementados. Mas de que forma escolher uma opção que efetivamente destaque seu currículo e dê aquele impulso em sua carreira quando há tantas ofertas disponíveis?
Para que você desenvolva bons critérios e acerte na escolha do curso que vai complementar sua faculdade e dar um diferencial ao seu currículo, é preciso passar por uma etapa de questionamento.
Para começar, tenha em mente que um curso complementar não é um fim em si mesmo, e sim um método, um caminho, que vai te ajudar a conquistar seus objetivos e a chegar a algum lugar. Então, pergunte-se: qual é o melhor caminho a ser trilhado? Como escolher entre pós-graduação, curso de idioma e cursos complementares?
Onde você pretende chegar?
Primeiramente, é preciso que você identifique o que precisa ser aprimorado: é uma técnica ou conhecimento parte do conjunto de habilidades que você já possui ou é algo inteiramente novo, como um idioma? Qual é seu objetivo? O que você espera alcançar?
É importante se questionar antes de dar o próximo passo, pois não adianta investir em algo que não vai otimizar sua atuação, e que não terá uma aplicação concreta e imediata na sua rotina. Você saberá qual caminho trilhar somente depois que obter as respostas desses questionamentos!
Essa reflexão e autoavaliação demanda maturidade profissional. Além disso, é preciso que você já tenha desenvolvido uma percepção aguçada da sua área, da própria empresa e mapeado as possibilidades de crescimento que ela oferece.
Vamos analisar agora cada uma das possibilidades de complementação da sua faculdade a fim de te ajudar a identificar qual delas se encaixa melhor na sua perspectiva!
Cursos de pós-graduação e suas modalidades
Cursos de pós-graduação, como o próprio nome já diz, são aqueles feitos depois da graduação, seja em sentido lato sensu ou stricto sensu. Mas o que isso quer dizer e qual é a diferença entre eles?
Lato sensu é uma expressão latina que designa os cursos em sentido amplo, geralmente direcionados à atualização de conhecimentos e capacitação profissional, como os famosos MBAs (Master Business Administration) e demais especializações.
Tais modalidades são procuradas por profissionais que desejam aperfeiçoar ou lapidar alguma competência para aumentar sua produtividade e otimizar sua prática com abordagens mais atualizadas. Não deixa de ser uma busca por diferencial, por networking e por manter-se relevante para competir por melhores oportunidades.
Geralmente, os cursos têm duração de um a dois anos, são reconhecidos pelo MEC e possuem uma carga horária mínima. Não exigem dedicação total, sendo que as aulas costumam acontecer de mês em mês, e sua demanda é bem menor do que os cursos da modalidade seguinte.
Já a modalidade conhecida como stricto sensu compreende os tradicionais mestrados e doutorados. Esses títulos são essenciais para quem pretende seguir no ramo da docência e pesquisa acadêmicas, estando vinculados à CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Sua duração é bastante longa (de dois a cinco anos) e eles costumam exigir dedicação total por parte do estudante, sendo quase impossível conciliá-los com trabalho. O grau de especialização conseguido, em compensação, é altíssimo.
Também são reconhecidos pelo MEC e possuem uma carga mínima de horas-aula, além de apresentações e publicações em congressos e feiras científicas. Conforme mencionado anteriormente, tais cursos são obrigatórios para quem deseja passar de aluno para professor universitário.
Cursos de idiomas
No mundo globalizado em que vivemos, ser fluente em uma língua estrangeira é simplesmente fundamental.
Como um diploma de graduação, dominar um idioma já não representa mais um diferencial, e sim uma obrigação a todos os profissionais que pretendem conseguir melhores resultados e oportunidades. Para que você tenha acesso a elas, entenda qual é o idioma dominante no seu ramo, ou seja, aquele no qual a maioria das publicações e congressos são feitas e comece já. Outra dica é saber qual o idioma mais falado naquela empresa que você gostaria de trabalhar.
