Aqui na EDTI, somos todos admiradores do Círculo Dourado.
Primeiramente, por ser uma teoria incrivelmente simples e, por isso, genial.
Ela defende uma abordagem dos negócios que “desvilaniza” o papel das empresas.
Pense bem: quantas vezes você já escutou que as grandes organizações só pensam em lucrar?
Embora esse tipo de empresa continue existindo, a verdade é que nem todas são “capitalistas selvagens”.
A teoria do Círculo Dourado comprova que é possível fazer negócios e, ao mesmo tempo, estar conectado a uma causa justa.
Quer saber como ela foi desenvolvida e como aplicá-la?
Então convidamos você a seguir lendo este texto até o final.
O que é círculo dourado?
Mais conhecida como Golden Circle, a teoria do Círculo Dourado é uma das mais recentes contribuições aos incontáveis estudos sobre gestão de empresas.
Foi desenvolvida pelo palestrante, escritor e antropólogo inglês Simon Sinek, que a tornou conhecida com seus livros Comece Pelo Porquê: Como grandes líderes inspiram ação (Sextante, 2018), e Por Quê? Como motivar pessoas e equipes a agir (Saraiva, 2012).
Resumidamente, ele defende que a constituição de uma empresa seja sempre focada no seu propósito e não nos produtos que vende.
Da mesma forma, na vida particular, as pessoas são movidas por algum motivo que as impulsiona e rendem muito mais quando estimuladas desta forma do que apenas com um salário.
Portanto, os líderes devem começar respondendo a uma simples pergunta: por que essa empresa deve existir?
Com uma boa resposta a esta questão, eles podem partir para a próxima, o “como”, ou seja, de que maneira vão alcançar o propósito.
Só então será respondida a terceira pergunta: “o quê?”, pela qual a empresa define quais produtos/serviços pretende oferecer.
Quem é Simon Sinek?
Fundador da agência Sinek Partners, Simon Sinek fez carreira nas agências Euro RSCG e Ogilvy & Mather, em Nova York.
Ele é autor de cinco livros, todos em torno do tema motivação e inspiração, com destaque para “Comece Pelo Porquê: Como Grandes Líderes Inspiram Pessoas e Equipes a Agir” e “Líderes Comem por Último”.
Ganhou fama e projeção internacional graças à sua participação no ciclo de palestras TED Talks, no qual figura como a segunda maior audiência de todos os tempos, com mais de 50 milhões de visualizações.
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Do que trata a teoria do círculo dourado?
A teoria Golden Circle trata de um problema comum em boa parte das empresas: a falta de um propósito.
Como Simon expõe brilhantemente, as pessoas não compram “o que” você vende, mas “por que” você vende.
Para comprovar essa teoria, ele recorre a empresas e personalidades que, por sua firmeza de propósito, alcançaram e continuam alcançando grande sucesso.
O melhor dos exemplos é a Apple.
Apesar de seus equipamentos custarem mais caro que a concorrência em geral, a empresa é líder de vendas e uma das marcas mais valorizadas do mundo.
Essa combinação só se tornou possível porque, segundo Sinek, a Apple vende um propósito, que é “pensar diferente”.
Qual a importância do círculo dourado?
O empreendedorismo por necessidade é um problema, porque é motivado justamente pelo “o que”.
Por outro lado, empreender por oportunidade nem sempre garante o sucesso, afinal, a motivação para o lucro não é um propósito “de dentro para fora”, como sinaliza o Golden Circle.
Em uma representação gráfica, o “porquê” estaria no centro.
O “como” estaria em um círculo externo e o “o que” em um círculo ainda maior, envolvendo os outros dois, como em um alvo.
Isso diz algo para você?
Sim, o que fazemos precisa apontar para um propósito central.
Assim, o Círculo Dourado ajuda líderes e gestores a encontrar não necessariamente os produtos que vendem mais, mas uma razão que impulsione suas vendas (e vidas).
Como construir um círculo dourado na empresa
Como destacamos logo no começo, um dos aspectos mais fascinantes da teoria do Círculo Dourado é a sua simplicidade.
Tudo o que você precisa para aplicá-la é responder às três questões fundamentais que vão orientar a formação de uma empresa ou a sua reestruturação.
Ao fazer isso, prefira a técnica de brainstorming, afinal, duas ou mais cabeças sempre pensam melhor.
Confira a seguir como colocar o Golden Circle em prática.
Pergunte-se primeiro “por quê”?
A razão de existir da Apple é “pensar diferente”, o que, aliás, é a raiz do pensamento disruptivo.
É por esse caminho que uma empresa pode começar a esboçar o seu real propósito, algo que justifique sua entrada no mercado.
Mas por que o “porquê” é tão importante?
