O modelo PDCA foi desenvolvido no mundo corporativo, porém, os gestores hospitalares evidenciaram sua efetividade no ambiente de saúde. Por meio dessa metodologia, é possível determinar as necessidades, apontar as estratégias e analisar os custos em saúde.
eBook: SIPOC – Ferramenta para Melhoria
O SIPOC é uma ferramenta que ajuda a identificar os elementos relevantes de um processo e com isso é possível ganhar um maior conhecimento sobre determinada atividade e identificar oportunidades de melhoria.
Para tanto, é essencial que os administradores aprofundem seus conhecimentos em processos organizacionais, na humanização das atividades em saúde, nas habilidades pessoais e no levantamento adequado das despesas.
Além disso, é fundamental planejar a implantação do modelo PDCA por meio da sensibilização da equipe de supervisores, de forma a motivar os funcionários em prol de uma ação benéfica para todos. Quer saber como aplicar o modelo PDCA na gestão hospitalar? Então, não perca as informações que trouxemos neste post.
Afinal, o que é o modelo PDCA hospitalar?
O modelo PDCA significa planejamento, desenvolvimento, controle e avaliação e, nele, são descritas as etapas para implementação das rotinas em saúde.
Ademais, essas atividades formam um ciclo em que uma depende da outra.
Essa metodologia bastante é vantajosa para as empresas de saúde, pois, por meio da análise situacional, mostra as rotinas ineficazes e os processos que necessitam de ajustes para atenderem às demandas dos gestores.
Inclusive, durante todo o processo, é possível alterar as atividades para garantir a eficiência dos procedimentos conforme a capacitação dos funcionários e do comprometimento em busca do sucesso da empreitada.
Quais as suas etapas e como implementá-lo na gestão hospitalar?
Planejamento
O planejamento hospitalar é um compilado de ações sequenciais para iniciar as mudanças observadas no diagnóstico situacional.
Isso significa que, após a análise SWOT, um novo serviço será formalizado ou novas rotinas serão executadas. Nesse sentido, é necessário fazer uma planilha, constando as ações de forma objetiva e prática para facilitar o entendimento de todos os funcionários.
Como exemplo, podemos citar a implantação de um serviço clínico. Inicialmente, os gestores devem cotar materiais médicos e medicamentos, contratar funcionários, contabilizar os custos, formalizar a inauguração e programar o início das atividades.
Especial atenção deve ser dada à cadeia de suprimentos, pois o valor financeiro investido é alto e o retorno não vem de forma imediata, demandando planejamento prévio da gerência.
Ressalta-se que, em todas as atividades, devem constar o prazo de execução da tarefa, bem como o responsável por lidar com cada uma, para que as ações e o andamento do processo sejam monitorados.
Desenvolvimento
A partir das atividades delegadas aos funcionários, é preciso supervisionar as funções de cada um. Isso porque, nessa etapa, o serviço já está em pleno funcionamento e caberá aos gestores reparar as falhas durante a execução.
Para essa parte, é interessante verificar horários de funcionamento, número de funcionários para exercerem essa atividade, consumo dos materiais e medicamentos, além de outros insumos farmacêuticos.
Além disso, é fundamental conscientizar os funcionários e pedir opiniões para os indivíduos que estiverem efetivamente na prática, pois eles saberão nortear ações que são de fato efetivas, sabendo quais não são produtivas.
Controle dos processos
O controle das atividades iniciadas em uma rotina requer a mensuração de indicadores que possam predizer se as estratégias serão efetivas. Tendo isso em vista, podem ser levantados dados sobre produtividade. Os principais indicadores para avaliá-la são:
- número de consultas agendadas;
- percentual de procedimentos realizados;
- número de pacientes atendidos;
- quantitativo de glosas dos convênios, entre outros.
Para cada situação, é aconselhável verificar os pontos nevrálgicos que interferem negativamente no êxito da tarefa a ser executada.
A partir dessa análise, os gestores manterão a atividade conforme já idealizado ou mudarão o foco das rotinas, garantindo a excelência do atendimento prestado ao paciente e redução de custos em longo prazo.
Avaliação das rotinas
A última etapa do método PDCA é a análise final das atividades implantadas. Isso significa que, após um período, os gestores optarão pela continuidade dos serviços, ou modificarão as rotinas e farão um novo modelo PDCA.
Por isso, é fundamental colher todas as informações das etapas anteriores para concluir pela efetivação ou não dos serviços.
É importante também ponderar sobre os indicadores levantados, a fim de ter certeza dos resultados, sem esquecer que algumas medições podem não traçar um resultado em curto prazo devido aos poucos dados apurados, mas já mostram uma tendência sobre a continuidade ou não dos procedimentos.
E claro, é fundamental que os gestores escutem os funcionários que estarão na ponta do problema e, dessa forma, consigam prever os problemas, apurar as inconformidades e fazer intervenções necessárias.
Quais os benefícios do método PDCA?
Os benefícios dessa metodologia são o controle dos processos, a apuração das despesas, a análise da assistência prestada ao paciente e a mensuração periódica do faturamento pelos serviços implantados.
Isso porque as rotinas analisadas mediante o método PDCA fornecerão subsídios para tomada de decisão gerencial e serão replicadas e experienciadas por outros gestores, de forma a compartilhar os aprendizados.
Poderão servir ainda como modelo para adaptações conforme o porte e a complexidade das empresas de saúde, além de aprimorar a capacidade gerencial dos indivíduos que exercem atividades exclusivamente assistenciais.
Sendo assim, poderão compreender que, para que as rotinas sejam eficientes, elas precisam de programação, ajustes, conscientização, readequação, construção de conceitos e demais conhecimentos.
Que habilidades são necessárias ao gestor?
As competências que um gestor necessita para implantar o método PDCA devem ser clínicas, para analisar a real demanda pelo serviço ou alteração de rotina, assim como as habilidades gerenciais que facilitam a compreensão dessa metodologia.
Também é fundamental o desenvolvimento de habilidades pessoais que ajudem na sensibilização da equipe e dos supervisores imediatos, para que todos entendam que essa mudança trará benefícios reais.
E, por fim, cabe ao gestor reconhecer e apurar os erros, modificar os atos e seguir em busca de novas opções que facilitem a rotina de saúde.
O modelo PDCA é uma estratégia inovadora que organiza as atividades gerenciais, monitora a implantação de novos serviços e rotinas, avalia os indicadores de produtividade e conclui sobre a continuidade ou modificação dos processos.
Suas etapas são divididas, cíclicas e dependentes, o que facilita a administração gerencial. Por isso, é fundamental que os gestores entendam cada uma delas e as executem adequadamente para conseguirem medir os dados de maneira confiável e inteligente.
E você, já implantou o modelo PDCA nos ambientes de saúde? Ainda necessita de mais conhecimentos? Então, leia também o nosso post sobre gestão hospitalar: 4 cursos para organizar sua rotina!