Os benefícios corporativos são uma maneira de a empresa dizer que se importa com o seu mais importante ativo, as pessoas.
Afinal, se pagar altos salários fosse tudo, os executivos brasileiros não seriam tão vulneráveis aos danos psicológicos causados pelo estresse, como mostra este estudo (em inglês).
Ou seja, em se tratando de bem-estar, todos estão igualmente expostos aos problemas causados pela falta de atenção e cuidado.
Oferecer benefícios é, nesse sentido, o melhor investimento, porque sinaliza uma postura atenta por parte do empregador.
Prosseguindo na leitura, você vai descobrir quais os tipos de benefícios as empresas de ponta oferecem e suas vantagens para empresas e colaboradores.
Vamos em frente?
O que são benefícios corporativos?
Benefícios corporativos são uma espécie de compensação oferecida pelas empresas aos seus empregados.
Em vez de remuneração extra, a instituição arca com certos custos comuns, como os que se destinam à saúde, educação e lazer.
Para as empresas, são vantajosos porque saem mais barato do que o pagamento em dinheiro, além de provocar outros efeitos positivos, que veremos mais adiante.
Considere como exemplo o valor de um plano de saúde.
As operadoras sempre cobram mais caro por planos individuais, em razão dos altos custos operacionais que precisam cobrir.
Por isso, planos em grupo são muito mais baratos, motivo pelo qual elas fazem convênios com empresas.
Portanto, os benefícios fazem valer o ditado “a união faz a força”, até porque o consumo em grupo é sempre vantajoso para todas as partes envolvidas.
Por que oferecer benefícios corporativos?
Como acabamos de ver, a primeira vantagem percebida ao oferecer benefícios é a economia que a empresa gera em sua folha de pagamento.
Outro bom motivo é ser uma maneira indireta de avaliar a performance dos colaboradores.
Afinal, é muito mais fácil ter o controle de quantas pessoas se ausentam por motivos de saúde, por exemplo, quando os empregados recorrem ao plano de saúde corporativo.
Não menos importante, é também uma forma de reduzir custos com afastamentos por problemas de saúde e psicológicos, além dos processos admissionais e demissionais.
Mas o principal motivo é a melhora nas condições de vida dos empregados, que rendem mais em suas funções e tendem a ficar mais tempo na empresa.
Quais os principais tipos de benefícios corporativos?
Existem diversas maneiras de conceder benefícios, dependendo do porte da empresa e do perfil de seus colaboradores.
Nas startups com uma pegada mais “cool”, por exemplo, é relativamente comum a empresa disponibilizar espaços onde as pessoas podem descansar e até jogar videogame ou sinuca.
Ou seja, dá para fazer muito mais do que o básico em matéria de benefícios, ainda que os formatos tradicionais continuem sendo muito desejados.
Veja então quais são os principais auxílios que as empresas costumam prestar e de que forma eles impactam positivamente na performance individual e coletiva.
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Benefícios obrigatórios e tradicionais
Inovar é sempre bom, mas quando se trata de conceder benefícios, certas práticas tradicionais não podem mudar.
Afinal, de pouco valeria a empresa contar com um salão de jogos se os seus colaboradores não tivessem nenhum tipo de assistência médica, por exemplo.
Cabe frisar que os benefícios considerados básicos podem ser extensivos aos familiares, o que é um atrativo a mais para colaboradores com famílias mais numerosas.
Um trabalhador pode se ausentar ou ter seu rendimento prejudicado não apenas por problemas pessoais, mas por dificuldades com seus entes mais próximos.
Confira abaixo como reduzir esse tipo de ocorrência, conhecendo alguns dos benefícios obrigatórios oferecidos pelas empresas.
Vale-transporte
Toda empresa é obrigada a custear o transporte dos seus empregados, como diz a Lei Nº 7.619/87.
Ela prevê a concessão do benefício voltado exclusivamente para cobrir os gastos com os deslocamentos casa-trabalho-casa.
Por outro lado, não estipula limites de distância tampouco valores mínimos ou máximos por trabalhador.
Essa é uma das razões que faz com que cada vez mais as empresas optem pelo regime part-time ou home office, considerando os altos custos com transporte.
Vale-refeição
Embora seja um benefício considerado básico, a alimentação não é obrigatória.
Por que, então, conceder esse benefício?
Lembremos que um dos objetivos em oferecer um auxílio é melhorar a qualidade de vida do empregado.
