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DMAIC x PDCA: entenda as diferenças e saiba qual utilizar

A comparação entre DMAIC X PDCA é quase inevitável, considerando que ambas têm objetivos muito parecidos.

Peças quase obrigatórias em roteiros de melhoria, elas ajudam gestores a tomar decisões com base nas informações levantadas após suas aplicações.

O fato de serem parecidas não significa que funcionam exatamente da mesma maneira.

A escolha sem critérios pode ser contraproducente, levando em conta que há diferenças fundamentais em termos de complexidade.

Se escolhemos uma ferramenta difícil demais para ser usada, vamos perder tempo, além de correr o sério risco de usá-la de maneira errada.

Ou, se for simples demais para um problema complexo, o risco passa a ser o de aplicar uma solução inócua.

Para que você saiba como escolher com sabedoria, preparamos este texto.

Acompanhe atentamente até o final e veja como conduzir melhor os seus futuros projetos.

pdca e dmaic

DMAIC x PDCA: o que são essas ferramentas?

A principal semelhança entre DMAIC X PDCA é que ambos são usados como instrumentos de melhoria contínua.

Eles podem ser igualmente aplicados desde a mais sofisticada indústria de transformação a um simples empreendimento individual, desde que haja pessoas qualificadas para isso.

São também ferramentas usadas para corrigir problemas e falhas em processos, o que em consequência leva ao aumento da qualidade.

Então, se na sua empresa, a meta é elevar o padrão de seus produtos ou serviços, tanto o ciclo PDCA quanto o DMAIC serão úteis.

Na verdade, o PDCA e o DMAIC funcionam como roteiros, cujo objetivo maior é introduzir a melhoria contínua, começando pela resolução de problemas.

São ferramentas bastante parecidas, tanto que existem profissionais que veem o DMAIC como um PDCA “turbinado”.

A diferença principal seria a abordagem.

O DMAIC se destaca por utilizar cálculos estatísticos para análise de performance, sendo considerado praticamente obrigatório em projetos Six Sigma.

👉 Quer entender ainda mais a fundo o que é a melhoria contínua? Confira neste e-book grátis desenvolvido pelo time da EDTI!

Comparação entre DMAIC x PDCA: quais as diferenças?

Imagine uma pia entupida.

Nesse caso, é bastante provável que um simples desentupidor caseiro seja suficiente para dar conta do problema.

A coisa já muda de figura quando se trata de um ralo entupido, porque são grandes as chances de que esse entupimento seja mais profundo, demandando talvez até a limpeza da caixa de gordura.

A grosso modo, esta analogia ilustra como as ferramentas PDCA e DMAIC têm uma relação parecida.

Embora o resultado final seja praticamente o mesmo, são soluções diferentes, escolhidas em razão da complexidade do problema a ser solucionado.

De qualquer forma, ambas são instrumentos de análise, pelos quais podem ser feitas melhorias a partir da detecção de um gargalo ou entrave à produção.

Veja na sequência como cada uma deve ser aplicada.

O que é PDCA?

Planejar (Plan), Agir (Do), Check (Verificar) e Adjust (Ajustar) são as quatro etapas que compõem o ciclo PDCA.

Aplicável em processos que demandem constantes verificações de conformidade, é uma ferramenta bastante usada para correções na fabricação dos mais variados produtos.

É, portanto, uma forma de implementar a melhoria contínua: por ser cíclica, leva ao aperfeiçoamento constante.

O PDCA foi desenvolvido nos anos de 1920, pelo físico Walter Andrew Shewhart, que ficou conhecido como o pai do controle de qualidade.

Sua criação é até hoje uma das ferramentas mais utilizadas pelas empresas para implementar a filosofia Kaizen, e um dos principais motivos para isso é a sua simplicidade.

É por isso que, em geral, o ciclo PDCA não é indicado para solucionar problemas que demandam um tratamento de urgência, até porque uma de suas finalidades é a melhoria contínua.

Vantagens do PDCA

Se comparado com o DMAIC, o ciclo PDCA apresenta de cara a vantagem de ser bem mais simples de implementar.

Além de ter menos etapas, ele usa menos ferramentas estatísticas, que demandam cálculos demasiadamente complexos.

