A Lei da Ação e Reação determina que se um corpo exerce uma força (ação) sobre outro, haverá como consequência uma força (reação) dele com mesma intensidade e direção, mas em sentido oposto.
Embora se trate de Física, esse princípio se aplica também ao universo dos negócios.
Assim, pode proporcionar lições tanto para profissionais que querem alavancar a carreira quanto para organizações que precisam se tornar mais competitivas.
Quer saber como? Então, prossiga na leitura e entenda como a Terceira Lei de Newton pode impactar também os negócios.
O que é a Lei da Ação e Reação?
A Lei da Ação e Reação, ou Terceira Lei de Newton, afirma que para toda ação existe uma reação igual e oposta.
Isso significa que, quando um corpo exerce uma força sobre outro, este exerce uma força de mesma magnitude e em direção oposta sobre o primeiro.
A conclusão é resultado das pesquisas do célebre físico e matemático britânico Isaac Newton, tendo sido publicada pela primeira vez no livro “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica” (Os Princípios Matemáticos da Filosofia Natural) em 1687.
Antes disso, Newton já havia publicado uma série de estudos sobre o movimento, como o que estabeleceu a sua Segunda Lei, segundo a qual a aceleração de um objeto depende da força aplicada e da sua massa (F = ma).
Com o passar dos anos e a consagração do postulado, ele passou a ser utilizado em outros contextos, inclusive em relações humanas e profissionais.
Exemplos de ação e reação no dia a dia
A Terceira Lei de Newton pode ser percebida o tempo todo, ainda que nem sempre nos damos conta disso.
Nos negócios, ela pode ser observada em situações das mais variadas.
Ao atender um cliente, por exemplo, se a empresa se mostra compreensiva, solícita e empática com os seus anseios, a tendência é que a reação seja positiva.
Do contrário, um atendimento mal feito fará com que o cliente reaja de acordo com a situação: frustrando-se ou se rebelando contra a empresa.
Em ambos os casos, é muito grande a chance dele buscar outra marca que o atenda de acordo com o que ele espera.
Aplicações do princípio da ação e reação nas empresas
Da mesma forma que a Lei da Ação e Reação se aplica ao atendimento, podemos validá-la em diversas outras situações.
A qualidade, nesse caso, é um fator que pode despertar reações distintas.
Se um produto é fabricado conforme os mais altos padrões, a tendência é que ele seja bem aceito, com um alto giro nos pontos de venda.
Porém, se faltar qualidade ou ela não estiver dentro do que o mercado espera, a reação será frustrante para todas as partes.
O consumidor vai sentir que a empresa não preza pela qualidade, buscando assim outras marcas.
A empresa vai vender menos, reduzindo assim sua margem de lucro e sua capacidade de investir, podendo no longo prazo até comprometer sua própria existência.
Saída da inércia por meio da proatividade
Há quem diga que não tem oportunidades na vida, não consegue sair de um estágio de estagnação na carreira ou não consegue evoluir na profissão.
No entanto, quem pensa dessa forma talvez desconheça justamente a Primeira Lei de Newton, segundo a qual os corpos tendem a permanecer no próprio estado natural caso nenhuma força seja aplicada sobre eles.
Também chamada de Lei da Inércia, ela mostra que a tendência dos objetos é ficar em repouso ou em movimento retilíneo uniforme, se não houver uma força externa que os impacte.
Ao utilizarmos essas duas leis como lições para o desenvolvimento pessoal e profissional, perceberemos o quanto a proatividade é importante para o indivíduo criar as condições necessárias para alcançar o êxito na carreira.
Afinal, se a pessoa não age por conta própria para melhorar de situação de vida e espera que alguma força de fora seja responsável por elevá-la na trajetória profissional, a probabilidade de se frustrar é grande, visto que esse tipo de ocorrência é relativamente raro.
No caso das empresas, ainda que o “repouso” não seja exatamente uma opção, é possível sim que sejam tentadas a permanecer em “movimento retilíneo uniforme”, apenas para manter o status adquirido.
O perigo desse tipo de postura é se estagnar no processo de evolução tecnológica e, com isso, ficar para trás em relação à concorrência.
Afinal, ao deixar de inovar e estimular o próprio crescimento, a empresa cria as condições para o próprio fracasso.
Capacitação como plantio para sucesso profissional
Agora você já sabe por que é tão importante evitar a Lei da Inércia na carreira, certo?
