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Engenharia Florestal: curso, mercado, salário e onde trabalhar

Sustentabilidade é um conceito em alta e, nesse embalo, cursos como o de Engenharia Florestal ganham ainda mais projeção no mercado.

A área vem conquistando tamanha relevância que é apontada em um estudo da ONU (em inglês) como uma solução para a pobreza, por meio do manejo sustentável.

Trabalho não deve faltar para quem se formar nesse curso nos próximos anos.

Porém, como em todo curso de engenharia, na área florestal não basta apenas se graduar, é preciso se especializar.

Além disso, ter um olhar atento ao mercado e suas demandas faz toda a diferença nessa carreira repleta de desafios.

Leia este artigo até o fim para saber mais sobre isso!

engenharia florestal

O que é Engenharia Florestal?

Houve um tempo em que a Engenharia Florestal concentrava-se em atividades extrativistas, sobretudo a produção de carvão vegetal e de madeira.

Embora essas indústrias ainda existam, hoje o engenheiro da área também se dedica a outros tipos de projetos.

Afinal, a própria sobrevivência da espécie humana depende da preservação dos biomas e das florestas.

Assim, a Engenharia Florestal passou a ser um segmento estratégico no sentido de garantir a exploração sustentável dos recursos silvícolas.

Engenharia Ambiental x Engenharia Florestal

Em razão do aumento da importância do manejo sustentável, o curso de Engenharia Florestal passou a “beber” na mesma fonte de uma outra engenharia: a Ambiental.

Contudo, são cursos bem diferentes, tanto em seus objetivos acadêmicos quanto na estrutura curricular.

No curso de Engenharia Ambiental, o futuro especialista lida com questões como tratamento de efluentes e de resíduos sólidos e químicos, entre outros.

Logo, ele é mais voltado a processos industriais do que ao tratamento das florestas, sendo essa a diferença marcante em relação à Engenharia Florestal.

O que se estuda no curso de Engenharia Florestal?

Assim como em outros cursos de engenharia, na Florestal a duração mínima é de cinco anos ou 10 períodos.

No decorrer da formação, o futuro profissional tem contato com uma série de disciplinas que vão qualificá-lo para liderar projetos em empresas ligadas ao setor silvícola.

Naturalmente, muitas delas versam sobre a madeira e suas diferentes formas de extração, tratamento e reposição na natureza.

Também são abordadas disciplinas envolvendo cálculo, a fim de capacitar o engenheiro em formação para planejar e gerir projetos com diferentes objetivos e dimensões. 

Grade curricular em Engenharia Florestal

A grade curricular do curso de Engenharia Florestal é bastante heterogênea, apesar da predominância de disciplinas relacionadas ao estudo das árvores e vegetais.

Confira abaixo algumas das matérias lecionadas nos principais cursos do Brasil:

  • Bioquímica Vegetal
  • Cálculo
  • Desenho Técnico Digital
  • Geologia Aplicada à Engenharia Florestal
  • Introdução à Engenharia Florestal
  • Morfologia Vegetal 
  • Química Analítica 
  • Introdução à Bioestatística Florestal 
  • Dendrologia e Biologia da Madeira
  • Botânica Sistemática Florestal
  • Fisiologia das Árvores
  • Botânica Sistemática Florestal
  • Bioquímica
  • Física do Ambiente Agrícola 
  • Topografia e Geoprocessamento
  • Microbiologia 
  • Biologia Celular
  • Química e Fertilidade do Solo
  • Geologia Aplicada a Solos
  • Física do Solo 
  • Anatomia e Identificação da Madeira
  • Fertilidade Do Solo
  • Fundamentos de Ecologia Florestal
  • Genética Geral
  • Política Florestal
  • Química da Madeira
  • Economia e Mercado Florestal
  • Incêndios Florestais
  • Manejo Florestal
  • Paisagismo e Arborização.

O que faz um Engenheiro Florestal?

As funções de um engenheiro florestal estão previstas na Resolução nº 218 de 1973, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).

