Entender o que é brainstorming e como ele pode influenciar nas instituições de saúde é o primeiro passo para desenvolver ideias inovadoras e bem-sucedidas. Para tanto, é preciso técnica, pessoas de diferentes segmentos, perguntas e muita colaboração dos envolvidos.
Originalmente idealizada no mundo corporativo, essa técnica possibilita uma abordagem diferenciada para os problemas clínicos, financeiros e, principalmente, gerenciais no ambiente de saúde.
Quando bem supervisionado e direcionado aos problemas existentes, o brainstorming é uma alternativa interessante para elaborar soluções criativas e eficientes, justamente porque foge do lugar-comum e abarca em novas possibilidades de mudanças.
Então, quer entender melhor o que é brainstorming e como ele pode ser realizado na área de saúde? Acompanhe o nosso post de hoje e confira!
Em que consiste o brainstorming?
Grosso modo, o termo brainstorming significa “tempestade cerebral”, e consiste em apresentar várias ideias para solucionar um problema por meio de grupos de discussão.
A grande inovação desse método é que ele permite colher sugestões, dicas e soluções de um número maior de pessoas, o que contribui para a efetividade das ações. Afinal, uma medida estratégica advinda coercitivamente das hierarquias mais altas pode ser centralizadora e não refletir a praticidade da situação.
Nesse sentido, a opinião de funcionários que trabalham no nível operacional pode ser bastante proveitosa, porque refletirá no ambiente real da prestação de serviços. E a integração dos colaboradores com opiniões e vivências corporativas diferentes são fatores que enriquecem o processo.
Além disso, ao inserir o brainstorming como estratégia inspiradora, os gestores estarão abertos às novas ideias e formulações, diminuindo, assim, os muros hierárquicos e aumentando a horizontalização do seu organograma.
Por que inserir o brainstorming?
Sabemos que uma instituição de saúde carece de equilíbrio financeiro, administrativo e clínico. Nesse contexto, para garantir a sustentabilidade da empresa é importante elaborar projetos empreendedores em seus métodos e eficazes financeiramente.
Além disso, os profissionais que ali trabalham são especializados em um tipo de atividade. Com isso, acabam se tornando limitados quando o assunto é gestão de projetos. Ao passo que existem funcionários motivados que apresentam argumentos diferentes, mas que não são compartilhados.
Esse cenário pode diminuir a demanda por serviços, influenciar negativamente o clima organizacional e afetar a qualidade da assistência clínica. Do contrário, partindo de ideias compartilhadas entre colaboradores, as soluções gerenciais podem ser mais eficazes e duradouras, melhorando a situação dessas empresas.
Como realizar o brainstorming?
O método é feito da seguinte maneira: as pessoas se reúnem em torno de um problema e discutem suas possíveis soluções. E é essencial a participação de um moderador para conduzir o método de forma eficiente.
Como se trata de uma “chuva de pensamentos” é importante organizá-los e direcioná-los ao propósito solicitado. Assim, aos gestores e moderadores cabe à função de inspirar os participantes por meio de filmes, indicação de livros ou artigos sobre o assunto.
E a inspiração também pode vir de uma situação-problema: nesse caso, é relatada uma história com as adversidades a serem trabalhadas para que os integrantes do processo analisem a situação e proponham mudanças.
Para os gestores em saúde, como se trata de algo novo para esse segmento, é importante contextualizar o método. Para isso, o indicado é selecionar entre 5 a 10 integrantes que ocupam cargos estratégicos e operacionais e deixar que todos opinem de forma organizada e coerente.
Em seguida, programar as atividades reservando um horário para o acontecimento, explicando as condutas e colhendo todas as informações pertinentes. E aqui, a partir de uma pergunta-chave já é possível explorar todas as nuances do processo.
Mas não se devem esgotar todas as possibilidades em apenas uma sessão, pois o cansaço mental pode afetar a produtividade. Inclusive, para otimizar todo o processo e diminuir as distrações, algumas empresas optar por realizá-lo em lugares situados fora do ambiente de trabalho.
Como aplicar o brainstorming na saúde?
Conhecendo a técnica, é hora de formular adequadamente o problema a ser discutido. E, para isso, serão abordadas duas situações no ambiente de saúde: humanização e gerenciamento de processos.
A humanização é um processo clínico que tende a avaliar o paciente conforme as suas necessidades biopsicossociais, promovendo um acolhimento adequado. Nesse caso, uma pergunta questionadora para o brainstorming seria: “como implantar a humanização ao paciente internado no meu hospital?”.
A partir dessa indagação, serão selecionados os funcionários com formações distintas — tais como enfermagem, assistência social, medicina, atendimento (recepção), diretoria administrativa, dentre outros. Em seguida, todos farão uma reflexão sobre o tema e vão elaborar propostas para implantar a humanização até construírem um consenso.
Já para o gerenciamento de projetos, é importante envolver outras áreas além das já mencionadas anteriormente: diretoria financeira e suporte de informática (no sentido de mensurar os riscos, calcular o custo e analisar a área física destinada a empreendimento).
Quais são os resultados esperados?
Os benefícios do brainstorming podem ser avaliados no aspecto individual, clínico, financeiro e institucional. E em cada um deles é possível ver mudanças significativas e duradouras.
Quanto ao aspecto individual, o resultado esperado se refere ao incentivo de ideias inovadoras, a valorização do funcionário e a melhoria do clima organizacional. Afinal, todas as propostas sobre uma situação são analisadas sem menosprezar o tipo de raciocínio de cada um.
No âmbito clínico, serão percebidos os maiores benefícios, que podem estar relacionados a atendimento, às mudanças nas condutas diagnósticas, à inserção de novos serviços e à utilização de recursos tecnológicos mais avançados, dentre outros.
Já no aspecto financeiro, as mudanças podem resultar em redução de custos, otimização dos recursos disponíveis, fechamento de serviços inoperantes ou abertura de novas frentes de trabalho.
Por fim, para o cenário institucional são percebidas alterações nas condutas clínicas e administrativas, e despertares para novas oportunidades de melhorias assistenciais e corporativas — afinal, toda a sua capacidade criativa é aflorada.
Como vimos, o brainstorming é mesmo um processo inovador, e que tende a inspirar os gestores para novas frentes de trabalho. A metodologia trabalha com elaboração de ideias para resolução de um problema, levando em consideração diversos colaboradores, além da organização e condução de um moderador.
E, apesar de inicialmente implantado no mundo corporativo, o método pode ser extrapolado até para as instituições de saúde. Nesse caso, é importante valorizar as decisões relacionadas aos novos tipos de assistência clínica conciliando com os objetivos da empresa.
E então, entendeu mesmo o que é brainstorming? Achou interessante aplicar em uma instituição de saúde? Ainda tem dúvidas sobre o tema? Deixe um comentário e divida sua opinião com a gente!