Não pense que é tarde demais para aprender, porque nunca é! Seu desempenho vai depender do seu esforço e da sua dedicação, e isso pode ser um ponto positivo na hora de tentar uma promoção. Sem contar que uma segunda língua abre portas para pesquisas e avanços realizados em outros países, aos quais você dificilmente teria acesso de outra forma.
Cursos complementares: a metodologia Seis Sigma
Os cursos complementares, como os da metodologia Lean – Seis Sigma, foram desenvolvidos para otimizar a produtividade dentro das empresas e melhorar seus processos internos, sem demandar a dedicação exaustiva e a exclusividade de uma pós-graduação. Os cursos são mais curtos dos que ambas as modalidades apresentadas no item anterior, durando de um a três meses, e são oferecidos nas modalidades presencial, transmitido e EAD on-line.
Trata-se de uma proposta que visa capacitar os profissionais na análise e na interpretação de dados. O objetivo é fazer com que esses indivíduos tomem melhores decisões nos negócios, elevando o desempenho de suas organizações e, por isso, tem sido cada vez mais requistados no mercado de trabalho.
São chamados de cursos complementares porque acrescentam competências àquelas que você já adquiriu ao longo da graduação, permitindo uma maximização do seu rendimento. Além disso, sua natureza é versátil, pois as habilidades e técnicas trabalhadas podem ser aplicadas em diferentes cenários e situações.
Como gerir o tempo entre trabalho e estudos
Até aqui, já vimos que, no ambiente de trabalho, a desatualização e a acomodação não são posturas vistas com bons olhos, podendo efetivamente prejudicar a ascensão da sua carreira e impedir o aparecimento de novas oportunidades.
Digamos que, para evitar esse quadro, você passou a se questionar sobre onde quer chegar e o que precisa fazer para chegar lá.
Globalização demanda constante atualização: esse deve ser o mantra dos profissionais no século 21. Você se deu conta disso, pesquisou sobre as modalidades de cursos que vão te beneficiar diretamente e está disposto a encarar o desafio?
Pois bem, agora é a hora de planejar como conciliar ambas as frentes: trabalho e estudo. Como você estará exercitando simultaneamente teoria e prática, precisará adotar algumas estratégias de gestão do próprio tempo no intuito de acomodar essas iniciativas sem abrir mão dos outros aspectos da sua vida.
Confira a seguir 9 dicas para administrar seu tempo!
1. Faça um planejamento anual
O planejamento para encaixar cursos complementares e de especialização no seu cronograma pessoal deve ser anual. Isso porque eles vão exigir estudo e participação ativa.
No início do ano, no seu calendário, grife os meses que serão dedicados a iniciativas não rotineiras e programe-se para dedicar mais tempo a elas enquanto durarem, evitando outros compromissos que possam distraí-lo ou fazer com que você desista. Saiba priorizar!
E falando nisso…
2. Defina as prioridades da semana
Tanto no seu ambiente de trabalho quanto nos estudos, você precisa saber o que ignorar ou postergar e o que abordar como prioridade. Vá lidando com o que for mais importante: concentre-se em executar ações e a resolver problemas no seu próprio ritmo.
3. Ao iniciar o dia, faça uma lista de atividades e deveres
A lista de tarefa deve ser o primeiro item executado pela manhã, pois ela vai facilitar a sua organização ao longo do dia. Sem um instrumento desse tipo a seu favor, é fácil se perder entre chamadas, convites, pedidos e demandas.
Portanto, liste suas tarefas prioritárias e vá progredindo de acordo com o que ficou estabelecido, começando uma nova apenas quando finalizar ou encaminhar a anterior.
4. Concentre-se em uma tarefa de cada vez
Ser um indivíduo multitarefas não é uma boa imagem ou aposta, pois implica em deixar itens por fazer ou entregá-los incompletos. Se você executa três ações ao mesmo tempo, isso significa que não está se dedicando inteiramente a nenhuma delas. Você está repartindo sua atenção e drenando mais rapidamente suas energias.
