A árvore de possibilidades é uma das ferramentas usadas para apontar as causas daqueles problemas que não têm motivos claramente identificáveis.
Às vezes, é difícil saber os verdadeiros motivos de uma falha.
Na indústria, por exemplo, a árvore de possibilidades serve como uma “bússola”, orientando gestores em relação às decisões em diferentes contextos, e permitindo uma visualização mais clara de onde as coisas podem dar errado.
É útil também em empresas do terceiro setor, especialmente na hora de mapear processos ou montar um planejamento.
Neste texto, vamos ver um pouco mais a fundo o que é a árvore de possibilidades e em que situações ela pode ser aplicada.
Se você se interessa pelo assunto, acompanhe com atenção!
O que é uma árvore de possibilidades?
Também conhecida como diagrama de árvore, essa ferramenta é usada pelas empresas quando precisam mapear as origens de uma falha ou problema.
É chamada assim porque, uma vez estruturada, seu desenho se assemelha ao de uma árvore, com diversos galhos e ramificações aparentes.
Graficamente, uma árvore de possibilidades lembra muito uma árvore genealógica, aquela projeção que ajuda a identificar os antepassados de uma pessoa.
Sua estrutura também é idêntica à de um fluxograma.
Porém, embora visualmente todos estes gráficos sejam parecidos, os objetivos envolvidos na montagem da árvore de possibilidades são bastante diferentes.
Aliás, o diagrama de árvore pode servir para diferentes propósitos, como veremos a seguir.
Diagrama de árvore x árvore de possibilidades x árvore de falhas
Para questões distintas, soluções apropriadas.
Nesse sentido, é importante considerar que cada tipo de desafio deve ser abordado de uma maneira específica e, dessa forma, as possibilidades em jogo também mudam.
Imagine, por exemplo, uma empresa que pretende aumentar sua participação em um mercado e outra que pretende identificar a origem de um lote de produtos defeituosos.
Ambas têm um “pepino” para descascar, cada qual demandando uma abordagem diferente.
A árvore de falhas é a solução indicada para reconhecer de onde vem um eventual gargalo de produção e poder lidar com ele apropriadamente.
Por sua vez, a árvore de possibilidades é aplicável nos casos em que seja necessário tomar uma decisão sem perder de vista os riscos envolvidos.
Um terceiro tipo de árvore, conhecida como árvore de planejamento ou diagrama “como-como”, é mais útil quando se faz necessário organizar e planejar algo.
Para que serve uma árvore de possibilidades
Seja para implementar melhorias ou para sanar um problema, a árvore de possibilidades é sempre uma ferramenta útil.
É o que fazem as empresas que, ao serem confrontadas com falhas em seus processos, utilizam desse recurso para levantar possíveis causas e soluções alternativas.
Por outro lado, um diagrama de árvore pode ser incrivelmente eficaz para auxiliar gestores nas fases mais críticas do planejamento, ajudando a gerar insights e ideias.
Não por acaso, a árvore de possibilidades é indispensável para estruturar a Análise do Modo e Efeito de Falhas (FMEA).
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Principais vantagens
Por ser uma ferramenta gráfica, a principal vantagem da árvore de possibilidades é dar mais clareza ao processo decisório.
Ela ajuda também a aprofundar em níveis avançados a análise de diferentes tipos de problemas, até que todas as possibilidades sejam esgotadas.
É por essa razão que ela vem sendo usada como ferramenta de planejamento, uma vez que ajuda a antecipar uma grande variedade de imprevistos e situações adversas.
O detalhamento gerado é também fundamental para elaborar planos que exijam um grau de complexidade mais elevado, quando muitos “atores” e recursos estão envolvidos.
Tipos e usos do diagrama de árvore
Isso tudo sem contar que uma árvore de possibilidades é fundamental para identificar os cinco “porquês” de um problema.
Como já contamos por aqui, consiste em uma técnica simples, mas eficaz, na qual a solução de um problema parte da pergunta dos seus “por quês” em até cinco níveis.
Por exemplo:
- Por que uma determinada peça está saindo com defeito?
Porque um equipamento está descalibrado.
- Por que o equipamento não foi calibrado?
Porque não há um técnico qualificado.
- Por que não há um técnico qualificado?
Porque a empresa demitiu o especialista que tinha no mês passado.
- Por que não contratou outro imediatamente?
Porque o RH não encontrou um profissional à altura.
- Por que o RH não conseguiu encontrar um substituto à altura?
Porque faltam profissionais qualificados no mercado.
Como se faz uma árvore de possibilidades?
Cada tipo de árvore pede um “approach” diferente para sua construção.
A partir do que vimos até aqui, essa é uma ferramenta que parte essencialmente de um questionamento certo para que seja efetiva.
Uma árvore de falha faz perguntas diferentes das que são feitas em uma que visa ao planejamento.
Vamos ver então, na sequência, como cada uma delas pode ser montada.
Análise
Na árvore de análise, o primeiro passo é organizar as categorias que estão sendo avaliadas em uma linha de caixas de perguntas inicial.
O próximo passo é identificar itens para cada grupo/categoria em novas caixas, que deverão estar dispostas em uma segunda linha, cada qual conectada a uma caixa na linha anterior.
O processo se repete em linhas de caixas sucessivas, até que a análise seja totalmente esgotada.
Resolução de problemas
Por sua vez, a árvore de falha parte de um problema, destacado em uma caixa inicial.
Tal como vimos nos cinco porquês, todas as possíveis causas devem ser destacadas em novas caixas ligadas ao problema.
Na sequência, cada uma dessas respostas deve gerar novas questões, até que o problema seja destrinchado no nível máximo de detalhamento útil.
Planejamento
A árvore de planejamento segue o mesmo roteiro da árvore de falha.
A diferença é que, em vez do problema, é levantada inicialmente uma questão ou desafio a ser superado.
A partir do objetivo proposto, devem ser feitas sucessivas caixas interligadas, nas quais devem constar respostas à pergunta “como”?
Conclusão
A árvore de possibilidades agrega valor porque permite o detalhamento de um problema que seria impossível de alcançar sem uma ferramenta gráfica.
Para que ela seja corretamente aplicada, é fundamental que o gestor responsável entenda também os princípios das melhores ferramentas de controle.
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