Contudo, não basta ter somente esse entendimento: é preciso também agir de modo focado na direção certa.
Potência sem controle não é nada, dizia uma antiga propaganda de uma famosa marca de pneus.
Portanto, além de ter em conta a Lei da Ação e Reação, precisamos também medir e calcular que tipo de ação vamos realizar.
Daí a necessidade de se levar em conta a Terceira Lei de Newton também no processo de desenvolvimento profissional.
No enunciado proposto por ele, as forças de ação e reação ocorrem de maneira simultânea, mas em corpos diferentes.
Quando uma pessoa caminha, ela exerce uma força sobre o chão, o qual também faz uma força sobre o indivíduo, de modo que ele é impulsionado para frente. Assim, as forças de ação e reação ocorrem sempre em pares.
No caso do desenvolvimento profissional, porém, pode não ser possível mensurar os efeitos de uma ação programada.
Por exemplo, se a pessoa se empenha em busca da própria capacitação profissional, por meio de cursos acadêmicos, treinamentos e certificações, a “colheita dos frutos” desse esforço por vezes demora certo tempo para acontecer.
No entanto, note que o “plantio” é indispensável para que o resultado promissor seja alcançado mais à frente.
Num caso prático, se o profissional primeiro espera aparecer a vaga de trabalho dos sonhos, para só depois buscar capacitação, possivelmente, ele será deixado de lado pelas empresas em troca de candidatos já preparados para as funções do cargo.
Nesse sentido, o profissional comprometido com o desenvolvimento da carreira tem que “aplicar uma força” sobre o mercado de trabalho, capacitando-se e mostrando seu valor.
Dessa forma, ele cria o estímulo necessário para que as empresas reajam a essa ação, seja por intermédio de uma contratação ou por uma promoção, caso já esteja empregado.
Note que, sem a proatividade, dificilmente se conquista uma boa oportunidade na carreira.
Afinal, para conquistar um emprego, é preciso dar o passo inicial e concorrer a uma vaga.
Investimento em produtividade e qualidade para chegar à excelência
E do ponto de vista das empresas, como a Lei da Ação e Reação pode atuar?
No caso dos negócios, os efeitos podem ser sentidos de modo muito mais rápido.
Basta, por exemplo, a empresa deixar passar um lote de produtos fora das especificações para que os varejistas e os clientes finais reclamem das mercadorias.
Ainda assim, também é possível pensar numa perspectiva de longo prazo.
Como você deve saber, é comum as organizações terem “visões” do negócio, ou seja, os estágios onde elas pretendem estar daqui a alguns anos.
Nessa situação, a Lei da Ação e Reação é bastante propícia, pois mostra como deve agir de forma proativa para cumprir os objetivos estabelecidos no planejamento estratégico e, assim, alcançar o patamar almejado na visão de negócio.
Se uma empresa quer conquistar ótimos níveis de produtividade e de qualidade, ela precisa se empenhar para isso.
Por exemplo, com a aplicação da metodologia Lean Six Sigma, a organização age no sentido da busca por melhoria.
Uma vez que obtém êxito nessa etapa, a tendência é de que ela passe a receber uma reação (feedback) satisfatória dos clientes.
Por ser um sistema aberto, que influencia e sofre interferências do ambiente externo, a empresa deve ficar atenta ao que emite para fora e ao que recebe em contrapartida.
Isso quer dizer que é preciso monitorar as percepções do cliente para se alinhar a atuação da organização com as expectativas dos consumidores.
Caso contrário, a reação do público pode ser negativa.
Quando a empresa conhece as demandas dos clientes, fica mais fácil agir de acordo com essas necessidades e, assim, receber uma reação favorável em tudo que vier a fazer.
Conclusão
Apesar de conceitualmente ser um postulado das Ciências Exatas, a Lei da Ação e Reação, como vimos, também tem lá o seu sentido filosófico.
Também é uma valiosa lição para quem atua no segmento corporativo, no qual nenhuma ação passa batida ou deixa de cobrar seu preço.
Cabe ressaltar que a falta de ação também tem suas consequências, portanto, é preciso encontrar o equilíbrio entre a proatividade e necessária prudência quando o momento exigir.
Uma excelente opção é formar-se nos cursos EAD, Green Belt e Black Belt em Lean Six Sigma da Escola EDTI.
Capacite-se em uma instituição de ensino creditada internacionalmente pela The Council for Six Sigma Certification e tenha um diploma que faz a diferença.