Por ser mais ágil, é também uma ferramenta mais indicada para controle de qualidade que exija revisões permanentes.

Também é mais adequado para encontrar a causa-raiz em situações que demandem algum nível de criatividade.

O DMAIC, nesse aspecto, é menos flexível, não abre tanto espaço para pensar fora da caixa.

Em razão da sua simplicidade, é também mais fácil de ser absorvido pelas pessoas envolvidas em sua implementação, caso elas ainda não tenham conhecimento da ferramenta.

Por essa razão, o PDCA é também recomendado para treinamentos visando a formação de líderes capazes de implementar ações de melhoria.

O que é DMAIC?

O salto de qualidade proporcionado pelo DMAIC está no detalhamento de cada uma de suas etapas:

  • D (Definir)
  • M (Mensurar)
  • A (Analisar)
  • I (Melhorar)
  • C (Controlar).

Lembrando que essa é uma ferramenta criada nos anos 1950 por outro expoente da gestão de empresas, o estatístico William Edwards Deming.

É por isso que o DMAIC tem uma forte ligação com a estatística, utilizando em suas análises a amostragem de dados, análises multivariadas e outros tipos de cálculo.

Isso faz com que ela seja utilizada em roteiros de melhoria que demandem análises mais profundas de processos complexos.

Não por acaso, o DMAIC é tratado por alguns especialistas como a evolução do PDCA, em razão da aplicação sistemática de fórmulas e cálculos estatísticos avançados.

Vantagens do DMAIC

Por ser uma ferramenta que implica a utilização de outras ferramentas estatísticas, o DMAIC é ideal para destrinchar problemas cuja causa seja difícil de detectar.

Diferentemente do PDCA, em que se parte de uma causa raiz conhecida, o DMAIC ajuda a detectá-la, em razão da maior profundidade das suas etapas.

Na etapa de Analisar, por exemplo, são usadas ferramentas como Análise de Falha (FMEA), Diagramas de Dispersão e Testes de Hipótese.

Nada disso se aplica no PDCA, que é fundamentalmente um guia de ações de melhoria, embora também conte com seus próprios instrumentos.

Quais as diferenças entre PDCA e DMAIC?

Como vimos, a diferença marcante entre DMAIC x PDCA é a complexidade.

Por ser mais simples, o ciclo PDCA é também mais versátil, o que facilita sua aplicação em contextos bastante variados.

O DMAIC usa muitos métodos estatísticos, que demandam programas e softwares especializados, como IBM SPSS e IBM AMOS.

Por essa razão, o DMAIC não cai tão bem em problemas de relacionamento, é mais indicado para tratar de processos por uma perspectiva utilitária.

Ele seria, portanto, recomendável para detectar a causa raiz de defeitos em larga escala.

DMAIC x PDCA: qual método usar?

O principal critério que deve ser considerado ao escolher PDCA ou DMAIC é o próprio nível de conhecimento que se tem sobre cada ferramenta.

Outro critério importante é a causa raiz.

Não sendo tão útil para encontrá-la, o PDCA não é indicado quando não se tem conhecimento sobre esse fator.

Em razão da sua simplicidade, o PDCA é mais indicado para engajar as pessoas, já que é mais inclusivo.

Como ferramenta de melhoria, ele pode ser implementado até mesmo por gestores de nível intermediário, já que trata de questões mais no nível operacional.

Seria o caso, por exemplo, de um reparo de uma máquina ou equipamento, em que já se sabe o que precisa ser feito.

Por outro lado, o DMAIC é uma ferramenta mais completa, permitindo análises minuciosas sobre problemas de maior envergadura.

Como acabamos de ver, o PDCA cai melhor no contexto operacional, demandando apenas execução.

Por sua vez, o DMAIC entra já na parte estratégica do planejamento, com suas análises podendo até servir como base para definir objetivos de longo prazo.

Como aprender mais sobre DMAIC e PDCA?

Apesar das diferenças em termos de complexidade, ambas as ferramentas requerem pessoas preparadas para serem corretamente implementadas.

Você pode ser o profissional que as empresas buscam para isso, qualificando-se como especialista Green Belt em Lean Six Sigma na Escola EDTI.

No curso, você aprende a executar todas as etapas do DMAIC, junto com os seus principais instrumentos e ferramentas.