Foque sua concentração em vencer uma etapa de cada vez e só passe para a próxima quando terminar a anterior.
5. Se for estudar à noite, estabeleça uma divisão clara entre os períodos
É comum entre quem faz cursos complementares, de idiomas ou especializações, estudar à noite. Quando você emprega um período tradicionalmente destinado ao descanso para uma atividade que exigirá concentração depois de um dia inteiro de trabalho, é importante que seu corpo perceba uma quebra entre os ciclos. Mas como?
Ao chegar em casa, pratique exercícios físicos, alimente-se bem e mentalize tudo o que você já fez naquele dia, preparando seu cérebro para algumas horas extras de estudo. Respeite, entretanto, os sinais emitidos pelo seu corpo e mantenha seu padrão de sono inalterado.
6. Programe intervalos constantes
Ao longo do dia, especialmente se você trabalha em frente a um computador, faça pequenas pausas e desligue seu cérebro de telas ou informações visuais. Caminhe, faça lanches e alongue seu corpo para fazer com que o sangue circule normalmente.
Lembre-se sempre que tempo de descanso não é desperdício, pelo contrário: você estará renovando suas energias!
7. Procure um técnica de gestão do tempo que funciona para você
Há diversas técnicas e métodos de gestão de tempo elaboradas para te ajudar a organizar suas atividades e garantir o máximo rendimento. Você já deve ter ouvido falar na Técnica Pomodoro, certo? Trata-se de uma entre várias opções. Ela prevê um fluxo de atividades dividido em blocos de 20 a 25 minutos cada, seguidos por intervalos de 5.
O ideal é pesquisar, adotar a técnica mais adequada para seu dia a dia e empregá-la no trabalho e nos estudos!
8. Evite as distrações de seu smartphone
Para fazer seu tempo render, fuja da tentação de espiar o celular a todo momento. Estipule horários e tente segui-los. Nas mídias sociais, somos bombardeados por informações não necessariamente construtivas e com grande potencial para roubar nosso foco.
Tente minimizar esse efeito na sua vida e dedicar-se ao cumprimento das metas que projetou para si mesmo!
9. Cultive hábitos saudáveis
Algumas das ideias que discutimos anteriormente são bastante positivas e podem otimizar sua produtividade, mesmo quando você não estiver estudando. Fazer e seguir listas, programar intervalos, alongar o corpo são exemplos de ações saudáveis que, quando se tornam hábitos, geram benefícios no curto, médio e no longo prazo.
Compreendeu por que continuar estudando após obter um diploma de graduação é importante para sua inserção no mercado de trabalho? Entendeu quais são as possibilidades de estudo continuado e suas respectivas particularidades? Percebeu como um curso complementar pode ajudar sua carreira a decolar? Inspirou-se nas ideias de administração do tempo entre trabalho e estudo? Esperamos que sim!
Ao longo deste conteúdo, buscamos elucidar essas questões e esclarecer os benefícios e as vantagens que investir em um curso complementar trará para sua atuação profissional. Ter em seu currículo um diferencial como esse abrirá portas e oportunidades, aumentando sua empregabilidade e munindo-o de vantagens competitivas que vão te destacar na disputa por cargos e promoções.
A verdade é que todos buscam reconhecimento no mercado de trabalho, ter seu potencial valorizado e conseguir espaço para desenvolver suas competências. A construção de uma carreira sólida no mundo globalizado, entretanto, depende muito das iniciativas de cada profissional e da disposição para se atualizar.
Depois da faculdade, os cursos complementares representam um ótimo investimento, pois são capazes de aperfeiçoar habilidades e capacitar indivíduos para se tornarem profissionais mais completos e, efetivamente, se destacarem!
Ficou interessado nas nossas ideias e propostas? Tem alguma dúvida a respeito dos cursos complementares e modalidades de capacitação? Então não perca mais tempo e entre em contato conosco!
Pingback: Curso Green Belt: o que é, para que serve e onde fazer