Tornar-se um bom líder, que cativa e engaja os subordinados, é um desejo de muitos profissionais que assumem cargos de coordenação, gestão ou direção de empresas. Isso não significa que apenas indivíduos dos níveis estratégico e tático das organizações exerçam sozinhos a liderança nos espaços onde atuam como por exemplo em projetos Seis Sigma. Afinal, qualquer pessoa pode ser um líder, desde que reúna um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes. Além disso, a competência da liderança não é totalmente “de nascença”, já que pode ser desenvolvida. Veja, a seguir, nove comportamentos para se transformar em um bom líder.
1 – Ser empreendedor
O exercício da liderança numa organização precisa estar aliado à capacidade de empreender, ou seja, gerar negócios e inovações. Para tanto, o bom líder deve ser como uma espécie de “antena parabólica”, para captar as tendências do mercado e os insights identificados dentro da própria empresa como melhorias de processos. A partir dessa combinação e com o background do profissional, o bom líder pode extrair a base para novos empreendimentos. Porém, para que isso de fato aconteça, é preciso abertura para novas ideias e para oportunidades de melhoria no segmento em que a empresa atua.
E por falar em aperfeiçoamento nos processos de um negócio, no curso Green Belt, da Escola EDTI, o profissional aprende todo o roteiro do modelo de melhoria por intermédio da metodologia Six Sigma.
2 – Ser comunicativo
A comunicação pode ser vista como uma habilidade, embora a disposição para promovê-la possa ser encarada como um comportamento. Afinal, a postura do bom líder no relacionamento com os stakeholders (públicos envolvidos) de um projeto pode ser decisiva no êxito ou no fracasso das iniciativas.
Logo, por mais que o profissional não seja um comunicador nato, ele pode ter a consciência da importância da comunicação para a realização dos projetos. Nesse caso, o bom líder pode treinar a própria maneira de interagir com os membros da equipe, bem como promover a implantação de canais de comunicação com os subordinados. Dessa forma, o profissional que exerce a liderança atua de modo a proporcionar a coesão do grupo em torno de um objetivo comum.
3 – Saber delegar tarefas
Engane-se quem pensa que o bom líder deve ter expertise em tudo. Por mais que esse profissional geralmente seja polivalente, ele não consegue ser especialista em todas as áreas de um negócio. Por isso, o líder deve saber delegar tarefas e, portanto, não ser um centralizador. Caso contrário, o profissional perde tempo ao querer fazer atividades operacionais em vez de traçar as estratégias da empresa.
A propósito, ao saber delegar tarefas, o bom líder demonstra humildade ao reconhecer que não sabe de tudo e, ao mesmo tempo, confiança nos liderados. Ainda assim, essa delegação deve ser precedida de treinamento qualificado para os colaboradores. Nesse sentido, o bom líder pode corrigir falhas e mostrar “como se faz” nas primeiras tarefas do subordinado. Porém, depois os liderados devem ser capazes de realizar as atividades sozinhos, com o nível de qualidade exigido pelo líder.
Ainda no que diz respeito a delegar tarefas, o bom líder deve ser capaz de colocar as pessoas certas para as funções nas quais elas estejam mais adequadas ou para as quais tenham as competências necessárias. Além disso, o bom líder deve saber avaliar o trabalho do subordinado, mesmo sem ser um especialista no trabalho técnico em si.
Nesse sentido, a proatividade deve ser uma característica de quem exerce a liderança. Por exemplo, o líder pode não saber determinada informação, mas uma rápida pesquisa no Google pode apontar vários caminhos para a resposta. Logo, o bom líder não precisa, necessariamente, saber as respostas para uma dúvida de um colaborador na ponta da língua, mas deve saber onde e como encontrá-las.
4 – Bom líder precisa motivar
Em ambientes de trabalho estressantes, com muita cobrança e pressão por resultados, os colaboradores podem se sentir esgotados e, com isso, não renderem todo o potencial de que dispõem. Isso sem contar o cenário de forte concorrência entre as empresas. Diante desse contexto, o bom líder deve ser fonte de inspiração e exemplo de superação para os subordinados.
Nesse caso, a motivação pelo exemplo tem uma força enorme, já que o líder primeiro faz, para depois cobrar. Dessa forma, a influência dele tende a aumentar perante a equipe. Com isso, o bom líder consegue direcionar os esforços do grupo para a conquista dos objetivos estratégicos da empresa.