Um colaborador bem alimentado normalmente vai render mais no trabalho, além de evitar desenvolver problemas de saúde.
O vale-refeição, portanto, é uma forma de investir no seu bem-estar, garantindo que ele esteja satisfeito.
Algumas empresas optam por trabalhar com vales-supermercado, enquanto outras oferecem cestas básicas, conforme as preferências dos seus colaboradores.
Plano de saúde
Um trabalhador que fica doente representa um sério prejuízo porque, ao se ausentar, ele deixa de produzir.
Se não contar com assistência, o problema de saúde pode se agravar, prolongando o absenteísmo.
Com o tempo, essa ausência pode vir a se tornar um afastamento, que pode ser temporário ou permanente, nos casos mais graves.
Veja então como pode sair muito mais caro para a empresa não oferecer plano de saúde para os seus funcionários.
Não é um benefício obrigatório por lei, mas talvez nem precise ser, considerando sua importância para as pessoas e para os empregadores.
Benefícios opcionais e flexíveis
“A gente não quer só comida”, diz a canção dos Titãs.
Conceder benefícios básicos é bom, mas eles ficam ainda melhores quando a empresa complementa com outros tipos de serviços.
O bem-estar do trabalhador depende de uma série de fatores, indo muito além da assistência médica, transporte e alimentação.
Confira a seguir outros auxílios que você pode dar para seus empregados e de que forma eles podem impactar positivamente no seu rendimento.
Seguro
Os problemas familiares e pessoais não se restringem aos de saúde.
Um acidente, por exemplo, pode causar danos em longo prazo e até incapacitar uma pessoa para o trabalho.
Em certos casos, a empresa até acaba tendo que arcar com tratamentos e cobertura médica, mesmo que não seja obrigada a isso.
Uma maneira de pelo menos assegurar a assistência necessária para o trabalhador é oferecer algum tipo de seguro, que pode ser de vida, contra acidentes ou patrimonial.
Vale-combustível
Dependendo das funções exercidas, pode ser que o trabalhador tenha que usar seu veículo ou o da empresa para trabalhar.
Nesse caso, as viagens constantes geram um custo com combustível que tende a ser elevado.
Não seria nada justo deixar por conta do colaborador a cobertura desse gasto, por isso, as empresas que operam com frotas costumam oferecer o auxílio combustível.
É também uma maneira de manter os gastos com os transportes sob controle, já que é possível monitorar os abastecimentos individualmente.
Vale-cultura
Há também as empresas que, por sua ligação com setores como o do entretenimento, artes e espetáculos, oferecem descontos e entradas grátis em eventos culturais.
Algumas preferem instituir o vale-cultura, um benefício cumulativo ao qual as empresas podem aderir pelo sistema Vale-Cultura, do Ministério do Turismo.
Consiste em um cartão igual aos de crédito e débito, no qual o trabalhador recebe mensalmente um valor de R$ 50 para ser usado em atividades culturais como teatro, cinema e shows.
Convênios
Há também as empresas que, aproveitando a sua localização, fecham parcerias com o comércio e estabelecimentos locais em benefício de seus empregados.
Assim, eles passam a ter direito a descontos ao comprar em lojas, supermercados e ao matricular-se em academias.
É bom para essas empresas, pois é uma forma de atrair um público consumidor com alto potencial de fidelização.
Para as empresas que fecham essas parcerias, é uma forma ainda mais econômica de oferecer benefícios, já que normalmente não implicam gastos.
Flexibilidade de horários
Como mostra uma pesquisa publicada na Exame, 69% dos trabalhadores preferem horários flexíveis e home office, enquanto apenas 36% optariam por salários maiores se tivessem que escolher um ou outro.
Essa é outra forma de conceder benefícios com custo zero e alta possibilidade de retorno para a empresa.
Afinal, ao trabalhar no regime preferido, as pessoas tendem a render mais, e assim a satisfação aumenta.
Embora isso não seja uma regra, em geral é mais eficaz do que exercer controles rígidos (ou até opressores) no ambiente de trabalho.
Auxílio odontológico
Uma pesquisa do IBGE revela que apenas 12,9% dos brasileiros têm plano odontológico.
Lembre-se que um problema de saúde bucal pode afastar uma pessoa do trabalho da mesma forma que uma doença grave.
Assim, oferecer auxílio odontológico é uma forma de manter sua produtividade e de se destacar no mercado, tendo em vista a baixa proporção de pessoas que contam com esse tipo de assistência.
