Você sabe a diferença entre custo fixo e variável?
Para fazer gestão financeira de forma eficiente e garantir melhores resultados de caixa para sua empresa, é fundamental entender sobre gastos. E diante disso, aprender a diferenciar custo fixo e variável.
Acompanhe a leitura para entender sobre o assunto!
O que é custo fixo?
Basicamente, o custo fixo é aquele que não varia conforme a alteração na produção, ou seja, se mantém estático seja qual for o volume produzido na empresa.
Como exemplo, podem ser citados: os gastos com limpeza e conservação dos equipamentos; aluguéis; salários da equipe; pagamento de tributos; gastos com segurança e vigilância; entre outros. Este é definitivo — vai incorrer, sendo as unidades produzidas ou não em seu negócio, mantendo-se constante pelo menos ao longo de determinado período de tempo.
O que é custo variável?
Por outro lado, o custo variável flutua em proporção direta com as mudanças na produção, ou seja, seus valores se alteram de acordo com as unidades que são produzidas.
Ele varia segundo as mudanças de volume, podendo permanecer o mesmo por unidade produzida, mas aumentando à medida que a produção, a venda ou a prestação de serviços for ampliada.
Como exemplos de custo variável podem ser considerados: as matérias-primas; materiais indiretos consumidos; custos de mão de obra e horas extras; comissões de venda; fretes e deslocamentos; máquinas adquiridas a mais; entre outros.
É preciso mais trabalho e material para produzir mais saída, de maneira que o custo de mão de obra e materiais varia em proporção direta com o volume da produção.
Por que saber a diferença entre custo fixo e custo variável é útil?
Esta diferença é uma parte fundamental para se compreender as características financeiras de uma empresa. Se a estrutura de custos for composta especialmente de custos fixos, o gestor estará mais propenso a aceitar ofertas de baixo preço para os seus produtos, a fim de gerar vendas suficientes para cobrir esse dispêndio estável no negócio.
Isso pode levar a um nível elevado de competição dentro de uma indústria, uma vez que todas as empresas atuantes no setor provavelmente têm a mesma estrutura de custos e devem cobri-la.
Uma vez que o custo fixo foi amortizado, todas as vendas adicionais geralmente têm margens muito elevadas. Isto significa que um negócio de alto custo fixo pode trazer lucro muito grande quando há pico de vendas, mas pode incorrer igualmente em grandes perdas quando ocorre declínio de vendas.
Se a estrutura de custos for composta, sobretudo, dos custos variáveis (como em um negócio de prestação de serviços), o gestor precisa buscar o lucro em cada venda, o que significa dizer que estará menos inclinado a aceitar propostas de redução de preços do cliente. Essas empresas podem facilmente cobrir suas pequenas quantidades de custos fixos, mas os custos variáveis tendem a acumular uma proporção relativamente elevada nas vendas.
Agora que você já sabe a diferença entre custo fixo e custo variável, será capaz de elaborar um plano orçamentário melhor e muito mais preciso. O gestor preparado consegue visualizar as melhores maneiras de usar esses dados para planejar seu negócio, fazer os relatórios internos e precificar corretamente seus bens e serviços.
Os custos podem ser classificados de diversas maneiras, de acordo com sua finalidade. Quanto ao volume de produção os custos são classificados em fixos e variáveis. Esta classificação é muito utilizada para o cálculo do sistema de custos variável.
Despesas e Custos Fixos
Despesas ou Custos fixos são aqueles que não sofrem alteração de valor em caso de aumento ou diminuição da produção. Independem, portanto, do nível de atividade, conhecidos também como custo de estrutura.
Exemplos:
- Limpeza e Conservação
- Aluguéis de Equipamentos e Instalações
- Salários da Administração
- Segurança e Vigilância
Possíveis variações na produção não irão afetar os gastos acima, que já estão com seus valores fixados. Por isso chamamos de custos fixos.
Despesas e Custos Variáveis
Classificamos como custos ou despesas variáveis aqueles que variam proporcionalmente de acordo com o nível de produção ou atividades. Seus valores dependem diretamente do volume produzido ou volume de vendas efetivado num determinado período.
Exemplos:
- Matérias-Primas
- Comissões de Vendas
- Insumos produtivos (Água, Energia)
Apropriação dos Custos Fixos e Variáveis
No sistema de custo variável o custo final do produto (ou serviço) será a soma do custo variável, dividido pela produção correspondente, sendo os custos fixos considerados diretamente no resultado do exercício. Neste sistema a geração de riqueza está na venda e não na produção.
Vale lembrar que este sistema de custos não é permitido pelo legislação fiscal, e serve somente para fins gerenciais. O custo de absorção é o utilizado legalmente conforme o Decreto 3.000/99. Neste método todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos, pouco importando se estes são fixos ou variáveis. Desta forma os produtos acabam absorvendo os custos, o que gerou o nome deste método (custeio por absorção).
Vantagens do Custeio Variável
Mesmo não sendo aceito pela legislação fiscal, o custeio variável apresente vantagens sobre as demais. Podemos destacar as seguintes:
– Apresenta o Resultado Operacional em função das vendas
– Não há necessidade de adotar critérios de rateio para apropriar custos fixos, já que esses são deduzidos diretamente do resultado.
– Torna evidente a Margem de Contribuição de cada produto, muito utilizada no processo decisório.