Competitividade entre empresas é um fenômeno que nasce com a própria economia de mercado.
Desde os primórdios do capitalismo, todo negócio se vê obrigado a competir, e isso vai além da rivalidade entre empresas concorrentes.
É preciso ser competitivo para superar dificuldades como eventuais mudanças no mercado, problemas com fornecedores, mudança de leis, aumento de impostos, entre outras.
Toda empresa combate fatores externos que podem retardar o crescimento de um negócio.
Continue lendo e entenda o que está em jogo quando se trata de fazer uma empresa mais competitiva!
O que é competitividade?
Podemos entender a competitividade entre empresas de duas formas.
Uma é a simples competição por mercados, em que diferentes organizações investem para conquistar fatias maiores, “tomando” clientes de empresas rivais.
Outra forma de definir competitividade é analisando-a pelo viés da competência e da qualidade.
Portanto, ser competitivo é ser competente dentro de certo ramo de atuação.
Os conceitos estão interligados, logo, quanto maior a competência, mais bem-sucedido um negócio tende a ser.
Em outras palavras: uma empresa altamente competitiva é aquela que se tornou tão boa naquilo que faz que suas atividades passam a ser conhecidas pelo grau de excelência.
Qual a importância da competitividade?
A competitividade também está ligada a outro conceito, o de vantagem competitiva.
O assunto é tão sério e extenso que constitui praticamente uma disciplina inteira dentro do ramo de Administração de Empresas, tendo sido exaustivamente debatido e estudado.
Tanto é que grandes nomes da ciência da gestão, como Michael E. Porter, dedicam vida e obra a tratar de competitividade.
Nesse sentido, vale destacar as 5 Forças de Porter que moldam uma estratégia tendo em vista a competição em certo mercado:
- Ameaça de novos entrantes
- Poder de negociação dos fornecedores
- Ameaça de produtos substitutos
- Poder de negociação dos compradores
- Rivalidade entre os concorrentes.
Dessa forma, a competitividade é um atributo das empresas de alta performance, considerando a necessidade de lidar com as forças destacadas pelo professor Porter.
O que torna uma empresa competitiva
Ainda que um negócio tenha a competitividade em seu DNA, pouco adianta se esse atributo não for desenvolvido com o tempo.
Seria como aquela pessoa que tem talento para algum tipo de arte, mas que, por não praticar ou não estudar o suficiente, acaba por ver seu dom desperdiçado.
Portanto, quem pretende se tornar competitivo precisa colocar em prática certos princípios e aplicar um conjunto de métodos para se desenvolver nesse sentido.
Veja, então, alguns desses princípios e de que forma eles contribuem para tornar uma empresa competitiva.
Planejamento
Planejar tem a ver com saber aonde se quer chegar e o que deve ser feito para isso.
As empresas mais competitivas, sem exceção, trabalham sempre orientadas por metas, as quais devem ser alcançadas conforme um planejamento estratégico.
Isso se aplica a todos os segmentos, desde a indústria de transformação aos negócios ligados ao terceiro setor.
Seja qual for o projeto, esteja certo de que uma empresa competitiva de verdade jamais vai se lançar no mercado para atingi-lo na base do improviso.
Conhecimento
Ser competente é, em última análise, desenvolver o conhecimento sobre uma área a tal ponto que o resultado é o aumento da competitividade.
A verdade é que ninguém prospera na carreira se não tiver um amplo know-how.
Para as empresas, isso se reflete em segmentos como a gestão do conhecimento.
Essa é a área em que um negócio passa a gerir os saberes como um ativo estratégico.
Assim, o conhecimento adquirido é efetivamente incorporado, podendo ser transmitido para líderes e colaboradores, além de ser aperfeiçoado com o passar do tempo.
Aperfeiçoamento
Por falar em aperfeiçoar, esse é outro verbo normalmente conjugado pelas empresas competitivas.
Elas sabem melhor do que qualquer outra que parar na zona de conforto é um perigoso convite para a estagnação.
Um negócio estagnado representa um risco muito grande, já que, nessa posição, ele tende a ser facilmente superado pelos concorrentes.
É por essa razão que as empresas mais fortes em seus setores são aquelas que investem pesado na melhoria dos processos, reinventando-se continuamente.