Isso sem contar que um sorriso bonito é sempre um ótimo cartão de visitas individual e, por extensão, para a sua marca.
Como fazer a gestão de benefícios corporativos?
A concessão de benefícios deve ser tratada como um investimento.
Dessa forma, é necessário cuidar da gestão desse ativo, da mesma forma que fazemos quando investimos na bolsa ou em uma aplicação.
Existem profissionais especializados nisso, que podem ser contratados para trabalhar nos setores de Recursos Humanos.
Nas empresas mais estruturadas, há até setores independentes, dedicados só a esse tipo de gestão.
Basicamente, o que ela faz é monitorar os custos mensais com benefícios, o volume de utilizadores e os impactos gerados na performance, quando passíveis de análise.
Vantagens da capacitação e treinamento como benefícios corporativos
Todos os benefícios que vimos funcionam como uma espécie de investimento preventivo, embora também gerem retorno indireto.
Nesse sentido, há um tipo de benefício que não apenas melhora o bem-estar dos colaboradores, como produz resultados concretos, que é o treinamento e a capacitação.
É um investimento que a empresa faz nos empregados, que adquirem novas competências, mas sobretudo no negócio em si, tendo em vista a melhora geral na performance.
Confira abaixo o que o seu negócio pode ganhar quando conta com pessoas mais preparadas para exercer suas funções.
Aumento da produtividade
Imagine que, em uma linha de montagem, João e José sabem como aparafusar placas.
A diferença é que José conhece uma técnica com a qual pode fazer o mesmo trabalho cinco vezes mais rápido.
Nem precisamos fazer contas para saber quem vai produzir mais, certo?
Esse exemplo simples ilustra um dos benefícios diretos de investir em treinamento como benefício, que é o aumento da produtividade.
Isso para não falar do aumento da motivação, que também pode levar a produzir mais e melhor.
Mais motivação
Claro que, trabalhando ao lado de João, José vai se sentir muito mais motivado, ao perceber que é mais produtivo porque sabe mais.
Mas João não precisa se sentir desmotivado com isso, se a empresa oferecer a ele o mesmo treinamento ao qual José teve acesso.
Ou seja, ao treinar e desenvolver as pessoas, a empresa pode recuperar aquele talento que andava perdido por falta de orientação.
Ela pode também criar um clima saudável de aprendizado, no qual os trabalhadores se habituam a adquirir cada vez mais conhecimento.
Melhora do clima organizacional
Para o filósofo grego Sócrates, a ignorância é o único mal, enquanto saber é o único bem.
No ambiente corporativo e empresarial, a falta de conhecimento costuma cobrar caro, refletindo-se em problemas de qualidade, desorganização, comunicação ineficiente e acidentes.
Do contrário, quando o ambiente é propício para a disseminação do saber, a tendência é que haja uma melhora no clima.
As pessoas se sentem menos inseguras, pois sabem que estão cercadas por gente esclarecida e disposta a transmitir o que sabe sem constrangimentos.
Custo-benefício
A partir dos exemplos que vimos, investir em benefícios não deve ser tratado como um gasto, mas como um investimento.
A empresa investe, ao reduzir despesas que poderiam ser muito maiores sem um programa de benefícios.
Tem retorno com o aumento da produtividade, motivação e engajamento por parte dos empregados.
É portanto uma excelente relação custo-benefício, se considerarmos que ela tende a receber muito mais por aquilo que está pagando no longo prazo.
Redução do turnover
A rotatividade dos empregados é um desafio constante e que, em certas empresas, pode se tornar um verdadeiro gargalo de produção.
Quanto mais frequente é a troca de funcionários, pior tende a ser o clima, já que se cria a percepção interna de que a empresa não é um bom lugar para trabalhar.
Isso para não falar dos dispendiosos processos admissionais e demissionais, que consomem dinheiro e, principalmente, tempo.
Quando a empresa valoriza as pessoas por meio dos benefícios, ela dá um passo decisivo para interromper esse ciclo, retendo os talentos.
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Conclusão
Os benefícios corporativos são também como um atalho.
Eles encurtam a distância entre os resultados que se espera daqueles que a empresa está obtendo sem uma política voltada aos seus colaboradores.
Vimos neste texto que um desses benefícios, o treinamento, é especialmente vantajoso porque gera resultados diretos.
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Então, não parece uma boa ideia investir em benefícios?