A resposta é simples.
Se avaliarmos pelo produto ou serviço em si, veremos que oferta não vai faltar.
Então, focar no “o que” acaba sendo perigoso porque a empresa se arrisca a ser apenas mais uma na multidão.
Pense, por exemplo, nos consumidores que compram apenas porque um item está em promoção.
Quando o preço voltar ao normal, ele não vai hesitar em buscar produtos mais baratos ou mais de acordo com suas preferências.
Se em vez de ser motivado pelo preço, ele fizer a compra porque se identifica com o propósito da marca, então provavelmente voltará a comprar mesmo em condições adversas.
Avance para “como”?
Com um propósito claro, é hora de partir para a segunda questão do Círculo Dourado.
O “como”, na verdade, é toda a estratégia que cerca a formação de uma empresa e a maneira como ela conduz suas atividades.
Voltando ao caso da Apple, ela faz isso investindo em design e produtos fáceis de usar.
Finalize com “o quê”?
A última etapa da formação do Golden Circle é a definição dos produtos/serviços.
A Apple decidiu vender computadores e eletrônicos, mas poderia ser qualquer outra coisa que traduzisse essa mentalidade.
Vale alertar que isso não significa que você pode sair vendendo a primeira mercadoria que vier à mente.
O importante é que, ao colocar um produto à venda, ele precisa antes ser produzido e distribuído a partir de um propósito e uma estratégia consistentes.
Afinal, ninguém discute que os computadores e celulares da Apple são de fato diferentes de toda a concorrência.
Dicas para construir um Golden Circle
A teoria do Círculo Dourado evita que a empresa seja formada a partir de produtos.
Uma evidência de que isso é um erro são as empresas que quebraram, apesar de serem líderes em seus segmentos e oferecerem ótimos produtos.
Nessa lista estão ex-gigantes como Blockbuster, Kodak, Remington, Nokia e muitas outras.
O que muitas delas perderam, na verdade, não foi o mercado, mas o propósito.
Veja a seguir o que fazer para que isso não aconteça nas empresas que você abrir ou nas quais trabalhar, desenvolvendo um Golden Circle sólido.
Seja sempre específico
“Ganhar dinheiro” ou “ajudar as pessoas” é muito bom, mas não servem como propósitos por serem vagos demais.
Para definir um “porquê” autêntico, procure se conectar com os valores que você prioriza.
Assim, quanto mais específico e direto ao ponto, mais consistente será o seu propósito.
Entenda o significado das palavras
A estrutura do “porquê” é muito simples. Comece por essa conjunção e, em seguida, conecte-a à ideia principal que movimentará o negócio.
Faça isso sem deixar de medir o significado de cada palavra no seu propósito, que deve ser resumido em uma única frase.
É também uma maneira de evitar ambiguidades, de forma que a mensagem fique clara para todos que venham a fazer parte da empresa.
Pense em como o mundo seria com o seu produto
A definição do “porquê” fica mais fácil quando imaginamos o impacto que pretendemos causar com o que vamos vender no mercado.
Qual valor isso agregaria à vida das pessoas?
Que tipo de problemas ajudaria a solucionar?
São questões que vão ajudar a avaliar se de fato a solução a ser desenvolvida está realmente conectada ao propósito da empresa.
Exerça a empatia
Uma soft skill cada vez mais valorizada nas empresas é a capacidade de exercer a empatia nas relações de trabalho.
Essa é uma habilidade quase indispensável ao construir um Golden Circle, já que a definição do “como” e do “o que” passam pela experiência do consumidor.
Faça isso colocando-se no lugar do seu cliente, indagando-se sobre a falta que o seu produto faria para ele diante de um determinado problema.
O que fazer a partir do círculo dourado?
O Círculo Dourado indica um caminho, mas por si só, essa ferramenta não é capaz de responder todas as questões que envolvem a concepção de um negócio.
É preciso avançar ainda mais, agregando conhecimentos e competências que ajudem uma empresa a atingir seus objetivos e continuar no seu propósito.
A Escola EDTI é sua aliada nessa jornada, capacitando você na metodologia Lean Six Sigma.
Afinal, um propósito sem estratégia não passa de uma ideia.
Para tirá-la do papel, você precisa de ferramentas e recursos técnicos para isso.
Conclusão
Empresas que falham em cumprir seus propósitos são fortes candidatas a naufragar.
Há casos em que o negócio consegue se reinventar e seguir em frente, mas em outros, a falência é inevitável.
Afinal, como destaca Simon Sinek em seu livro “O Jogo Infinito”, empresas devem pautar suas atividades em um ciclo sem fim de aperfeiçoamento.
Siga este exemplo, aperfeiçoando-se continuamente com os cursos green belt e black belt da EDTI.
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