Inovação
O aperfeiçoamento tem a ver com um outro atributo comum entre as empresas mais competitivas, a capacidade de inovar.
Nesse caso, vale destacar a importância da inovação para lidar com a primeira das 5 Forças de Porter: “a ameaça de novos entrantes”.
Nesse aspecto, os concorrentes com tecnologias disruptivas passam a ser uma ameaça menos perigosa.
Exemplos não faltam para ilustrar o quão arriscado pode ser quando uma empresa acredita que seus produtos não encontram concorrentes, afinal, quem não se lembra da:
- Remington, com suas máquinas de escrever
- Kodak, com seus filmes e câmeras
- Polaroid, que parecia imbatível no segmento de fotografia instantânea
- Nokia, outrora líder no segmento de celulares.
Como aumentar a competitividade de uma empresa
Empresas competitivas desenvolvem os atributos necessários para atingirem a excelência e, além disso, colocam em prática certas estratégias e métodos de gestão.
Assim, elas se habilitam a tomar decisões com margens de acerto mais altas, sabendo que estão amparadas por informação.
Aliás, nas empresas competitivas, as decisões costumam ser sempre orientadas por dados, ainda que o lado intuitivo tenha sempre o seu valor.
No geral, elas procuram pautar seus processos decisórios a partir de certas iniciativas e rotinas, como as descritas a seguir.
Entenda o mercado
As empresas que têm a competitividade em seu DNA sabem que não há como ter alta performance quando não se conhece o mercado em que atuam.
Por isso, elas não abrem mão de certas ferramentas e recursos para entender esses mercados, de forma que possam se inserir neles com o mínimo de riscos.
Uma delas é a conhecida Análise SWOT, em que a empresa analisa:
- S: suas forças (strengths), ou seja, o que a torna mais forte e competitiva
- W: suas fraquezas (weaknesses), o que a deixa vulnerável perante a concorrência
- O: as oportunidades (opportunities) que o mercado oferece
- T: as ameaças (threats) que vêm do ambiente externo como um todo.
Mapeie o comportamento do cliente
Outra coisa que as empresas competitivas sempre fazem é buscar incessantemente compreender o comportamento de compra de seus consumidores.
Elas fazem isso por meio de ferramentas como pesquisas de mercado, estratégias de remarketing e uso de Business Intelligence (BI), que abordaremos na sequência.
Seja qual for a ferramenta, sem conhecer os condicionamentos e gatilhos que levam as pessoas a consumirem, fica difícil se tornar competitivo.
Desenvolva a Inteligência de Negócios
Business Intelligence, ou Inteligência de Negócios, é a soma de competências e saberes que uma empresa desenvolve conforme se orienta por dados em suas decisões.
Logo, uma empresa que tem um setor ou profissionais dedicados à BI se coloca em uma posição muito mais competitiva perante seus concorrentes.
A Inteligência de Negócios tem um vínculo direto com a tecnologia, sem a qual ela não pode ser trabalhada.
Para isso, é necessário implementar softwares que permitam operar com dados, de forma a tratá-los para que se tornem informação útil para a tomada de decisão.
Implemente a melhoria contínua
Como vimos, a zona de conforto traz grandes riscos para as empresas que se deixam levar pela aparente tranquilidade.
Para evitá-la, a cultura da empresa deve estar voltada à melhoria contínua, o que por sua vez depende de um processo ininterrupto de investimentos em educação e formação.
? Ebook: Aprenda como implementar uma cultura de melhoria contínua!
Conclusão
Não menos importante, a competitividade é uma qualidade que está necessariamente ligada à ética.
Uma empresa ou profissional que cresce à custa de práticas escusas não é competitiva, mas desonesta, o que certamente cobra um preço muito alto no fim das contas.
Se você quer ser altamente competitivo, o melhor a fazer é investir em você mesmo.
Comece pelas dicas deste artigo, conheça os cursos da Escola EDTI, baseados na metodologia Lean e vá mais longe na carreira.
Pingback: Lean management: o que é, princípios e vantagens
Pingback: Consultor de processos: o que faz e quanto custa
Pingback: Liderança ágil: ideias, vantagens e como exercer