Ainda que seja um documento publicado há meio século, ele permanece atual nas suas diretrizes principais, segundo as quais cabe a esse profissional, conforme o artigo 10º:

“O desempenho das atividades 1 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a engenharia rural; construções para fins florestais e suas instalações complementares, silvimetria e inventário florestal; melhoramento florestal; recursos naturais renováveis; ecologia, climatologia, defesa sanitária florestal; produtos florestais, sua tecnologia e sua industrialização; edafologia; processos de utilização de solo e de floresta; ordenamento e manejo florestal; mecanização na floresta; implementos florestais; economia e crédito rural para fins florestais; seus serviços afins e correlatos”.

Mercado de trabalho para Engenharia Florestal

Em um país como o Brasil, em que estão localizadas as maiores e mais importantes reservas florestais do mundo, certamente não falta mercado para um engenheiro florestal.

As oportunidades estão concentradas em empresas do setor extrativista, nas quais o especialista pode exercer funções ligadas ao manejo e logística ou prestar apoio técnico.

Há também diversos postos em ONGs e empresas ligadas ao terceiro setor, nas quais o engenheiro florestal pode atuar como consultor, entre outras funções.

Isso sem contar as muitas vagas abertas anualmente no setor público, em que diversos cargos concursados são preenchidos por pessoas com essa formação.

Aprenda neste e-book como ser proativo no trabalho e decole sua carreira!

Quais as áreas de atuação?

O manejo de florestas é uma área ampla, na qual o especialista pode seguir uma grande variedade de subespecialidades.

Confira na sequência algumas delas e a que tipo de atividades cada uma se dedica.

Silvicultura

A ciência do cultivo de florestas é o principal nicho de mercado em que atua boa parte dos formados em Engenharia Florestal.

Como vimos, a sustentabilidade está em voga e, por isso, é crescente o cultivo de florestas de manejo sustentável, ou seja, plantadas exclusivamente para fins industriais e comerciais.

De certa forma, a silvicultura tem também uma relação direta com o agronegócio, já que é preciso cuidar do solo e do controle de pragas, além da produção e distribuição de madeira.

Manejo Florestal

O termo manejo florestal se refere a todas as práticas com as quais os recursos de uma floresta são extraídos, processados e renovados.

Essa é a essência do trabalho de um engenheiro florestal, cuja responsabilidade é assegurar a continuidade das atividades extrativistas com o mínimo de impacto ambiental.

Portanto, é sua atribuição prover recursos com técnicas adequadas para que uma floresta se mantenha em equilíbrio, de modo a perenizar sua exploração.

Tudo isso sem deixar de lado os aspectos sócio-econômicos da atividade extrativista, bem como as consequências geradas para as comunidades interessadas.

Gestão Ambiental

Sendo a Engenharia Florestal uma área diretamente responsável pelo manejo sustentável, espera-se que seus profissionais sejam capazes de tomar a frente também na parte da gestão ambiental.

O objetivo é manter as empresas lucrativas sem prejudicar o equilíbrio dos ecossistemas onde se inserem.

Para isso, buscam também melhorar a qualidade dos produtos que resultam das atividades extrativistas, por meio de programas de melhoria contínua e de produção enxuta.

Por falar em produção enxuta, depois desta leitura, não deixe de acessar este e-book em que mostramos tudo sobre Gestão de Projetos Lean!

Tecnologia de Produtos Florestais

A produção extrativista madeireira é também uma indústria.

Como tal, ela fabrica uma ampla gama de produtos, cuja matéria prima é não só a madeira, mas também os extratos que podem ser retirados das árvores.

O engenheiro florestal também é responsável por supervisionar os processos de transformação de produtos madeireiros e não madeireiros.

No primeiro tipo, estão móveis, madeira tratada e celulose, entre outros.

Já no rol de produtos não madeireiros, podemos destacar os extratos químicos, óleos e tudo que possa ser produzido a partir de derivados vegetais.

Entomologia florestal

As florestas não existiriam sem uma fauna de insetos, que, por sua vez, atuam como agentes polinizadores, demandando pesquisa e conhecimento sobre seus mecanismos de reprodução.

Esses mesmos insetos, quando se multiplicam desordenadamente, podem também se tornar pragas, demandando assim ações de controle.

Isso sem contar as espécies predatórias por natureza.

Todas essas questões ensejam análises e estudos que servem como ponto de partida para ações de controle, conforme os princípios da entomologia florestal.

Xilologia

A anatomia é a área da Medicina que estuda a estrutura do corpo humano em nível macro e microscópico.