E se quiser se especializar para estar à frente de diversas equipes, então não deixe de conhecer o curso Black Black Belt em Lean Six Sigma para dominar o DMAIC em um nível ainda mais avançado.

Conheça outras ferramentas de melhoria contínua

Nem só de DMAIC x PDCA vivem os projetos de melhoria contínua.

O que não faltam são ferramentas, métodos e técnicas que, somadas, levam uma empresa a se aprimorar.

Quando utilizadas sistematicamente, elas ajudam a implementar a melhoria contínua não apenas em projetos, mas como parte da cultura da empresa.

Conheça na sequência algumas das ferramentas mais usadas com esse objetivo.

Kaizen

Termo em japonês para “mudança para melhor”, Kaizen é também um conceito e uma filosofia.

Entre os seus princípios, está o de que todos em uma empresa devem trabalhar conscientes da importância da redução do desperdício.

Nas empresas pautadas por essa filosofia, o colaborador é sempre a peça mais importante, já que é por ele que começa a melhoria.

👉 Para se aprofundar ainda mais, não deixe de ler também o ebook sobre as diversas aplicações do Kaizen nas empresas!

5S

Seria impossível conduzir qualquer projeto de melhoria em uma empresa desorganizada em seus espaços, tanto de trabalho quanto de convívio.

Para isso, a ferramenta 5S serve como um roteiro para adequar ambientes de trabalho, tornando-os mais salubres.

Cada um dos “S” corresponde a:

  • Seiri (Selecionar): defende a eliminação de itens obsoletos, quebrados ou inutilizáveis do espaço de trabalho
  • Seiton (Organização): a empresa deve organizar seus materiais, estabelecendo locais específicos para cada item e utilizando técnicas de sinalização para facilitar a identificação
  • Seiso (Limpeza): é fundamental manter o ambiente de trabalho limpo e higienizado, por meio de  uma rotina de limpeza para garantir a segurança, a saúde e o bem-estar
  • Seiketsu (Padronização): estabelece a padronização das práticas de organização e limpeza, por meio de regras claras, a fim de manter o ambiente organizado.
  • Shitsuke (Disciplina): manter a autodisciplina e o comprometimento contínuo com a metodologia 5S é o segredo para que a melhoria seja contínua.

Diagrama de Ishikawa

Também conhecido como diagrama “Espinha de Peixe”, nessa ferramenta de solução de problemas utilizam-se os 6Ms em resposta aos mais variados desafios.

O Diagrama de Ishikawa consiste em uma solução gráfica, em que o problema a ser resolvido é descrito em uma linha central, que seria a “coluna” do esqueleto do peixe.

Em cada “espinha”, são elencadas as possíveis causas, sempre relacionadas a:

  • Máquinas
  • Métodos
  • Materiais
  • Mão de Obra
  • Medição
  • Meio Ambiente.

Six Sigma

Já a metodologia Six Sigma vai muito além de uma ferramenta, já que se trata de uma solução completa para empresas que pretendem aumentar seus padrões de qualidade.

Ela se fundiu com a metodologia Lean Manufacturing, dando origem a um método ainda mais robusto: o Lean Six Sigma, usado para combater o desperdício e melhorar a qualidade em todos os sentidos.

Matriz GUT

Na Matriz GUT, os problemas são solucionados conforme sua gravidade.

Ao identificar os mais urgentes, a gestão pode atacar primeiro os que representam maiores riscos, deixando para depois aqueles que não são uma ameaça tão grande. 

GUT, no caso, significa Gravidade, Urgência e Tendência, com cada um desses itens podendo ser classificados de acordo com uma escala de intensidade.

Conclusão

A comparação entre DMAIC x PDCA é bastante comum, mas como vimos, há diferenças consideráveis entre essas ferramentas.

Não surpreende que as grandes empresas estejam o tempo todo procurando profissionais que saibam aplicá-las, tendo em vista que ambas tratam da melhoria contínua.

Chegou a sua chance de ser um deles.

Matricule-se nos cursos presenciais e EAD da EDTI e seja um profissional disputado no mercado de trabalho.

E para complementar esta leitura, confira o infográfico do roteiro DMAIC feito pelos especialistas da EDTI!

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