A história da qualidade está diretamente relacionada à evolução da indústria a partir da primeira metade do século 20.
Foi nesse período, mais ou menos entre os anos 1920 e 1930, que começaram a surgir nos parques industriais os primeiros especialistas no assunto.
Desde então, o conceito de qualidade só fez evoluir, até chegar ao ponto de ser tratado como um verdadeiro ativo estratégico.
Ou seja, sem gestão da qualidade, uma empresa se coloca em uma posição arriscada, na qual se sujeita a ser superada pelos concorrentes.
E você, pretende trabalhar com qualidade ou tem interesse no assunto?
Então não deixe de ler este resumo histórico!
Quando começou a história da qualidade?
Os primeiros registros de métodos consistentes de controle da qualidade datam dos anos 1920.
Foi nessa época que Walter Andrew Shewhart introduziu técnicas estatísticas de controle em substituição ao trabalhoso método de avaliação produto por produto.
Contudo, foi somente depois da Segunda Guerra Mundial que a qualidade ganhou impulso, principalmente por causa dos japoneses.
Depois do fim do conflito, eles precisaram reerguer um país devastado, endividado e dependente de importações para abastecer o mercado interno.
A partir disso, começaram a ser instituídas as primeiras metodologias, como a produção enxuta (Lean) e o consagrado modo de produção toyotista.
Outro grande marco na história da qualidade no pós-guerra foi a fundação da Organização Internacional para Padronização (ISO), em Londres.
Desde então, ela se tornou a principal referência em qualidade no mundo, por meio da chancela ISO 9001, não por acaso tratada como um verdadeiro símbolo de qualidade.
Como surgiu a gestão da qualidade
Uma vez que se faz necessário implementar métodos para aprimorar a qualidade de produtos e serviços, consequentemente é preciso desenvolver também formas de gerir a qualidade.
Mais uma vez, os japoneses, em parceria com os norte-americanos, tiveram grande responsabilidade na evolução desse segmento.
De certa forma, a gestão da qualidade é uma forma de qualificar os próprios métodos e padrões de qualidade.
Esse pensamento norteou a indústria japonesa a partir do pós-guerra, levando-os a um padrão de excelência sem precedentes.
Assim surgiram a já destacada metodologia Lean e conceitos como just-in-time (produção sob demanda) e ferramentas como 5S e Diagrama de Ishikawa, entre outras.
A evolução da qualidade na história
A propósito, a trajetória da metodologia Lean se confunde com a da própria indústria de transformação.
Uma das razões para isso é a forma como os japoneses entendem o processo de precificação, que segue uma lógica inversa à dos países ocidentais.
Enquanto no Ocidente, o preço de um produto é o resultado da soma do seu custo de produção com a margem de lucro, no Japão essa equação se inverte.
Para os japoneses, o custo é que resulta do preço de venda, menos a margem de lucro.
Sendo assim, o preço é o ponto de partida, pautando os processos produtivos, que têm como objetivo a máxima redução de custos e desperdício.
Cabe ressaltar que, nesse contexto, a ISO teve e continua a ter um papel fundamental.
Ela é até hoje a maior entidade normativa da qualidade, principalmente a partir de 1987, quando criou o padrão ISO 9000.
Nomes importantes na história da qualidade
A qualidade como conhecemos hoje não existiria se não fosse o trabalho incansável de profissionais brilhantes e abnegados.
Conheça a seguir um pouco da trajetória de três deles:
Walter Andrew Shewhart
De certa forma, Walter Andrew Shewhart pode ser considerado o “pai” da qualidade nas empresas, já que foi um dos pioneiros na utilização de métodos estatísticos de controle.
Sua principal contribuição, como vimos, foi eliminar a inspeção produto por produto, que se tornou inviável com a produção em larga escala.
William Edwards Deming
O Japão não teria tido tanto sucesso no processo de recuperação no pós-guerra sem a participação ativa de William Edwards Deming.
Ele é o autor da famosa frase: “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia”.
Também é o cocriador da ferramenta Ciclo PDCA de controle de qualidade, assim como dos 14 princípios para alcançar a qualidade total.
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Kaoru Ishikawa
William Deming foi importante, mas sem Kaoru Ishikawa, o Japão certamente levaria mais tempo para sair do atraso a partir dos anos 1940.
Ele é um dos mentores do modelo toyotista, que os anos provaram tratar-se de um método de fabricação mais eficiente do que o fordista, hegemônico até meados do século 20 na indústria automotiva e de outros segmentos.
Conclusão
A história da qualidade continua sendo escrita, e hoje não há empresa de sucesso que não conte com pelo menos um método de gestão nesse sentido.
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