Uma das tendências mais modernas da administração, e talvez uma das mais efetivas na geração de resultados dentro organizações é a questão da autonomia.
Quando uma empresa possui funcionários competentes, dar autonomia a eles é uma prática saudável tanto para este profissional quanto para toda a organização.
É desta maneira que é criada uma administração sistemática e atingidos patamares de tamanho e crescimento maiores. Porém, muitos empresários e gestores da atualidade possuem aversão a este pensamento. Uma história quase que folclórica a respeito disso é a história da Ford.
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As metodologias Lean e Seis Sigma são bastante utilizadas pelas empresas no mercado atual. Porém, muitos profissionais ainda têm dúvidas sobre cada uma, como funcionam e o que difere as duas filosofias de gestão.
Bom produto para o mercado
Em 1905, partindo do nada Henry Ford construiu em 15 anos, pautado em oferecer um bom produto para o mercado, a maior e mais rentável empresa do mundo.
A Ford Motors Company no inicio da década de 1920 dominava, quase que com monopólio, o mercado americano de automóveis e tinha posições de destaque em todos os outros lugares do mundo onde existiam carros. Além disso, nesta época, Herny Ford havia acumulado dos seus lucros reservas em dinheiro que ultrapassavam um bilhões de dólares, uma quantia praticamente impensável para o seu tempo.
Entretanto, a partir de 1927, a empresa trilhou uma trajetória descendente, sofrendo prejuízos por quase todos os 20 anos seguintes até perder completamente sua competitividade no final da Segunda Guerra mundial e cair na ruína.
Mentalidade do velho Ford
Porque a Ford teve esse destino? Pesquisadores da administração, como Peter Drucker, dizem que boa parte disso se deveu à mentalidade do velho Ford.
Para Ford, uma empresa não precisava de talentos administrativos. Ela precisava de um dono e de seus ajudantes, o que era uma visão bastante recorrente nos EUA de sua época Ele punia, demitindo ou alienando, qualquer um de seus funcionários que ousassem agir como administradores e tomar ações sem ordens expressas suas.
Isso se provou bastante prejudicial e, embora Ford tivesse 1 bilhão de dólares e uma história de sucesso onde poderia apoiar seu ego e suas convicções retrógradas, a Ford chegou a beira da falência. Ela só foi se reerguer quando uma nova mentalidade surgiu.
Instaurou o novo
E essa mentalidade veio em 1944, quando o neto do fundador Henry Ford II, com então apenas 26 anos assumiu a organização e, quase que num golpe palaciano, afastou todos os velhos ajudantes de seu avô. Depois de se livrar do velho, ele instaurou o novo. Contratou uma equipe gerencial talentosa e deu autonomia a eles. Esta foi a salvação da companhia e uma lição para o mundo.
Essa lição que tiramos do caso de Ford é bem clara. É impossível manter uma companhia sem atentar para sua administração.
Além disso, é necessário que haja autonomia para que talentos possam expandir uma empresa. Gerenciar uma empresa sozinho, é um encargo pesado demais para ser carregado. Empresários que insistirem nesta ideia, eventualmente vão enlouquecer ou manter-se menores do que poderiam ser.