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Por que a crise é um momento propício para pensar em melhorias?

Pensar em melhorias durante uma crise econômica pode ser uma atividade que demanda bastante esforço e estudo, mas que vale a pena ser realizada devido aos resultados positivos que gera para a organização no longo prazo. Embora a crise seja associada a um cenário de recessão na economia, também pode ser caracterizada como um ambiente de oportunidades e, em alguns casos, de disrupção em vários segmentos de mercado. Se a empresa possui ou não uma cultura de melhoria, a crise pode ser um momento propício para a reavaliação ou a implantação dessa política, respectivamente.

Período de readequação na economia

A crise é um tempo de ajustes profundos no cenário econômico. Se em épocas favoráveis o crédito facilitado e o crescimento do consumo podiam atenuar eventuais gargalos na produção ou na execução de serviços das organizações, no ambiente de recessão as falhas ficam mais visíveis e dificultam a sustentação da empresa. Devido ao contexto de instabilidade, as organizações precisam dar respostas rápidas ao mercado, diante das mudanças nos fatores de produção. De modo geral, a crise funciona como uma espécie de peneira, que seleciona as organizações mais resilientes às turbulências em detrimento das menos preparadas.

Pensar em melhorias na crise é oportuno

Você talvez soube do alto número de recuperações judiciais de empresas no Brasil durante a crise, principalmente, entre 2015 e 2016. Para evitar situações extremas, como essas, as organizações devem aproveitar às condições oferecidas pela própria crise para poder superar esse momento ruim na economia. Afinal, na crise, os stakeholders (públicos estratégicos) estão mais propensos a contribuir com a melhoria da empresa, já que a crise traz prejuízos para quase todas as partes interessadas no negócio. Logo, em momentos de recessão econômica há mais condições para se realizar mudanças profundas dentro das empresas, até porque, caso contrário, há riscos de falência.

Na crise, a organização é instigada pelo cenário econômico a fazer ajustes e, em alguns casos, uma completa reestruturação no negócio. Para fazer uma ruptura com modelos de gestão ultrapassados, a empresa pode começar a implantar uma política de melhoria contínua nos processos, por exemplo, com o uso da metodologia Six Sigma. Nesse sentido, ao se rever tarefas, matérias-primas, utilização da mão de obra etc., é possível cortar desperdícios e aumentar a produtividade. Também é muito importante criar um ambiente interno favorável à melhoria, por exemplo, ao se abrir canais de sugestões e se ter a documentação das ideias apontadas, bem como o monitoramento das sugestões em fase de testes. Dessa forma, a empresa também pode estimular a inovação, que é tão necessária para a sobrevivência do negócio no longo prazo.

Os riscos de não se fazer melhorias na crise

Como você deve saber, crises são cíclicas na economia. Ainda assim, organizações que já vivenciaram e sobreviveram muitos momentos de turbulências, mas sem fazer muitas melhorias, podem fragilizar a resistência do negócio. Quando a empresa não tem um planejamento para lidar com situações desfavoráveis, como uma crise econômica, corre o risco de ser pega de surpresa com mudanças bruscas no mercado. Afinal, após a retomada do crescimento da economia, é comum haver uma readequação de forças no mundo empresarial. Nesse sentido, empresas menos resilientes às turbulências podem perder vantagens competitivas durante a crise, ainda mais, se não monitoram os próprios indicadores de desempenho, como os de qualidade.

Quando a empresa não faz uma reflexão sobre a própria prática profissional e não estimula a cultura de melhoria, pode abrir espaço para a decadência. Afinal, o risco da omissão pode ser fatal, ainda mais em um contexto de profundas mudanças tecnológicas. Já quando a empresa se abre para pensar em melhorias na crise, cria as bases para se manter firme e se desenvolver no próximo ciclo de crescimento econômico. Por isso, o investimento em melhoria, seja por meio do treinamento dos profissionais, do aperfeiçoamento de processos, da redução de desperdícios etc., é uma iniciativa valiosa para a organização superar as turbulências na economia e não perder participação de mercado.

A empresa onde você trabalha costuma pensar em melhorias mesmo durante a crise? Há alguma mudança de postura diante de um cenário econômico desafiador? Compartilhe sua experiência nos comentários aqui do blog. Não deixe de participar!

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1 comentário em “Por que a crise é um momento propício para pensar em melhorias?”

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