Se dados são “o novo petróleo”, a inteligência analítica pode ser comparada à broca que perfura o solo até chegar a esse petróleo, afinal, trata-se de uma ferramenta que possibilita o bom uso dos dados na empresa.
Esse é um dos tipos de inteligência identificados na Teoria Triárquica da Inteligência de Sternberg e uma das mais difíceis de ser desenvolvida.
Mesmo os indivíduos que têm a inteligência analítica como dom precisam de muita prática para direcioná-la corretamente na vida profissional.
Portanto, quem tem esse tipo de inteligência deve valorizá-la, já que é crescente o número de empresas em busca desse perfil raro, ligado à ciência de dados.
Tanto é que, entre 2020 e 2021, a quantidade de empresas que têm em seus quadros 50 cientistas de dados ou mais passou de 30% para 60% (informações em inglês).
Mas por que a capacidade de analisar dados é tão importante assim?
Qual diferença isso faz para as empresas em geral?
A resposta para essas e outras questões você vai saber lendo este texto até o fim.
Veja como desenvolver sua inteligência analítica e como entrar nesse mercado seleto de profissionais.
O que é inteligência analítica?
Inteligência analítica é uma das capacidades que uma inteligência pode desenvolver, conforme a Teoria Triárquica da Inteligência.
De acordo com a proposição do psicólogo e professor da Universidade de Yale Robert Sternberg, uma pessoa é mais ou menos inteligente conforme a sua capacidade de processar certos estímulos.
Esses estímulos podem vir do mundo exterior à pessoa, da sua experiência ou de dentro dela própria.
No caso da inteligência analítica, é um tipo de inteligência de dados usada para analisar problemas, identificando suas partes para encontrar suas origens e possíveis soluções.
Assim, uma pessoa inteligente na parte analítica é capaz de manipular quase todo tipo de contratempo ou obstáculo, criando correlações a partir da sua leitura.
Pessoas com essa inteligência desenvolvida têm grande vantagem na carreira porque são mais preparadas para dar respostas efetivas até nos momentos mais críticos.
Não surpreende, portanto, que a demanda por profissionais da área de dados esteja aumentando a um ritmo frenético: quase 500% de um ano para outro.
Qual a importância da inteligência analítica?
O petróleo só tem valor depois que é retirado das reservas naturais e processado para dar origem a produtos e insumos de valor agregado.
Assim também acontece com os dados, que só fazem sentido depois que recebem o devido tratamento e análise.
Isso pode ser feito com ferramentas de analytics capazes de decodificá-los, combiná-los e de estabelecer correlações onde parece haver apenas um monte de números.
Mas a máquina não faz o trabalho sozinha.
Será sempre preciso um ser humano para operá-la, direcionando seus recursos.
Nesse contexto, típico da Indústria 4.0 e da Transformação Digital, pensar analiticamente é praticamente obrigatório.
As empresas precisam cada vez mais de pessoas capazes de solucionar problemas complexos e não só de operadores de máquinas, ainda que essa função continue sendo necessária.
Como usar a inteligência analítica nos negócios?
O termo maturidade digital é usado para designar o quanto uma empresa está preparada para ser data driven em suas atividades.
Em outras palavras: no contexto do Big Data, as empresas cujos líderes são orientados por dados em suas decisões levam grande vantagem.
Logo, quem estiver mais capacitado para isso, sai na frente da concorrência.
A inteligência analítica é, nesse caso, o “fiel da balança”, já que é a partir dela que dados complexos podem começar a ser estruturados.
É quase como um “feeling”, uma espécie de intuição que certas pessoas desenvolvem, uma percepção mais aguçada para ver nos dados relações que ninguém mais vê.
Claro que, nos negócios, essa é uma habilidade das mais valorizadas, por ter grande utilidade para a solução dos mais variados problemas.
Na indústria, por exemplo, a inteligência analítica faz toda a diferença quando se buscam respostas para os desafios típicos do chão de fábrica.
É por ela que os gestores industriais podem elaborar estratégias mais eficazes para operar conforme a produção puxada, na qual a demanda dita o ritmo das linhas de montagem.
Qual a relação entre Big Data e inteligência analítica?
Como já contamos por aqui, Big Data é o termo usado para se referir ao gigantesco volume de dados gerado pelas atividades humanas no ambiente digital e online.
Para aproveitá-lo, as empresas precisam de uma capacidade de processamento compatível, além de ferramentas digitais de última geração e, principalmente, de profissionais qualificados.