É claro que, para ter efeito prático, a motivação depende do grau de proximidade entre líder e liderados. Até porque as palavras e os gestos do líder devem ecoar “nas mentes e nos corações” dos subordinados, para gerar neles tomada de decisão. Nesse sentido, vale lembrar que o líder só poderá dar os “motivos para a ação”, já que o estado de “estar motivado” dependerá de cada colaborador. Mesmo assim, o bom líder pode ter a sensibilidade de identificar os gatilhos emocionais que geram motivação nos membros da equipe que lidera.
5 – Promover a harmonia do grupo
O bom líder, que muitas vezes também assume o posto de gerente de projetos ou de gestor, deve saber solucionar conflitos. Afinal, nas relações humanas sempre existe a possibilidade de haver discordâncias, devido às diferentes visões de mundo de cada integrante da equipe.
Diante de subordinados com pensamentos distintos, o bom líder deve saber selecionar aquilo que agrega para o grupo e para a empresa em detrimento de fatores que geram desarmonia. Nesse sentido, quem exerce a liderança deve acompanhar o desempenho de cada colaborador da equipe, dar feedbacks construtivos e convergir os esforços de todos para a conquista dos objetivos da organização.
O bom líder deve saber aproveitar os talentos existentes no grupo e potencializar os êxitos de cada subordinado. Além disso, precisa resolver conflitos que tirem o foco dos colaboradores para as ações da empresa, caso contrário, um ambiente desagregador pode ser a causa para um “implodimento” das vantagens competitivas do negócio.
Para liderar um grupo, não basta apenas ser reconhecido como líder, é preciso ter preparo. O curso Black Belt, da Escola EDTI, por exemplo, tem um módulo próprio que ensina a “Estruturação do trabalho em equipe”.
6 – Saber agir e saber parar
A liderança requer autoconhecimento do profissional que a exerce. O bom líder deve saber dos seus próprios pontos fortes e fracos e, com base nisso, ter hora para falar e hora para ouvir. Quando conhece a própria personalidade, o bom líder passa a saber o tempo certo de agir e o momento adequado de se ausentar de uma discussão ou de adiar uma decisão importante. Ele também precisa preparar um sucessor e saber a ocasião propícia para transferir o posto e “sair de cena”.
O conhecimento da inteligência emocional e o autodomínio também são requisitos para uma liderança eficaz, afinal, o líder não é um robô, mas sim um ser humano passível de erros como os liderados. Ciente de que a liderança pode ser desenvolvida, o bom líder busca formação e evita a autosabotagem no dia a dia profissional.
7 – Reconhecer equívocos
O bom líder é um estrategista, já que define como a empresa agirá para alcançar determinadas metas. Logo, a tomada de decisão faz parte da rotina de quem exerce a liderança. Porém, eventualmente o líder pode errar nas escolhas. Nesse sentido, reconhecer equívocos é uma qualidade de um bom líder.
Ao contrário, o profissional fechado em si mesmo, que não admite falhas, coloca em risco não só o próprio posto como o futuro da equipe e até da empresa. Quando se mostra aberto a críticas e a sugestões, o bom líder colhe informações que podem ser úteis para correções de rotas e para o aprimoramento da liderança.
8 – Buscar atualização e promover treinamento
O bom líder é um profissional atento às mudanças do mercado. Ele sabe que a atualização contínua é a resposta para o “vírus” da perda de competitividade. Dessa forma, busca capacitação para si próprio e investe no treinamento dos subordinados. Afinal, ele reconhece que só pessoas altamente qualificadas podem aumentar a produtividade da empresa, bem como a qualidade dos produtos e dos serviços da organização.
9 – Procurar melhorar sempre
O bom líder é alguém observador. Ele busca continuamente encontrar maneiras mais eficientes e eficazes de se realizar tarefas. Para tanto, conta com a ajuda dos colaboradores para aperfeiçoar os processos da empresa. Nesse sentido, o bom líder vê a busca por melhoria como um diferencial competitivo, que torna a atuação da companhia mais resiliente num contexto econômico de forte concorrência. Para tanto, esse profissional procura mensurar os processos e os resultados para ter conhecimento de causa acerca da gestão da empresa e, com isso, consegue fazer correções precisas no desempenho do negócio.
Para ter em plenitude muitos desses comportamentos descritos anteriormente, o bom líder deve ser criativo. Você também quer se aprimorar nesse quesito? Então, baixe gratuitamente o nosso e-book “Criatividade: disciplina de FOCO“.