No segmento madeireiro, essa é a função da xilologia, que faz a identificação dos padrões celulares das diferentes espécies.

A partir desse conhecimento, o engenheiro florestal poderá aplicar técnicas para tratamento, secagem e preservação da madeira para fins comerciais, ou não.

Essa área também se dedica a estudar e compreender os processos de decomposição madeireira, seja por fungos, bactérias e outros microrganismos.

Silvimetria

Todo profissional de Engenharia Florestal trabalha com o chamado inventário florestal, em que estão classificadas e quantificadas as espécies com que trabalha.

Florestas ocupam espaços e, desta forma, cada árvore deve ser medida em sua altura, comprimento e volume, a fim de otimizar o uso das áreas para plantio.

Essa é ainda uma maneira de controlar a produção madeireira, em que a qualidade da madeira extraída tem relação direta com as dimensões das árvores.

Dendrologia

O termo dendrologia vem do grego “dendron=árvore” + “logia=estudo”.

Portanto, essa é a área que foca na compreensão das árvores enquanto organismos vivos, seus mecanismos reprodutivos e como elas sobrevivem.

A dendrologia é também o segmento que realiza estudos anatômicos, morfológicos, fisiológicos e de taxonomia das árvores e suas diferentes espécies e subespécies.

Nesse estudo, o engenheiro florestal se aprofunda no conhecimento sobre as partes de uma árvore adulta, desde o seu sistema radicular até a copa.

Onde um engenheiro florestal pode trabalhar?

Embora seja na indústria madeireira onde se encontram mais oportunidades, há uma grande quantidade de setores e segmentos onde o engenheiro florestal pode atuar.

Lembre-se que a defesa da sustentabilidade é hoje um atributo não só para empresas extrativistas, mas para todas que pretendem colaborar com o futuro do planeta e projetar uma imagem positiva diante do público.

O especialista em Engenharia Florestal pode trabalhar na maioria das empresas privadas cujas atividades exerçam impactos sobre as reservas florestais.

Pode também prestar consultoria, tanto na iniciativa privada quanto nos diversos órgãos públicos, na condição de servidor concursado ou por contrato.

Qual o salário em Engenharia Florestal?

Veja o que dizem os principais sites de monitoramento do mercado sobre a faixa salarial média para engenheiro florestal no Brasil:

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Melhores faculdades de Engenharia Florestal

Uma carreira de sucesso começa pela escolha da instituição de ensino certa.

Vamos listar a seguir alguns dos cursos mais renomados do país na área de Engenharia Florestal.

Graduação em Engenharia Florestal em universidades públicas:

Graduação em Engenharia Florestal em universidades privadas:

Engenharia Florestal EAD

Por ser um curso eminentemente “de campo”, não há como estruturar um curso de Engenharia Florestal 100% em regime EAD.

A expectativa é que, em um futuro próximo, as instituições que formam engenheiros em regime presencial lecionem algumas de suas disciplinas teóricas a distância, em um modelo híbrido.

Cursos para o engenheiro florestal se qualificar ainda mais

A formação de um engenheiro de qualquer área nunca acaba com a conclusão da graduação.

Afinal, as oportunidades são boas, mas a concorrência é acirrada.

Então, quem quer se aprofundar ainda mais, pode optar por fazer um curso de pós-graduação, como o mestrado em Engenharia Florestal da UDESC.

Entre os cursos de pós-graduação mais conhecidos, destacam-se:

Vale também apostar em cursos para melhorar ainda mais a capacidade de gestão de projetos.

Afinal, na Engenharia Florestal o que não faltam são dados para analisar e recursos para gerir.

Está claro que a escolha perfeita para você são os cursos da Escola EDTI em metodologia Lean Six Sigma.

Capacite-se para lidar com os desafios do manejo sustentável e diferencie-se no mercado em nossos módulos green belt e black belt presenciais ou a distância.

Conclusão

O manejo sustentável já deixou de ser um luxo e é cada vez mais um requisito básico para todas as atividades produtivas que lidam com os recursos florestais.

Você pode ser um profissional de sucesso nessa área em crescimento, mas, para isso, precisará investir em formação.

A EDTI apoia você ao longo da sua jornada, com formação baseada nos princípios enxutos de gestão.

Comece agora mesmo sua caminhada de sucesso, acessando o guia completo de implementação dos princípios Lean!

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