É aqui que as pessoas com a inteligência analítica desenvolvida se destacam, já que são elas as operadoras das ferramentas que dão vida aos dados extraídos do Big Data.
A capacidade de enxergar correlações é, nesse contexto, um grande diferencial competitivo, antecipando o trabalho a ser feito pelas máquinas.
Embora os softwares façam o trabalho mais difícil, é o ser humano que decide quais dados deverão ser tratados por esses programas e como isso deve ser feito.
Para que essa escolha seja precisa, é necessário ter um grande preparo e comprovar capacidade para solucionar os problemas mais complexos.
Dessa forma, Big Data e inteligência analítica têm uma relação estreita, na qual a primeira depende da segunda para ser aproveitada.
Como é o curso tecnólogo de Big Data e Inteligência Analítica?
Atuar com desenvoltura em um cenário que demanda muita maturidade digital e uso intensivo da tecnologia é por si só um tremendo desafio.
Para começar, o aproveitamento do Big Data depende da alta capacidade de armazenamento e gestão de dados e toda uma infraestrutura por trás disso.
Também exige conhecimentos avançados de métodos estatísticos e técnicas de data mining, já que os dados precisam ser extraídos de algum lugar.
Isso para não falar da habilidade em analisar dados em grandes volumes, de modo a estabelecer relações entre eles.
Essas e outras competências podem ser trabalhadas em um curso no nível de tecnólogo em Big Data e Inteligência Analítica.
Entre as vantagens dessa modalidade de graduação estão o menor tempo de curso, por volta de dois anos, e os valores das mensalidades, mais acessíveis principalmente nos cursos EAD.
O que faz um profissional de Big Data e inteligência analítica?
Um profissional de Big Data e inteligência analítica trabalha diretamente com dados, processando e administrando grandes volumes de informações.
Eles aplicam a inteligência artificial aos negócios, utilizando análises automatizadas e inteligência de dados.
O objetivo é extrair insights e informações relevantes para a tomada de decisões estratégicas.
Devem ser capazes de analisar dados usando ferramentas estatísticas e matemáticas para encontrar padrões, identificar tendências e prever o comportamento futuro de clientes e de colaboradores.
Também precisa saber desenvolver modelos de dados complexos que possam ser usados para antecipar tendências e mapear mercados.
Não menos importante, o profissional de BD/IA deve saber comunicar os resultados da análise de dados com clareza, para que possam ser facilmente compreendidos até por aqueles que não têm formação técnica em dados.
O curso de Big Data e Inteligência Analítica vale a pena?
Sim, vale muito a pena, se considerarmos a relação custo-benefício.
Trata-se de um curso que pode ser concluído em dois anos, ou seja, metade do tempo de uma graduação convencional.
Depois disso, você estará competindo por salários atrativos, com valores acima até da média de cargos na área de engenharia.
Veja, por exemplo, a tabela do site Educa Mais com as faixas salariais para cada estágio dessa carreira:
PORTE DA EMPRESA | SALÁRIO MÉDIO | ||||
Trainee | Junior | Pleno | Senior | Master | |
Grande Empresa | R$ 4.069,04 | R$ 5.086,30 | R$ 6.357,88 | R$ 7.947,35 | R$ 9.934,19 |
Média Empresa | R$ 3.130,03 | R$ 3.912,54 | R$ 4.890,68 | R$ 6.113,35 | R$ 7.641,69 |
Pequena Empresa | R$ 2.407,72 | R$ 3.009,65 | R$ 3.762,06 | R$ 4.702,58 | R$ 5.878,23 |
Como aprender mais sobre inteligência analítica?
Ainda que os cursos de tecnólogo em Big Data sejam rápidos, eles continuam a demandar tempo e investimento.
Em certos casos, pode ser que um curso livre seja a melhor escolha para quem quer entrar nessa carreira, que deve seguir em alta nos próximos anos.
Os da Escola EDTI são indicados por dar aos seus alunos as competências essenciais para trabalhar com dados.
No curso de Boxplot, por exemplo, os alunos são capacitados para utilizar esse recurso gráfico na elucidação de dados, expandindo seu poder de síntese e análise.
Outro curso bastante indicado para quem trabalha ou pretende trabalhar com dados é o SCRUM – Princípios e Práticas, em que você aprenderá os fundamentos das metodologias ágeis.
Conclusão
A inteligência analítica é sem dúvida um grande plus no perfil profissional.
Para colher os benefícios de contar com esse atributo, é necessário mostrar resultados que demandam muito preparo e o domínio das ferramentas certas.
A EDTI prepara você para desafios como esses, em cursos Green Belt e Black Belt presenciais.